quarta-feira, 1 de abril de 2009

FEBEAMU*, ex-FEBEAPÁ

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* Festival de Besteiras que Assolam o Mundo, grande Stanislaw Ponte Preta em livre adaptação!


Impressionante como em apenas uma cúpula - e em uma notícia - é possível um desfile tão grande de besteiras e de diplomacia tosca!

Vamos aos fatos.

"Lula abandona almoço no Qatar ao perceber que ditador sudanês se sentaria a seu lado"


Louvável... Se o Brasil, pelo menos, como signatário do TPI (tribunal Penal Internacional), declarasse publicamente sua posição quanto ao mandato de prisão de al-Bashir, presidente (ditador) genocida do Sudão.

O Brasil, na ONU, preferiu votar contra o envio de um relator independente para analisar as denúncias em Darfur, ou seja, votou a favor do Bashir, logo, a atitude de Lula é, minimamente, anacrônica e está em descompasso com sua própria política diplomática.

O padrão da posição brasileira na ONU tem sido um fator de surpresa para entidades internacionais, como a Human Rights Watch, que alerta para a "contradição" no Brasil entre defender os direitos humanos e continuar a votar contra resoluções que condenem governos que violam direitos básicos. Além de apoiar o Congo, o Brasil evita condenar o Sudão e ainda não ataca frontalmente a Coreia do Norte, dois dos regimes mais duros hoje no mundo.

"O Brasil ratificou o TPI, mas até hoje não se pronunciou sobre Al Bashir. O chanceler Celso Amorim afirmou que o tema do sudanês não estava na agenda"

Impressionante! O país que tem a intenção de entrar no Conselho de Segurança com uma vaga permanente não tem espaço na sua importnatíssima (?) agenda para discutir a condenação de um genocida? É o fim da picada!

Sigamos a notícia...

"[...] o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, convidou Al Bashir para visitar Caracas. Para ele, Shimon Peres, de Israel, e o ex-presidente americano George W. Bush deveriam ser presos por "genocídio.""

Eu apóio muitas das políticas de Chavez e simpatizo com o mesmo mas, dessa vez, foi o limite. Shimon Peres e toda a elite governamental e militar israelense deveria ser processada e condenada por genocídio, Bush, igualmente, e al-Bashir, indubitavelmente!

al-Bashir é um genocida igual aos outros citados acima e é um absurdo que para defender sua política na região Chavez prefira falar uma bestiera dessas a se limitar a ficar calado.

É compreensível, do ponto de vista diplomático, em um momento em que Chávez se aproxima do Irã e dos países árabes que ele acabe apoiando posições controversas da Liga Árabe mas tudo tem limite. A defesa do ser humano, pilar fundamental do Socialismo - que diz defender Chavez - não pode ser estuprado de tal maneira.

"Já Michelle Bachelet, presidente do Chile e que teve seu pai morto pela Ditadura, foi explícita em sua posição e deixou claro que não compartilhava da posição de Chávez ou da Liga Árabe[...]"

Excelente, o que se esperaria de qualquer líder mundial consciente. Quem sofreu na pele os efeitos de uma ditadura não pode, em sã consciência, apoiar um regime igual.

"Chávez alegou que a soberania dos países e a imunidade dos presidentes não poderia ser violada, recomendando o Brasil a também condenar o tribunal.

- Se o presidente cometeu algum crime, cabe à Justiça de seu país julgar - afirmou. - O Brasil deveria se sentir atropelado, assim como todos os países do Terceiro Mundo."

No mínimo, a declaração é incoerente. Se a soberania do Sudão é inviolável então como seria possível violar a israelense e estadunidense em possíveis julgamentos por genocídio?

Não posso crer que Chavez espera que Israelenses julguem os seus por genocídio ou os estadunidenses façam o mesmo. É utopia em demasia! A solução única seria um tribunal internacional, o TPI, o mesmo que Chavez pede para ser esquecido.

Finalmente, o final cruel e infantil.

"Lula apoia plano de troca de "terra por paz" com Israel"

Primeiro: Israel JAMAIS permitirá aos Palestinos formarem um Estado verdadeiro. JAMAIS Israel permitirá aos Palestinos terem um governo que escolherem, caso não seja o de seu interesse, não terão jamais exército ou forças armadas equipadas e preparadas. É uma ilusão.

Segundo: A troca de terras é ilegal. Ou pelo menos imoral. A ONU já reconehceu em DEZENAs de resoluções o direito da Palestina existir no território com fronteiras anteriores à ocupação ILEGAL de 1967. Qualquer território cedido, tomado ou aifns é ilegal ou, novamente, imoral na pior das hipóteses.

Terceiro: Reeditar Camp David é uma jogada tola e inútil. Israel, buscando escapar de seu isolamento, relança uma carta marcada na esperança de ganhar credibilidade. E Lula engole.

Faz um desserviço ao povo Palestino.
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