quinta-feira, 26 de março de 2009

Falência esportiva...

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Recentemente andei lendo muita coisa sobre a falência ou o perigo de falência de diversas organizações esportivas, clubes e afins...

Poucas ações, das que vi, realmente poderiam amenizar os problemas causados pela crise - ou nem por ela, o futebol inglês vem em crise ha algum tempo, com compras milionárias de clubes, imensos prejuízos e preços absurdos por um ou outro jogador.

"Somados à saída de patrocinadores, os inevitáveis cortes de empregos já começaram, e não foram poucos. A NFL demitiu 169 pessoas, enquanto seus comissários tiveram uma redução de 20% nos salários. A NBA também perdeu 10% do seu contingente, assim como o Comitê Olímpico Norte-Americano, que se desfez de 54 funcionários, seguido pela Nascar, que teve uma baixa de mais de 100 empregados.

Mesmo com todas essas baixas, o esporte norte-americano ainda não se entregou. Linhas de créditos têm servido para tapar alguns buracos, como aconteceu com metade das franquias da NBA. O Indiana Pacers, por exemplo, localizado no estado em que o basquete tem muita tradição, já anunciou um prejuízo de pelo menos US$ 30 milhões nesta temporada.

Já a NHL, a liga profissional de hóquei no gelo, que havia sido apontada como a mais vulnerável aos efeitos da crise no início da recessão, reduziu o teto salarial dos cerca de 700 atletas participantes para esta temporada, e a medida ´continuará em vigor por tempo indeterminado."

Só a NHL, no caso dos EUA, reduziu o teto salarial, o que é algo básico num momento como este. Na verdade, em qualquer momento.

Concentremo-nos no futebol.

Qual a razão de se pagar milhões por um homem ou achar que esta pessoa vale mais de 125 milhões de reais, caso de Robinho, ou 256 milhões por Gerrard, ou ainda 280 milhões por alguém como Cristiano Ronaldo?

Os valores dos jogadores chegou a um ponto absurdo, em que é mais caro comprar um Cristiano Ronaldo que um Chelsea, que foi comprado pelo magnata Abramovich por pouco mais de 200 milhões!

Vemos, pelo exemplo dos EUA, que na maior parte dos esportes, estão demitindo funcionários, diminuindo salário de funcionários.... E os jogadores? E um jogador que ganha milhões por jogo?

E o problema não é só a crise, este é só o estopim, talvez, de algo que já se arrasta há muito tempo.

Clubes pequenos e médios, na Europa especialmente, estão tão distantes dos grandes que se satisfazem em começar um campeonato só querendo não cair ou no máximo se classificar para alguma copa européia. O título, sabem, só por milagre!

Isso acaba tornando o esporte, no caso o futebol, em um jogo de cartas marcadas em que um ou dois apenas podem vencer.

Para a periferia, fora da Europa, sobram os jogadores que não se adaptaram ou de nível inferior.

Vejam algumas seleções nacionais - mesmo da Europa - , poucos jogadores jogam nas ligas nacionais, a maioria joga em outro país e existem tantas "estrelas" lá fora que a seleção brasileira tem "craques" que estão até no banco nos países em que jogam!

Jogadores estes que poderiam ser titulares em qualquer outro lugar do mundo mas em outros lugares não existe tanto dinheiro.

Salários exorbitantes, valores incríveis de transferências, isso acaba matando o futebol.

E com a crise, vai piorar.
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