SÃO PAULO - O FBI prendeu um homem de 52 anos, identificado como Daniel Knight Hayden acusado de pregar um massacre pelo Twitter.
Usando um nome fictício, o twitteiro passou a ameaçar terceiros pela rede de microblog e apontar locais no Estado de Oklahoma onde “mortes” deveriam acontecer. O usuário chegou até a postar uma ordem para o início dos “ataques”.
Denunciado, o usuário foi rastreado pela polícia e acabou preso por agentes do FBI. Aparentemente, Daniel é apenas uma pessoa com desequilíbrios mentais que não integra, de fato, algum grupo capaz de organizar ataques.
Apesar disso, o FBI alertou para a necessidade de controle sobre ferramentas como o Twitter, que permitem aos usuários se organizarem rapidamente, de forma remota. A polícia americana teme que a ferramenta possa ser usada por grupos terroristas.
Via Info
Assustadora - mas não pouco esperada - a possibilidade de controle de ferramentas como o Twitter. Nada diferente do que se esperaria do FBI ou de qualquer outra organização policialesca, especialmente estadunidense.
Mas é assustador. E infantil.
Salvo a rapidez e alcance, QUALQUER ferramenta, desde o Twitter até o comum telefone celular, pode ser usada por "terroristas" e por posers de terroristas para os fins que quiserem.
O objetivo do FBI é, claramente, o de controle social. Basta ,ver o que aconteceu em Moldova mês passado. Os protestos em massa contra a vitória dos Comunistas foi organizada via Twitter. Milhares foram às ruas, invadiram e queimaram o Parlamento e a residência oficial do Presidente, como mostrei diversas vezes (aqui, aqui e aqui).
Qualquer tipo de controle como o proposto pelo FBI, que significa apenas a invasão de nossa privacidade sobre falsos pressupostos de defesa da pátria (levando em conta que a polícia de um país teria acesso à informações de pessoas de todos os países, não existem fronteiras na internet).
Se formos temer que alguma ferramenta seja usada por terroristas então daremos adeus à qualquer tipo de privacidade, porque nossos e-mails serão lidos por terceiros, nossas contas de orkut, facebook, twitter e afins serão escancaradas para a polícia, nossas ligações telefônicas serão totas ouvidas por outros indivíduos e seremos vigiados por câmeras até memso dentro de nossas casas. Não vejo, honestamente, outra maneira de evitar o terrorismo que tomando estas atitudes extremas. E não duvido que algo assim seja seriamente proposto por CIA, FBI e correlatos. Viva o Big Brother!
Escrevi ha algum tempo aqui sobre a jus cerebri electronici, um conceito juríodico base da Cesidian Law, teoria criada por Cesidio Tallini que trata da liberdade na internet e da impossibilidade legal do controle da internet e dos servidores por parte dos Estados. É um conceito radical mas, nos tempos atuais de Big Brother, não parece tão deslocado ou nocivo e sim uma maneira de se pleitear liberdade e privacidade.
Apenas um comentário final, é notável o pavor dos EUA pelo fenômeno do terrorismo quando é a própria sociedade americana e seu modelo que criam o terrorismo, dentro e fora de suas fonteiras. Seja pelo modelo dotado internamente, de competição, de "ser o melhor", de aculuar, de fazer o primeiro milhão, que acaba levando aos massacres que vmeos diariamente por lá (mas não só, no fim das contas o ser humano é mesmo imprevisível), seja pelo modelo adotado externamente, de invasão de países alheios, manipulação da política de países alheios, assassinatos seletivos, bombardeios e intromissão em todos os aspectos de países outros.