sábado, 18 de abril de 2009

Sri Lanka e os Tâmil

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"Nós tememos que, se a comunidade internacional não intervier, esta situação terminará em um massacre", disse à agência Efe um dos dirigentes da organização Tâmeis Contra o Genocídio, Elias Jeyarajah.

O dirigente tâmil elogiou a postura do atual presidente rotativo do Conselho de Segurança, o embaixador mexicano Claude Heller, que junto aos Estados Unidos e a outros países, está disposto a incluir a situação no Sri Lanka na agenda do principal órgão da ONU.

No entanto, China e Rússia respaldam a posição do Governo do Sri Lanka, de que sua luta contra a guerrilha tâmil é um conflito interno que não tem relação com a paz e a segurança internacional.

Ao mesmo tempo, Jeyarajah pôs em dúvida as afirmações de representantes da ONU e de organizações de direitos humanos de que os LTTE impedem a saída dos civis porque os utilizam como escudos humanos.

"Nós mantemos um contato direto com as pessoas ali e a situação não é tão clara. Muitos dos civis não querem deixar o local porque têm medo de que o Governo os confine em campos de prisioneiros", acrescentou.


Vejamos as declarações individualmente e os fatos.


O povo Tâmil luta ha mais de 30 anos por independência, uma luta legítima que, mesmo senão sempre pelos meios mais corretos, ainda assim permanece legítima.

Já falei exaustivamente sobre o assunto aqui.

A questão agora são os protestos que vem acontecendo em todo o mundo com inclusive a invasão da embaixada do Sri Lanka na Noruega, por manifestantes da etnia Tâmil, que exigem a autodeterminação de seu povo e o fim do massacre - genocídio - contra os seus parentes no Sri Lanka.

De um lado o massacre de civis Tâmil é inaceitável, o desrespeito ao direito legítimo de autodeterminação é uma aberração mas por outro não é factível que os guerrilheiros, em desespero, não usem civis de alguma forma como escudos ainda que, a explicação do medo de campos de concentração seja perfeitamente factível.


O Sri Lanka se recusa a ouvir os apelos da ONU mas, ao menos, os EUA se mostraram mais abertos ao diálogo, ainda que China e Rússia apóiem integralmente o massacre dizend oque o assunto é meramente interno.


Genocídio, para eles, é assunto que não concerne a comunidade internacional.


Lamentável.



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