quarta-feira, 6 de maio de 2009

Museu - virtual - da Corrupção

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Navegando pela net descobri o Museu da Corrupção.

De início me parece um projeto bem interessante, não olhei muito a fundo mas o que vi me agradou.

O museu virtual é projeto do Diário do Comércio, da Associação Comercial de São Paulo.

Sobre o projeto, segue a descrição encontrada no site:

A corrupção como nunca se viu
O Diário do Comércio inaugura o Museu da Corrupção on-line, para dar aos seus leitores uma medida referencial do que acontece de vergonhoso nos bastidores de todas as esferas de poder.

Por Luiz Octavio de Lima

No dia em que se comemoram os 509 anos do descobrimento do Brasil e em que a farra das passagens aéreas no Congresso ganha as manchetes do noticiário, o Diário do Comércio inaugura o seu Museu da Corrupção on-line, um espaço de exibição e reflexão sobre os escândalos que marcaram a história do País. Num primeiro momento, o site vai tratar do período entre a década de 1970 e os dias atuais. A proposta, porém, é recuar década a década, século a século, até os tempos coloniais. Afinal, não seria exagero afirmar que a corrupção nasceu quase em seguida ao descobrimento.

Em meados do século XVI, na Bahia do primeiro governador-geral, Tomé de Souza, já se roubava muito, conforme atestam os relatos da época. O próprio Padre Antônio Vieira escreveu um sermão intitulado 'Sermão do Toma", no qual atacava as autoridades locais que desviavam verbas dos cofres públicos e "tomavam" propinas. No tempo de D. João VI, o tesoureiro Targini tinha fama de desonesto e de ter enriquecido no cargo. Dele disse o fundador do jornalismo brasileiro, Hipólito da Costa (1774-1823), que, "sem outros bens mais que o seu minguado salário, tornara-se tesoureiro-mor do Erário, fora elevado a Barão de São Lourenço, em 1811, e era agora um homem riquíssimo, enquanto o erário se achava pobre". E completou: "Se a habilidade de um indivíduo em aumentar suas riquezas fosse por si só bastante para qualificar alguém a ser administrador das finanças de um reino, sem dúvida Targini devia reputar-se um excelente financista". Temos, portanto, longa tradição neste ramo, e dedicar um "espaço cultural" ao vasto acervo existente sobre o tema é uma iniciativa que já chega com atraso.

Pensado como um trabalho em permanente construção, o Museu da Corrupção on-line, cuja pesquisa inicial é da jornalista Kássia Caldeira, dará destaque, em sua versão inaugural, aos 15 episódios mais rumorosos dos últimos anos no País. Entre eles, a Operação Satiagraha, a Máfia das Sanguessugas, o Escândalo do Mensalão, o caso do TRT de São Paulo (do juiz Nicolau "Lalau" dos Santos Neto), a Operação Anaconda e o incidente dos dólares na cueca. A cada um será destinada uma "sala" com um relato, imagens e uma lista de reportagens que mostram a repercussão na grande imprensa.

O usuário do site do DC poderá encontrar na área a relação completa dos escândalos ocorridos desde o início da década de 1970 e de grande parte das operações realizadas pela Polícia Federal no período.

Haverá uma seção com sugestões de links sobre o tema da corrupção e outra com publicações recomendadas sobre o assunto. Nos próximos meses, serão agregadas uma "sala" de charges, uma linha do tempo ilustrada e destaque para o escândalo do momento.

O tour pelo Museu termina na lojinha da "instituição", onde o visitante encontrará lembranças como camisetas, algemas, aparelhos de escuta, malas pretas e até propinas virtuais.

Está em estudo a criação de um Wiki por meio do qual os leitores poderão enviar informações e contribuições. Desde já, no entanto, eles poderão comentar o conteúdo pelo endereço museu@dcomercio.com.br

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