terça-feira, 23 de junho de 2009

Telefónica: Ainda há esperança

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Ontem, a Telefónica se recusou a interromper a venda do Speedy, mas hoje resolveu acatar a decisão da ANATEL e suspendeu a venda do produto.

O IDGNow informa:
Em contato com o serviço de atendimento e vendas do Speedy, por telefone, às 11h40 de hoje, a reportagem do IDG Now! tentou fechar o pedido de compra do serviço de banda larga iniciado na segunda-feira (22/6) - quando a oferta estava disponível mesmo após a publicação da decisão da Anatel no Diário Oficial da União - e foi informada sobre a interrupção nas vendas por tempo indeterminado.

"Referente ao Speedy, por uma razão de indisponibilidade da rede de suporte do serviço Speedy, na data de ontem, a Anatel proibiu, temporariamente, a comercialização do serviço”, disse a atendente Carla F., por volta das 11h40 de hoje.

“A empresa não pode mais estar comercializando (o serviço) a partir da data de hoje. Até ontem estava sendo feita a venda, mas a partir de hoje a empresa não está comercializando, até segunda ordem”, complementou a vendedora.

Questionada sobre o prazo de retomada das vendas, a atendente disse não ter previsão. “Assim que a Telefônica conseguir a liberação a gente vai passar a informação para o cliente. Da mesma forma que a empresa informou que não iria mais vender o serviço, quando voltar vai ser informado ao cliente também”.


Desde a meia noite, a venda do Speedy foi suspensa e agora nós, os consumidores, esperamos que haja de fato uma melhora no serviço e que a Telefónica seja pesadamente multada caso isto não ocorra. A multa por desrespeito à decisão da ANATEL é de 15 milhões mais mil reais por serviço habilitado, é pouco, mas um começo, visto que a ANATEL tem o curioso costume de permanecer imóvel aos abusos da empresa.

O Comunicado da Telefónica (também em PDF):
Comunicado da Telefônica a seus Clientes

A Telefônica informa que suspendeu, temporariamente, a comercialização do serviço Speedy, atendendo à solicitação da Anatel.

A empresa tomou as medidas necessárias para atender à determinação da agência reguladora e suspendeu a comercialização do serviço por meio da sua central de atendimento, desde a Oh de hoje (23/6).

Está também tomando medidas para suspender, no menor prazo possível, a comercialização do serviço por meio de outros canais de vendas.

Esta decisão não impacta nem interrompe os serviços prestados aos atuais usuários do serviço Speedy.

A Telefônica enfatiza que continuará investindo para aprimorar a qualidade de seus produtos e serviços. Como exemplo, ressalta os R$ 750 milhões que está investindo neste ano na segurança, aumento de capacidade e manutenção da rede de banda larga.

A Telefônica reafirma, desta forma, seu permanente respeito às instituições e à legislação brasileiras, bem como o compromisso com seus clientes e com o desenvolvimento das telecomunicações no Brasil.
Apenas por esta nota a empresa já deveria ser pesadamente multada. Diz acatar a decisão mas reclama desta, afirma ter feito investimentos para aprimorar a qualidade, oras, se isto fosse verdade eu imagino que as panes diversas não teriam ocorrido! Imagino que, se os investimentos fossem reais teríamos um serviço de qualidade e não o péssimo de hoje e a empresa jamais teria sido suspensa! O compromisso com o cliente, afirmado pela Telefónica, é uma farsa monumental.

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A partir de hoje cmeça a funcionar, no site do PROCON, um serviço para quem teve ou ainda tem problemas com a Telefónica, um canal direto para reclamar da pior empresa do país e campeã de reclamações no órgão. O site é o http://www.procon.sp.gov.br/denunciaspeedy. O nome é sugestivo.
"Procon-SP disponibiliza canal para consumidor relatar problemas

