domingo, 26 de abril de 2009

Nasce a piada pronta, ou melhor, o Partido Pátria Livre (MR8)

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Nasceu, dia 21 de abril, mais uma iniciativa inútil.

Nasceu o Partido Pátria Livre, novo nome do MR8 - grupo que abandonou a luta armada para servir como tendência da juventude dos filhos pseudo-comunistas dos líderes do PMDB -, que busca as 500 mil assinaturas para virar mais um partido da boquinha, mais um partido sem programa e que se limitará a lutar por cargos e apoiar o Presidente Lula.

Cansaram de apoiar sempre o Quércia - figura tétrica que dispensa apresentações - e agora resolveram apoiar logo o "chefe" e ser mais uma corrente de transmissão do Petismo, como já o é o PCdoB.

"Chamado Partido Pátria Livre (PPL), referência ao Hino da Independência, a agremiação seria uma forma, segundo seus idealizadores, de avançar na construção de uma frente nacional-desenvolvimentista, cujo líder é o presidente Lula e cujos partidos de sustentação seriam mesmo PT e PMDB, juntamente com o restante da base do governo federal. Criando uma nova legenda, o MR-8 pensa poder conseguir mais espaço e ter mais peso nas negociações políticas, em vez de se tornar mais uma corrente interna no PT."


Resumindo: Querem cargos e ainda defendem um programa absurdamente ultrapassado e superado, o desenvolvimentismo que, aliás, foi bandeira da Ditadura que eles mesmos combatiam. Como corrente interna seriam pequenos, no PMDB são pequenos, como partido irão barganhar por melhores cargos, é o que querem dizer.

"Contra a entrada no Partido dos Trabalhadores pesa também a forma como este costumava se organizar. Uma das coisas mais importantes introduzidas pelo PT na política brasileira, a democracia interna e a participação ativa da base – embora essas coisas hoje não funcionem bem assim – não são tão bem vistas pelo MR-8. Estes, de tradição stalinista, consideram essa estrutura, com livre organização interna em correntes e tendências, uma bagunça. Preferem um centralismo democrático em que a direção determina a linha e a base segue à risca."


De quebra, são Stalinistas! Nada mais moderno e relevante! Porque não se integram ao PCdoB, de mesmo pensamento?

Agora, para derrubar realmente a idéia de que o partido é decente ou de esquerda:

"Em um dos cinco princípios que servirão de alicerce para a futura sigla, há o compromisso com um "horizonte socialista". Se depender do pragmatismo do MR-8, é possível que não haja ser humano para contar história quando chegar tal momento, pois o capitalismo atualmente nos arrasta ao precipício. Para aqueles que imaginam que os "revolucionários" do MR-8 estão rompendo brigados com o partido ao qual ainda pertencem, esqueçam. Sem radicalismos, companheirada. O manifesto é encerrado com um parágrafo que faz média com o PMDB, aquele de José Sarney, Renan Calheiros, Orestes Quércia, entre outras tantas figuras bastante conhecidas pelos brasileiros. Para o MR-8, foi uma "honra" permanecer por lá durante todo esse tempo."
Foi uma honra ter recebido dinheiro e afagos de pessoas tão íntegras como Sarney e gente tão decente quanto Orestes Quércia! Teremos, portanto, mais um partido caça-níquel, sem qualquer ideologia que não seja o lucro de seus membros mas com uma mensagem bonitinha e que captará a atenção das multidões com falsas promessas de um horizonte cor-de-rosa.

O discurso do presidente da comissão provisória o PPL, Sérgio Rubens anunciou:

“Companheiras e companheiros

“Eu não poderia encerrar sem citar três brasileiros que nos inspiram nessa hora.
“Tiradentes que numa frase curta soube expressar todo o sentido de nossa luta: “Se quisermos, faremos do Brasil grande Nação”.

“Getúlio Vargas que plantou os alicerces do projeto nacional-desenvolvimentista com tamanha firmeza que ele resistiu a todas as tempestades e hoje se constitui na base para a nossa arrancada.

“E Cláudio Campos a cujo gênio devemos a nossa possibilidade de estar enxergando hoje o Brasil como ele é, e o caminho que devemos percorrer.

“Companheiras e companheiros"


Ou seja, fora Claudio Campos, que ignoro quem seja, e Tiradentes, um clichê que passa despercebido, curioso a citação a um dos homens que mais perseguiu a Esquerda - e a direita, seja feita justiça, mas nunca foi amigo dos Comunistas -, Vargas. Inegavelmente um dos grandes responsáveis por haver alguma decência e justiça social no país, por menor que seja, e por ter garantido um mínimo de dignidade aos trabalhadores ams, ainda assim, Stalinistas defendendo um modelo Varguista?

No ato de fundação do partido, estavam presentes "personalidades" do PMDB, PT, PCdoB e Partido Comunista da Bolívia (seja lá qual for a razão).

Abaixo, um informe do site do MR8 sobre a fundação do partido:

Delegações de 19 Estados aprovam diretrizes, estatuto e iniciam coleta de 500 mil assinaturas

Frente a um auditório lotado, com ativistas provenientes de 19 Estados dos país, Sérgio Rubens de Araújo Torres, eleito presidente do Partido Pátria Livre (PPL), iniciou o ato de lançamento do novo partido brasileiro afirmando que “o que nós desejamos é compartilhar com todas as demais forças políticas e sociais que dão sustentação ao governo do presidente Lula as nossas idéias e propostas para que o Brasil ao invés de mergulhar no abismo da crise, abra as asas e alce vôo sobre ela. É nisso que se concentra o nosso programa. E ele pode ser resumido em quatro pontos básicos: Ampliar o mercado interno. Reduzir os juros. Concentrar os recursos do Estado para financiar a produção das empresas genuinamente nacionais - privadas e estatais. E dar prioridade a elas nas encomendas”.

