Blog de comentários sobre política, relações internacionais, direitos humanos, nacionalismo basco e divagações em geral... Nome descaradamente baseado no The Angry Arab
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Jornalixo brasileiro ataca novamente durante apagão/blecaute
Mas o jornalismo brasileiro não se limitou a ser lerdo. Não, fez muito pior. A relevância dada ao caso, no caso de um conglomerado poderoso, foi MENOR do que ao fato do show de Ivete Sangalo ter sido, acreditem, interrompido pela falta de luz!
Sim, o show de uma cantora é, para o Globo.com MAIS RELEVANTE que o apagão no nordeste!
Vejam a home do famigerado site que não cita absolutamente nada sobre o apagão em si mas posta até fotos do importantíssimo show às escuras.
O UOL não foi muito melhor, deu um pequeníssimo destaque ao apagão (que pra eles ocorreu só em Recife) e, claro, uma nota abaixo falando, adivinhem, da mesma Ivete Sangalo!
Algum tempo depois o Uol ao menos teve a decência de informar que o blecaute foi maior do que em Recife... Mas Ivete estava lá!
O G1, "portal de notícias da Globo" nem noticiou o blecaute (ao menos até as 02:22), mas Ivete? Sim, estava lá! Pobre coitada, não pôde cantar!
Música ruim bate evento de grande importância! Parabéns grande mídia, vocês são um lixo!
Aliás, um adendo, o problema parece ter sido na transmissão e não na geração (como o blecaute anterior), as mesmo assim apareceu oportunista no Twitter defendendo Belo Monte (geração)... Vê se pode!
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Já de manhã, a maioria dos portais dava algum destaque ao apagão, ainda que citassem a infeliz cantora... Menos o glorioso portal daquele conglomerado global que dava um destaque simplesmente vergonhoso...
Sério, eu realmente sinto vergonha do jornalismo brasileiro e dos jornalistas que são coniventes com tudo isto. É jornalista (sic) cujo trabalho é cobrir o BBB, jornalista subserviente à vontade dos patrões... Simplesmente inaceitável.
segunda-feira, 15 de março de 2010
Falha compara Lula a Nazistas
Se alguém achava que faltava alguma coisa pra a Folha chegar ao fundo do poço e até a parte mais profunda do esgoto em que se meteu, então não tenham mais dúvidas, não tem mais como descer, ser mais sujo ou mais criminoso.
Falha de Domingo, dia 14 de março. FOLHA RIP.
Caro Clóvis Rossi, não adianta colocar a culpa em outra pessoa - "Não fui eu quem falou" -, pois a responsabilidade também recai em que reproduz, em quem dissemina esse tipo de coisa.
Só para informar, a tática que a Falha vem usando é nazista. Esta sim é a verdade. E quem está dizendo sou eu, não é o Zezinho da Padaria nem o Doutor Pimpolho. Diferentemente de alguns jornalistas (sic), os blogueiros (eu e os que eu leio, pelo menos) não se escondem, nem às suas opiniões.
Lamentável!
CLÓVIS ROSSI
De silêncios e civilização SÃO PAULO - Se Lula fosse presidente em 1939, teria justificado Hitler. Em 1937 Hitler aprovou uma lei que tornava legal prender pessoas por serem judias. Ou seja, se é mesmo para respeitar, como disse Lula, "a Justiça e o governo cubano", ter-se-ia que respeitar também a Justiça e o governo alemão da época.
A observação é de Marcelo Bigal, brasileiro de 40 anos, neuropsiquiatra residente na Pensilvânia, onde é diretor-global de Assuntos Científicos da Merck.
Não se trata de um representante da "direita", essa palavrinha que a esquerda debiloide saca do coldre nas infinitas vezes em que não tem um só argumento para rebater críticas a seus ídolos e prefere, por isso, tentar desqualificar o crítico. Foi militante do PT, sim, senhor, mas saiu desiludido com o que chama de "pallocismo" em sua terra, Ribeirão Preto.
