domingo, 10 de maio de 2009

Dá-lhe Chávez!

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Do Vi o Mundo.

Dá-lhe, Chávez

09/05/2009 - 18h53
Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ameaça deixar a OEA

da
Folha Online

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ameaçou neste sábado deixar a Organização dos Estados Americanos (OEA) para criar em seu lugar um novo órgão do que chamou de povos livres. Ele se mostrou indignado com um recente relatório da Comissão Interamericana dos Direitos Humanos (CIDH) que critica seu país.

"A Venezuela pode sair da OEA e convocar os povos deste continente para nos libertar destas ferramentas velhas e formar uma organização de povos da América Latina, de povos livres", declarou Chávez.

O dirigente rejeitou as conclusões do relatório da CIDH, segundo o qual existe na Venezuela um clima hostil ao desacordo político, e lembrou que a comissão reconheceu o governo de Pedro Carmona, que tomou o poder no país em 2002 depois de um golpe de Estado contra Chávez.

"A OEA é uma burocracia imperial. Porque ela nunca condenou [o ex-presidente dos Estados Unidos George W.] Bush?", perguntou o presidente venezuelano.

"Há poucos dias, o império dos Estados Unidos bombardeou aldeias inocentes no Afeganistão, onde não sei quantas mulheres e crianças morreram. Mas disso a comissão não fala", afirmou ainda o presidente.

Relações Exteriores

O relatório da CIDH incluiu a Venezuela no grupo de países que precisam melhorar a defesa e o cumprimento dos direitos humanos.

Um comunicado do Ministério das Relações Exteriores afirma que tais qualificações são consequência de o relatório não se basear em questões próprias, mas tomar como base exclusiva fatos narrados pela imprensa.

"A Comissão Interamericana de Direitos Humanos abandonou sua condição de organismo internacional de proteção de direitos humanos", segundo o comunicado.

A CIDH é agora, segundo o comunicado, "um instrumento político dos setores nacionais e internacionais que, por razões ideológicas, atacam governos progressistas da região".

A chancelaria venezuela ainda qualificou o relatório da CIDH para 2008 de "errôneo, mal-intencionado e falso".

Com France Presse e Efe

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