Se alguém achava que faltava alguma coisa pra a Folha chegar ao fundo do poço e até a parte mais profunda do esgoto em que se meteu, então não tenham mais dúvidas, não tem mais como descer, ser mais sujo ou mais criminoso.
Falha de Domingo, dia 14 de março. FOLHA RIP.
Caro Clóvis Rossi, não adianta colocar a culpa em outra pessoa - "Não fui eu quem falou" -, pois a responsabilidade também recai em que reproduz, em quem dissemina esse tipo de coisa.
Só para informar, a tática que a Falha vem usando é nazista. Esta sim é a verdade. E quem está dizendo sou eu, não é o Zezinho da Padaria nem o Doutor Pimpolho. Diferentemente de alguns jornalistas (sic), os blogueiros (eu e os que eu leio, pelo menos) não se escondem, nem às suas opiniões.
Lamentável!
CLÓVIS ROSSI
De silêncios e civilização SÃO PAULO - Se Lula fosse presidente em 1939, teria justificado Hitler. Em 1937 Hitler aprovou uma lei que tornava legal prender pessoas por serem judias. Ou seja, se é mesmo para respeitar, como disse Lula, "a Justiça e o governo cubano", ter-se-ia que respeitar também a Justiça e o governo alemão da época.
A observação é de Marcelo Bigal, brasileiro de 40 anos, neuropsiquiatra residente na Pensilvânia, onde é diretor-global de Assuntos Científicos da Merck.
Não se trata de um representante da "direita", essa palavrinha que a esquerda debiloide saca do coldre nas infinitas vezes em que não tem um só argumento para rebater críticas a seus ídolos e prefere, por isso, tentar desqualificar o crítico. Foi militante do PT, sim, senhor, mas saiu desiludido com o que chama de "pallocismo" em sua terra, Ribeirão Preto.
Seu argumento é nítido: "Um presidente não expressa apenas seu pensamento ou joga para a plateia. Ele representa os princípios do povo que o elegeu". No pressuposto de que a maioria dos brasileiros valoriza direitos humanos e a democracia, não há como silenciar em relação a Cuba ou a qualquer outro país que viole tais valores.
Não cabe, portanto, a fuga ensaiada por Marco Aurélio Garcia ao dizer que, às vezes, "a melhor forma de ajudar é não tomar partido". Pode-se, de fato, não tomar partido entre correntes políticas ou entre governos em confronto, mas, entre a civilização e a barbárie, qualquer omissão equivale a tomar o partido da barbárie.
Nem é tão complicado assim: Hillary Clinton, a secretária norte-americana de Estado, disse que a iniciativa israelense de construir novas residências em áreas palestinas "é um sinal profundamente negativo sobre a abordagem de Israel para as relações bilaterais". Tomou partido ou apenas disse o que deveria dizer?
crossi@uol.com.br