Seu argumento é nítido: "Um presidente não expressa apenas seu pensamento ou joga para a plateia. Ele representa os princípios do povo que o elegeu". No pressuposto de que a maioria dos brasileiros valoriza direitos humanos e a democracia, não há como silenciar em relação a Cuba ou a qualquer outro país que viole tais valores.
Não cabe, portanto, a fuga ensaiada por Marco Aurélio Garcia ao dizer que, às vezes, "a melhor forma de ajudar é não tomar partido". Pode-se, de fato, não tomar partido entre correntes políticas ou entre governos em confronto, mas, entre a civilização e a barbárie, qualquer omissão equivale a tomar o partido da barbárie.
Nem é tão complicado assim: Hillary Clinton, a secretária norte-americana de Estado, disse que a iniciativa israelense de construir novas residências em áreas palestinas "é um sinal profundamente negativo sobre a abordagem de Israel para as relações bilaterais". Tomou partido ou apenas disse o que deveria dizer?
crossi@uol.com.br
terça-feira, 22 de setembro de 2009
São Paulo no Lixo ou o Dilúvio Pós-Kassab
É metrô que sobe, ônibus que vai para a estratosfera - e o serviço continua péssimo -, crianças que passam fome em creches do município (pelo menos o crápula teve a decência de voltar atrás, aliás, decência não, pressão popular e revolta pelo absurdo), corte na saúde, corte na coleta, corte na varrição... Tudo isto para manter cerca de 4 bilhões guardados num banco.
Fica a dúvida, são 4 bilhões para fingir que, ao passar a prefeitura para o próximo (des)governante, ele governou com responsabilidade fiscal ou é dinheiro reservado para a corrupção, a caixinha da aposentadoria dos Demos, saudosismo de Maluf?
Do R$ 1 bilhão que se prometeu investir no Metrô, em quatro anos, por exemplo, não foi liberado nada, assim como os R$ 30 milhões reservados para o início da construção do Hospital Municipal de Parelheiros, no extremo da zona sul, e o corredor de ônibus da Avenida Celso Garcia, na zona leste - três das principais promessas da campanha à reeleição. O projeto de transformar ônibus em bibliotecas itinerantes, da Secretaria Municipal de Cultura, também não teve um centavo liberado dos R$ 974,6 mil previstos.Enfim, no que Kassab tem investido? Albergues são fechados, Kassab promete reformar e abrir novos. Com que dinheiro? Está tudo na poupança dos políticos! Deficiente em São Paulo não tem vez, nem investimento. Se a calçada não está toda esburacada tem tanto lixo que um cadeirante não pode nem sonhar em trafegar! E o Metrô? Mais um aumento e NADA de verba para sua ampliação! Mas isto não é crime, fazer propaganda exaustiva e na verdade tudo não passar de fumaça, de mentira?
O congelamento já afeta até as Secretarias de Segurança e da Assistência Social. De um total de R$ 20 milhões para a modernização das ações de segurança preventiva e comunitária, R$ 9 milhões foram congelados. A verba destinada à construção e à reforma de prédios e imóveis da GCM também teve retenção de R$ 1,1 milhão, de um total de R$ 1,2 milhão. Para a construção de albergues, congelou-se R$ 1,3 milhão de um total de R$ 1,8 milhão.
A pasta campeã de congelamento é a da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida. Ao todo, 77% da verba de R$ 15 milhões da pasta foi retida. Só para as obras de melhoria da acessibilidade - como as reformas de calçadas sem guias rebaixadas - estão represados R$ 4,1 milhões de R$ 4,2 milhões destinados à rubrica (97% do total). Na Cultura, a reforma e ampliação de bibliotecas e de centros culturais teve R$ 9,2 milhões congelados, de uma verba orçada inicialmente em R$ 17 milhões.
