quarta-feira, 29 de abril de 2009

Continua a perseguição contra o MST

Pin It

"Polícia: MST agiu como grupo de extermínio. Inquérito sobre chacina em PE indicia seis militantes sem-terra"

Continua a perseguição contra o MST, é algo que não tem fim. Onde está o Lula e sua prometida reforma agrária? Não é a toa que o Stédile já anunciou que Lula não é amigo do MST. Virou às costas ao movimento.

RECIFE - A Policia Civil de Pernambuco enviou nesta terça-feira o inquérito sobre o assassinato de quatro seguranças de uma fazenda no interior do estado, com o indiciamento de sete pessoas por participação na chacina, seis delas sem-terra. Os integrantes do MST foram indicados por formação de quadrilha, homicídio qualificado e porte ilegal de arma, entre outras acusações.
Formação de quadrilha? É o mesmo que dizer que o MST é uma quadrilha! Estamos falando do maior movimento social da América Latina, um dos maiores e mais importantes do mundo!

Porte ilegal de arma? E os jagunços, os capangas da fazenda prontos para matar os sem-terra? Será que os Sem-Terra não tem o direito a se defender? Ou será sempre espingarda dos capangas contra foices e facões dos membros do movimento? A lei obriga o movimento a morrer, sem se defender?

E a pior de todas (se é que é possível alguma coisa ser pior que acusar o grupo de formação de quadrilha), é considerar um ato de legítima defesa como homicídio. Existem inclusives vídeos mostrando as intenções dos jagunços: Matar. A "justiça" brasileira e a polícia nunca vão em socorro dos sem-terra, espera-se então, que tomem sua defesa da maneira que podem. Não vão morrer de braços abertos, não querem virar mártires, já o foram por tempo demais!

Segundo o delegado delegado de São Joaquim do Monte, Luciano Francisco Soares, que comandou a investigação, os sem-terra agiram de forma premeditada e com características de grupos de extermínio. Um dos vigilantes da fazenda Jabuticaba, vizinha à Consulta, onde ocorreu o crime, foi enquadrado por porte ilegal de arma.

A chacina foi no sábado de carnaval, durante discussão com seguranças da fazenda Consulta - a 137 quilômetros de Recife - e chefes de um acampamento do MST. Na época, o coordenador regional do MST, Jaime Amorim, afirmou que os sem terra "mataram para não morrer" e que agiram em legítima defesa. Mas, segundo o delegado, o crime foi premeditado e as vítimas foram baleadas na cabeça e no tórax.

Premeditado? Há que se esclarecer que, por "premeditado" acredita-se que houve crime, intenção de matar por matar, pelo prazer de tirar uma vida. O que houve foi simples, TODO sem-terra sabe que é recebido à bala nas fazendas, sabe que os donos das fazendas não aceitarão perder suas propriedades improdutivas e griladas e que terão que se defender para não morrer.

Não "premeditaram", se prepararam para os jagunços que, todos sabem, viriam. Prepararam as barricadas, cavaram as trincheiras, são paralelos aceitáveis. Se defender e se preparar para se defender não é crime. Só no Brasil, para nossa "puliça" e nossa "justiça".

As "vítimas" (coitados, pobres assassinos contratados por senhores de terra para amtar, mercenários armados), foram baleadas no tórxas e na cabeça... Realmente, os membros do MST deveriam ter mirado nas mãos! Assim fica mais fácil! Atirem nas mãos, não importa que estejam atirando em você,s que estejam caminhando para te matar, mirem nas mãos!

- Os tiros foram desferidos em áreas letais, com características mesmo de execução, uma atividade típica de grupo de extermínio. Não houve legítima defesa - disse o delegado.
Quer dizer então que, pela lei, só há legítima defesa se os tiros não forem em lugares vitais? As vítimas devem fazer mira!? É um absurdo!

É assim que o MST é tratado. Devem se acovardar, morrer porque a polícia não está nem aí, é instrumento das elites e latifundiários e não do povo, da defesa do povo.
------