"O novo presidente de Madagascar, Andry Rajoelina, celebrou sua ascensão ao poder e consolidou-se no cargo nesta quarta-feira (!8) depois de ter sido nomeado pelos militares, em um movimento que atropelou a Constituição da ilha do oceano Índico."
A constituição não proibia menores de 40 anos no cargo?
"A Alta Corte Constitucional de Madagascar (HCC, em francês) aprovou a designação de Rajoelina como "presidente de transição"."
Pelo visto o "jeitinho" não é só coisa de brasileiro...
"A União Africana exigiu na terça-feira que a Constituição fosse respeitada. Mas o fato de que as forças armadas se recusaram a tomar o poder, como Ravalomanana havia requisitado, significa que a entidade não deve classificar o que ocorreu no país como golpe, o que poderia levar à suspensão de Madagascar de seus quadros."
O "jeitinho" pelo visto, é amplamente usada em toda a África.
Vejamos os fatos. Rajoelina, o "presidente de transição" é "menor" se levado em conta a idade mínima para a presidência.
Não importa, a Corte de Madagascar (primos do Gilmar Mendes, talvez?) passou por cima do "problema" e empossou Rajoelina.
O ex-presidente, Rovalomanana sumiu - morto? - e dizem que renunciou.
Claro, sob a força das armas quem não renunciaria? Não temos mais Allendes hoje em dia que, pelo povo, morrem e não se entregam!
Coube aos militares golpistas, para dar um ar de legalidade, passar o poder a Rajoelina - não se sabe se independente ou títere dos militares - e, então escapar de qualquer pressão da União Africana.
O que houve foi um golpe. Reconhecido pelo Judiciário, fato, mas ainda assim um golpe ma,s por manobras espúrias, passa a ser visto como um movimento democrático, ao menos para a UA.
Longe de defender Rovalomanana, que não era - nem de longe - bonzinho, mas também longe de defender um golpe militar.