A cidade está um lixo, em todos os sentidos. O centro da cidade está simplesmente coberto de lixo, foi engolfado por camadas de sacos de lixo, sujeira espalhada, mal cheiro... Se a vedete de Kassab era a Nova Luz, hoje só vemos a Nova Podridão. E para piorar, os Garis em justo protesto entraram em greve.
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Na verdade a Greve não teve a força esperada e não durou, o que, no fim, não muda a situação de podridão completa da cidade
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Temos 6 mil garis hoje, ou melhor, tínhamos, 568 foram demitidos e este número pode chegar aos 3.300. E a cidade, como fica? Tenho a mais absoluta certeza de que os Jardins e o Morumbi não serão afetados pela podridão, apenas os bairros onde mora a patuléia, onde os políticos só pra fazer campanha, beijar umas crianças sujas e que não conseguem ser atendidas pelo SUS e conseguir o voto do povo enganado.
Mas o que fazer?
E difícil saber que atitudes tomar em uma cidade em que o protesto é quase criminalizado. Se alguém grita, o trânsito para e os motorizados reclamam que não conseguem chegar em casa. A greve vira caso de polícia, pois o cidadão preocupado não tolera que suas cartas não cheguem - não importa que o carteiro ganhe um salário de fome - não tolera que o banco não abra - mesmo que os bancários do BB e caixa ganhem uma miséria e não recebam um aumento decente há décadas - e jamais tolerariam que sujos garis protestassem! Imaginem só, garis atrapalhando o trânsito de São Paulo! Estes invisíveis que deixam a cidade habitável e que só são notados quando a cidade fica um nojo ou quando reclamam.
Enfim, estamos entregues à uma administração (sic) DemoTucana privatizante, vendida, que não respeita o povo em absoluta, que deixa a cidade no lixo, sem saúde, podre e pobre.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
São Paulo no lixo e à pé. Obrigado, Kassab! [Update]
São varridos diariamente 6.900 quilômetros de vias públicas e retiradas 300 toneladas de lixo, segundo a Secretaria de Serviços, responsável pelos contratos de limpeza. São mais de 8 mil pessoas que trabalham na varrição e em serviços complementares, como limpeza de feiras; desses, 1.500 demitidos estão em aviso prévio, segundo o sindicato das empresas.A crise acaba, mas Kassab ajuda a dar mais uma esperança de sobrevida à ela demitindo milhares de trabalhadores. Aliás, nem bem a crise acabou Kassab resolveu se dar um agrado de milhões de reais com seu novo salário.
A cidade, por onde se passa - exceto nos bairros frequentados pela elite - está tomada pelo lixo. O número de garis é insuficiente, a coleta é insuficiente mas Kassab nos presenteou com uma redução em seu número! O que é sujo ficará podre.
Ariovaldo Caodaglio, presidente do Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo (Selur), disse que há conversas com os representantes dos garis e também do Ministério Público do Trabalho, mas não é possível dizer se haverá acordo. A administração municipal informou que o contrato de concessão obriga as empresas a prestar os serviços. Se houver greve, as concessionárias devem continuar fazendo a limpeza pública. A Prefeitura ameaça romper contrato em caso de paralisação. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana (Siemaco), com menos varredores nas ruas, mais lixo ficará acumulado, o que pode entupir as galerias de água pluvial e bueiros com as chuvas.Esta é a parte engraçada, os garis não podem fazer greve pois a concessão de suas empresas - privatização completa do sistema de coleta de lixo, que deveria ser público - pode ser cassada caso a limpeza urbana pare... Como funciona este tipo de coisa? O direito à greve não existe para a categoria ou, fazendo greve, serão demitidos todos?
Mas Kassab não se importa, seu bairro e o dos demais grã-finos continuará a ser limpo, nem que todos os garis remanescentes sejam descolados para lá, afinal, a elite não suporta sujeira. Aliás, minto, não suporta suas calçadas sujas porque se tem uma coisa que sabem fazer é sujeira.