O lançamento do partido se realizou no Auditório Elis Regina, no Anhembi, em São Paulo, no dia 21 de abril. Durante a primeira parte, os integrantes do Pátria Livre discutiram as propostas de programa e estatuto apresentados pela Comissão Organizadora, que, acrescida de outros integrantes do partido, passou a constituir a Comissão Nacional Provisória. Entre os que dirigirão o Pátria Livre, está Fernando Siqueira, presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet) e destacado combatente da causa nacional.

O programa aprovado tem a dedicatória: “À memória de Cláudio Campos que nos ensinou a ver que a libertação do Brasil é a questão principal para o avanço das conquistas democráticas e sociais”. Um dos momentos de maior emoção entre os fundadores do Pátria Livre foi a chegada ao ato de Dª Iná Campos, mãe de Cláudio Campos, secretário-geral do MR8, grande pensador e estrategista político que dedicou sua vida a desbravar os caminhos para a conquista da independência e liberdade pelo povo brasileiro e pela Humanidade. Sentia-se no Anhembi que os membros do Pátria Livre estavam profundamente honrados com a presença de Dª Iná, que fez questão de viajar do Rio a São Paulo para comparecer ao ato, apesar das dificuldades naturais de sua idade.

Após o encerramento dos debates e a aprovação dos documentos fundamentais do Pátria Livre, iniciou-se a sessão solene que encerrou os trabalhos, com a presença de várias personalidades e representantes de forças políticas que saudaram a fundação do partido.

“Feliz do país que tem na sua história figuras cívicas como Tiradentes e Zumbi dos Palmares”, disse, em sua intervenção, do alto de seus mais de 80 anos, sintetizando o sentimento dos presentes, o presidente do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB), professor e poeta Eduardo de Oliveira, que se filiou ao novo partido. “Um país que tem esses alicerces em sua alma jamais será batido. O Partido Pátria Livre traz idéias novas que falam do Brasil com orgulho. O programa do partido atende todas as nossas aspirações de nos ver livre desses que venderam as nossas estatais, esses que irão pagar com a pedrada de nossos votos pela traição nacional. Não queremos pedir piedade. Quem pede piedade são os fracos. Nós queremos a luz que é de todos. E temos a autoridade da dor”.

O vice-presidente da República, José Alencar, enviou mensagem de saudação aos membros do Pátria Livre, assim como o secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães, o ministro do Trabalho e presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, o chefe de Gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, o senador Cristovam Buarque, os deputados federais Saraiva Felipe (PMDB-MG), Marcos Rolim (PT-RS), Eliseu Padilha (PMDB-RS), Duarte Nogueira (PSDB-SP) e o deputado estadual Mauri Torres, ex-presidente da Assembléia Legislativa de Minas.

Enviaram mensagens, cumprimentando os participantes do ato pela fundação, Cuauhtémoc Amezcua, presidente do Partido Popular Socialista, do México; Marcos Domich, secretário-geral do Partido Comunista da Bolívia; Fabián Pena, pela Corrente Nacional Martín Fierro, da Argentina; Quim Boix, secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista dos Povos da Espanha; Ignácio González, pelo Movimento ao Socialismo, do Paraguai e esteve presente, no ato de encerramento, saudando os filiados, Pietro Alarcón, representando o Partido Comunista da Colômbia.

VALDO ALBUQUERQUE E WALTER FÉLIX

“Nós caminharemos juntos, pois somos o fio da história. Somos brasileiros e temos um projeto de Brasil. Nós queremos uma pátria livre, soberana e, acima de tudo, não queremos ser escravos de ninguém”
Therezinha Zerbini do PDT

“O Pátria Livre se forma como um partido que vem de um movimento pela construção de um programa, construção de propostas, hoje materializado no momento mais importante da história da esquerda no mundo. Em 2010 só tem um caminho: um projeto de desenvolvimento nacional, a organização daqueles que querem enterrar o neoliberalismo”
Edinho Silva, presidente do PT-SP

“Nosso papel será a garantia de impedirmos a volta do neoliberalismo. Esta é a nossa grande tarefa e o Pátria Livre nasce destas lutas de homens e mulheres que acreditaram nos seus sonhos e os transformaram em realidade”
Antonieta (PMDB), prefeita de Guarujá (SP)

“O Pátria Livre tem uma contribuição muito grande a dar ao campo democrático e popular em nosso País. Fazem parte desse núcleo fundador companheiros que marcaram a história do projeto de independência nacional e construção democrática no Brasil. Em nosso país ninguém faz melhor a defesa da soberania e da independência nacional”
José Américo, presidente do Diretório Municipal do PT-SP

“Devemos muito a esse conjunto de militantes, pela história de lutas que acumularam e por esse momento de criação desse partido, para fortalecer o governo do presidente Lula, a liberdade do povo brasileiro e a soberania do Brasil”
Nilton Lima (PT), ex-prefeito de São Carlos (SP)

“O ato de fundação do Partido Pátria Livre, nesta data histórica de 21 de abril, já está gravado na história das lutas de libertação nacional e social do povo brasileiro”
José Reinaldo, secretário de Relações Internacionais do PCdoB

“Tenho muita alegria e muita esperança na criação deste partido. O Pátria Livre será um instrumento importantíssimo nesta luta por um país livre e soberano”
Vereador Eliseu Gabriel (PSB-SP)

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