Em razão das recentes interrupções do serviço de banda larga Speedy, da Telefonica, a Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, disponibilizará, nesta terça-feira (23/06), em seu site (www.procon.sp.gov.br/denunciaspeedy) um espaço para que os consumidores que tiveram, ou ainda têm, problemas com o serviço denunciem e qualifiquem as dificuldades enfrentadas.
A participação dos cidadãos é extremamente importante, já que as denúncias apresentadas serão coletadas e utilizadas para nortear procedimentos do órgão, inclusive de caráter punitivo, visando à adequação da conduta da empresa. Trata-se de um espaço para subsidiar atuação voltada para a defesa da coletividade. Para buscar a solução para os problemas individuais, os consumidores deverão utilizar os meios já disponibilizados pelo Procon-SP, pessoalmente nos postos do Poupatempo, por carta (Caixa Postal 3050, CEP: 01061-970/SP) e fax, (011) 3824-0717 – 2ª a 6ª, das 10h às 16h.
O Procon-SP ressalta que a Telefônica é campeã de reclamações registradas pelos consumidores, sendo que, atualmente, o serviço Speedy desponta como um dos principais questionamentos.
SUSPENSÃO DA COMERCIALIZAÇÃO
A Fundação Procon-SP acredita que a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) cumpriu o seu papel de órgão regulador e fiscalizador do setor ao determinar que a Telefonica suspenda a comercialização do Speedy, em razão das interrupções e falhas ocorridas na prestação do serviço.
A suspensão imposta pela agência perdurará até que a empresa implemente medidas que garantam a regularização do serviço. Além da suspensão da comercialização, a ANATEL determinou que a Telefonica apresente, no prazo de 30 dias, plano para garantir a fruição e disponibilidade do serviço; que a empresa preste esclarecimentos às reclamações referentes à fruição do serviço no prazo de cinco dias; e que a empresa informe da determinação da suspensão aos consumidores que a procurarem para contratar o Speedy.
22/06/2009
Assessoria de Imprensa
Procon – SP"
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Update:

Já pode multar mas.... Alguém acredita?

Do Vi o Mundo:

Anatel já tem motivo para multar Telefonica

Atualizado e Publicado em 23 de junho de 2009 às 11:51

Para o Idec, Anatel já tem motivo para multar a empresa
Procon-SP criou um formulário eletrônico para os clientes do Speedy reclamarem de problemas

Renato Cruz, em O Estado

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) enviou ontem uma carta à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) pedindo que a Telefônica seja multada por não ter interrompido a venda do Speedy ontem, com a publicação da decisão da agência no Diário Oficial da União. "Que a Anatel faça valer a decisão", disse a advogada Estela Guerrini, do Idec.

Apesar da avaliação positiva, o Idec considerou tímida a decisão. "A suspensão da venda afeta consumidores potenciais, que muitas vezes não têm opção, mas não contempla os clientes atuais, que tiveram diversos prejuízos", apontou Estela. "Além das panes, que afetaram milhares de pessoas, os consumidores enfrentam problemas diariamente. Não é por acaso que a Telefônica lidera o ranking de reclamações no Procon desde 1998, quando houve a privatização." Para a advogada, a Anatel já tem evidências suficientes para aplicar uma multa na Telefônica, por causa dos consumidores que foram prejudicados pelos caladões, independentemente da suspensão das vendas.

O Procon-SP elogiou a decisão da Anatel. A partir de hoje, a instituição coloca em seu site um formulário eletrônico para que o consumidor possa fazer reclamações contra o Speedy. "Vamos enviar as cópias dos questionários para ajudar a Anatel a avaliar se a Telefônica está em condições de retomar a venda do serviço", afirmou o diretor executivo do Procon, Roberto Pfeiffer. "Esperamos que a Telefônica aperfeiçoe seu sistema de vendas."

Pfeiffer apontou que a força de vendas da Telefônica oferece o Speedy para regiões onde o serviço não tem condição de funcionar, ou onde não existe na velocidade ofertada. "A Telefônica é campeã no ranking das reclamações, e o Speedy é um fator determinante. Neste momento, a paralisação das vendas foi uma medida adequada", apontou o diretor executivo do Procon.

Para ele, a decisão da Anatel partiu de um pressuposto correto. "A empresa não pode vender um serviço que não tem condição de prestar", explicou. O Procon-SP negocia com a Telefônica um ressarcimento ao consumidor referente às panes recentes do Speedy. "Achamos muito pouco as 12 horas que a empresa ofereceu."-

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