E Kassab não para por aí! Não, imagina! Não basta elevar seu salário, afinal, a crise acabou, nem tampouco reduzir o orçamento da coleta de lixo e causar uma mini-crise com a demissão de milhares de garis. A coisa vai ainda mais longe, Kassab ainda vai elevar até quase os 3 reais as passagens de ônibus e, não se preocupem, o metrô também aumentará!
O aumento de janeiro deverá elevar o preço a um patamar entre R$ 2,65 e R$ 2,75. Já a política tarifária da Secretaria estadual dos Transportes Metropolitanos realiza reajustes anuais da tarifa do metrô, CPTM e EMTU.A partir de janeiro de 2010 ficará (muito) mais caro se locomover pela cidade. O prefeito se gaba de investir no transporte público, de tornar mais acessível e agradável o uso destes meios em detrimento dos carros mas, na contra-mão do óbvio, abre mais vias na Marginal - não só acabando com o que resta de verde mas abrindo novas trincheiras cinzentas para os carros - e eleva o valor das passagens, afastando potenciais usuários e tornando impossível a vida de quem não tem opção.
Hoje, a passagem de metrô é de R$ 2,55, e deverá chegar a algo em torno de R$ 2,65, com uma inflação estimada de 5%. O último aumento foi feito no início do ano.
R$2,75 por uma passagem de ônibus não só só ridículo, é uma ofensa ao trabalhador. Não basta ficar horas preso em um trânsito caótico em um ônibus lotado e com televisão passando novela da globo e algum boçal com celular tocando pagode. Temos que pagar caro pelo desprazer de sermos torturados todo dia.
Kassab deveria ser processado, dentre outras coisas, por torturar o usuário do transporte público, um herói que todo dia tem que sobreviver em São Paulo.
E, o cúmulo da insensatez:
Em nota, a secretaria estadual confirmou que haverá aumento em janeiro e observou que se trata de "uma política de transparência que permite aos usuários programar gastos com informação prévia".Aviso ao povo para se programar para a facada. Chamam a isso de transparência e não de mal-caratismo em ter a coragem de aumentar a passagem de um serviço medíocre.
Kassab está realmente forçando nossa paciência, nossa tolerância. Cadeia para este canalha que se aproveita do povo e (n)os deixa no lixo.
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Update:
Informações do Blog do Favre desmascaram as mentiras de KAssab. Não só eleveu seu salário e dos seus secretários como contingenciou 4 bilhões do nosso dinheiro enquanto a cidade fica a pé e podre!
“Depois de um ano com a arrecadação de impostos em baixa, por causa da crise internacional, a Prefeitura registrou em agosto, pela primeira vez, um resultado positivo.” artigo do Estadão de ontem, ver Kassab continua propalando inverdades: arrecadação este ano esta em patamares semelhantes a 2008
“Secretaria da Saúde(…) afirma que o contingenciamento ‘é uma ferramenta de austeridade e responsabilidade de uma gestão preocupada com o cenário de crise mundial, presente principalmente no primeiro semestre de 2009′, “ artigo do Estadão de hoje, ver Kassab congela 12% da verba da Saúde para 2009
“O relatório das contas do município do período mais agudo da crise, de janeiro a abril, mostra que, enquanto a receita de impostos subiu (…) 0,3% (já descontada a inflação) (…)” No artigo da Folha de hoje, ver Como é branca a cor da Folha, meu chapa!
Ou seja, corrigida da inflação, a receita da prefeitura é semelhante a do ano 2008, que foi o maior orçamento da cidade em termos reais dos últimos 20 anos. Para comparar, no último ano da administração Marta Suplicy o orçamento foi de aproximadamente R$ 12 bi e em 2008 de R$ 25 bi.
Kassab mantem no banco aplicados R$ 4 bilhões. Obras, investimentos, saúde, limpeza aguardando…
LF


quarta-feira, 20 de maio de 2009
Israel transforma a Palestina em um lixão. Isso é Sionismo
AMBIENTE-PALESTINA: Territorios ocupados por desechos
Por Mel FrykbergRAMALAH, may (IPS/IFEJ) - Israel arroja desechos, incluidos los peligrosos, en el territorio palestino de Cisjordania, cuya población no está en condiciones de protestar.
Territorios palestinos se convierten en páramos.Crédito: Erin Cunningham/IPSEl estado judío lo hace "desde hace años, como una alternativa más barata y fácil que procesar esos desechos peligrosos en su territorio, en sitios adecuados para su manejo", dijo a este cronista el subdirector de la Autoridad Ambiental Palestina, Jamil Mtoor.
Shuqbah, una aldea de 5.000 habitantes, se ubica cerca de la "línea verde" que separa Palestina de Israel, y no está lejos tampoco de Ramalah, donde tiene su sede la Autoridad Nacional Palestina (ANP), que controla Cisjordania.
Empresas israelíes han estado usando las tierras de un intermediario palestino en esa aldea para volcar basura a apenas 30 dólares la tonelada, mucho más barato que arrojarla en vertederos israelíes.
"Firmas israelíes han vertido residuos sólidos y peligrosos allí durante años. La posterior quema de desechos tóxicos incluye elementos como las emisiones carcinógenas de las películas de rayos X. Esto afecta a la población. Muchos sufren asma y enfermedades relacionadas", dijo Mtoor a este periodista.
Antes, los israelíes enterraban los esqueletos de miles de pollos que habían sufrido gripe aviar cerca de Naplusa, en el norte de Cisjordania, señaló Mtoor.
En el sur de ese territorio, en Hebrón, la Autoridad Ambiental Palestina también descubrió 500 barriles de insecticida. De nuevo, fue un intermediario palestino el que aceptó esos desechos en su propiedad a cambio de una paga.
La ANP ha arrestado a los involucrados y demandó ante la justicia a varios de ellos, pero condenar a palestinos que cooperan con los contaminantes israelíes es muy difícil.
"Los israelíes se aprovechan de personas muy pobres con familias grandes que mantener, con fuentes de ingreso limitadas y desolados por el elevado desempleo", dijo Mtoor.
Israel ejerce un control total sobre más de 40 por ciento de Cisjordania. El territorio está dividido en las áreas A, B y C. Solamente la A está bajo control absoluto de la ANP. La B está bajo jurisdicción israelí y, aunque limitada, también palestina. La C está totalmente controlada por Israel.
"Muchos de los intermediarios palestinos están protegidos por los israelíes. Si queremos perseguirlos debemos obtener de Israel los permisos para ingresar a las áreas B y C, y a menudo no se nos autoriza o el trámite se prolonga demasiado", dijo Mtoor.
"Además, es difícil controlar los numerosos vertederos que usa Israel, porque la basura se arroja tanto abierta como encubiertamente, a veces de noche. Los sitios varían, y luego los israelíes los ocultan", agregó.
Los habitantes de los asentamientos judíos ilegales en Cisjordania suelen arrojar sus residuos y descargar sus aguas servidas en ríos y otras fuentes de agua.
El Instituto de Investigación Aplicada de Jerusalén alertó que "las aguas servidas de los asentamientos no se restringen a los efluentes domésticos, sino que incluyen pesticidas, asbesto, baterías, cemento y aluminio, que contienen compuestos carcinógenos y peligrosos".
Israel explota aproximadamente 87 por ciento del acuífero de Cisjordania. Unos 2,5 millones de palestinos sobreviven con el resto, lo cual supone una amenaza para la salud de las dos naciones.
"Los colonos judíos consumen hasta 200 litros de agua diarios por persona, mientras que los palestinos de Cisjordania sobreviven con entre 30 y 60 litros", dijo Mtoor.
La organización ambientalista israelí, palestina y jordana Amigos de la Tierra Medio Oriente publicó hace varios años una investigación titulada "A Seeping Time Bomb, Pollution of the Mountain Aquifer by Solid Waste" ("Una bomba de tiempo que se filtra: La contaminación del acuífero de la montaña con desechos sólidos").
Según el estudio, la eliminación no sostenible de residuos sólidos tuvo como consecuencia la filtración en el agua subterránea de sustancias tóxicas como cloruros, arsénico y metales pesados como cadmio, mercurio y plomo.
"La amenaza para el agua potable continúa hasta ahora", dijo a este periodista la portavoz de Amigos de la Tierra, Miri Epstein.
Las empresas israelíes que fabrican productos potencialmente peligrosos se instalan en territorios palestinos para evitar las estrictas leyes ambientales que controlan las operaciones en territorio del estado judío.
La justicia israelí clausuró en 1985 las operaciones de la compañía israelí de pesticidas Geshuri en la central ciudad de Kfar Sava, por una demanda de residentes que la acusaron de dañar su salud. Pero la firma se trasladó a Tulkarem, en el nororiente de Cisjordania.
Para paliar la situación, el gobierno alemán construyó una planta de eliminación de desechos sólidos cerca de Ramalah, y el Banco Mundial y la Comisión Europea, rama ejecutiva de la Unión Europea, construyó un vertedero de cerca de Jenin, en el norte de Cisjordania.
"Contamos con la comprensión de la comunidad internacional, pero la situación no se resolverá hasta que haya una solución política al prolongado conflicto palestino-israelí", dijo Mtoor.
El Comité Israelí Palestino de Expertos Ambientales, creado bajo los Acuerdos de Oslo (1993), no se reúne desde 1999. Cualquier coordinación en materia de deposición de desechos sólidos es específica y aislada.
Ahora Gaza afronta un desastre ambiental tras la devastadora ofensiva militar israelí que acabó con 1.400 vidas e hirió a más de 5.000 personas entre el 27 de diciembre y el 17 de enero.
"La situación ambiental en la franja de Gaza es extremadamente seria. Nuestra prioridad es investigar los desafíos en la materia y establecer las prioridades de rehabilitación", dijo a este cronista Achim Steiner, subsecretario general de la Organización de las Naciones Unidas (ONU) y director ejecutivo del Programa de las Naciones Unidas para el Desarrollo (PNUD).
Steiner visitó recientemente Gaza y Cisjordania, y evaluó entonces junto con funcionarios palestinos y personal de la ONU la situación en los dos territorios palestinos.
Este mes, el PNUD enviará un equipo de ocho expertos a Gaza para examinar, entre otras cosas, las secuelas ambientales del uso por parte de Israel de armas ilegales como fósforo blanco.
El equipo está integrado por expertos en manejo hídrico y de aguas servidas, control de asbesto y residuos peligrosos, evaluación ambiental costera y marina, y evaluación institucional y económica.
"La situación ya era seria antes de la guerra, debido a la inadecuada infraestructura de Gaza y a la falta de reparación de las plantas de tratamiento de desechos y de agua", señaló Steiner. Y ahora es mucho peor.
El embargo de Israel bloqueó el suministro de material de construcción necesario para reparar la devastada infraestructura de Gaza, y de suficiente combustible como para hacer funcionar las plantas de tratamiento del agua y de los residuos.
"Los desechos peligrosos y hospitalarios yacen sin tratar. Aguas servidas, también sin tratar, fueron bombeadas al mar y alcanzaron las napas subterráneas y el suministro de agua potable, creando una amenaza sanitaria", dijo Steiner.
El ejército israelí tiene más de 600 puestos de control y controles carreteros en toda Cisjordania, lo que obstaculiza el tránsito de camiones cisterna que transportan aguas residuales de pueblos y aldeas.
Por esto, "los palestinos no tienen suficiente acceso a vertederos o la capacidad de tratar los residuos adecuadamente", destacó Steiner.
* Este artículo es parte de una serie producida por IPS (Inter Press Service) e IFEJ (siglas en inglés de Federación Internacional de Periodistas Ambientales) para la Alianza de Comunicadores para el Desarrollo Sostenible (http://www.complusalliance.org). Excluida la publicación en Italia. (FIN/2009)