domingo, 24 de maio de 2009

A ONU demonstra sua inutilidade [Update]

Pin It
A ONU demonstra não ter qualquer relevância. Depois de anos de genocídio ela resolveu se mexer tardiamente para tentar evitar mais matanças contra o povo Tâmil. Tarde demais. A guerra acabou - ou ao menos uma de suas etapas - e a LTTE foi massacrada.

China e Rússia, com sérios problemas internos se opuseram a quelquer resolução e a ONU, como sempre, ficou parada, nos lembrando de sua façta de ação durante o genocídio de Ruanda, Darfur, Tibet, Xinjiang e etc...

"Embora as autoridades tenham prometido devolver os civis a seus lugares de origem antes do fim do ano, as organizações de ajuda denunciam que não têm livre acesso às instalações, chamadas pelos rebeldes tâmeis de "campos de concentração"."
Isso nes lembra Israel e o tratamento dado aos Palestinos... Em ambos os casos a ação da ONU se limita a pedir, reclamar (quando muito) e se mostrar preocupada.
"Até agora, as agências da ONU reclamavam que o Governo cingalês vinha impedindo a oferta de ajuda e socorro nos campos, o que faz alguns setores temerem pelo bem-estar dos deslocados, sobretudo porque mais de 6,5 mil morreram em combates desde janeiro deste ano."
Não só negam ajuda aos refugiados Tâmil como permitem o sequestro de crianças, na verdade, não me surpreenderia se encorajassem.

Ban pede diálgo reconciliatório entre tâmeis e governo


O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, visitou neste sábado um campo de deslocados no Sri Lanka, onde fez um apelo à reconciliação nacional após a vitória do Governo sobre a guerrilha tâmil.

Acompanhado do ministro de Assuntos Exteriores, Rohitha Bogogallama, Ban visitou durante uma hora e meia o campo de deslocados de Manik Farm, na província de Vavuniya (norte).

Depois, o diplomata sobrevoou de helicóptero as regiões do nordeste mais afetadas pelos combates das últimas semanas, podendo ver de perto as condições de parte dos 300 mil civis que, segundo a ONU, estão alocados nos campos do Governo.

Embora as autoridades tenham prometido devolver os civis a seus lugares de origem antes do fim do ano, as organizações de ajuda denunciam que não têm livre acesso às instalações, chamadas pelos rebeldes tâmeis de "campos de concentração".

Desde a noite de ontem no Sri Lanka, o secretário-geral da ONU viajou ao país para pedir ao presidente Mahinda Rajapaksa que inicie um processo de diálogo, acomodação e reconciliação com a minoria tâmil.

E parte dessa estratégia, segundo o diplomata, passa por acelerar o retorno dos deslocados a suas casas, que ficam localizadas nas áreas em que a etnia tâmil tinha mais presença e onde a guerrilha dos Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE, em inglês) era mais ativa.

Até agora, as agências da ONU reclamavam que o Governo cingalês vinha impedindo a oferta de ajuda e socorro nos campos, o que faz alguns setores temerem pelo bem-estar dos deslocados, sobretudo porque mais de 6,5 mil morreram em combates desde janeiro deste ano.

"Agora que as longas décadas de conflito terminaram, é hora de os cingaleses curarem as feridas e se unirem, sem se importarem com a identidade étnica ou religiosa" uns dos outros, afirmou Ban numa nota divulgada assim que chegou à ilha.

No comunicado, o secretário, que ainda hoje deixa o país, fala sobre a necessidade de as agências da ONU terem livre acesso aos campos para atender às "urgentes necessidades humanitárias" dos deslocados.

Mas a grande dúvida está em saber se o Governo do Sri Lanka dará os passos prometidos para integrar ao país a minoria tâmil após décadas de luta insurgente e de discriminação por parte da dominante etnia cingalesa.

"Pedirei ao Governo e a todos os elementos da sociedade que tomem passos poderosos e imediatos para um processo de diálogo, acomodação e reconciliação. As velhas inimizades devem ser superadas", disse Ban no comunicado.

"O mundo estará vigilante", acrescenta o texto, que lembra a promessa de Rajapaksa feita no Parlamento de defender direitos iguais para todos.

Rajapaksa garantiu à minoria tâmil que a vitória militar não acarretaria em discriminações. Mas isso não impediu que o escritório da ONU para os Direitos Humanos tenha pedido uma investigação para determinar se o Exército cometeu crimes de guerra.

A ONU estima que 6,5 mil civis morreram em combates desde janeiro, mas esse número não inclui as vítimas do confronto final, travado nas últimas semanas numa pequena faixa litorânea, onde dezenas de milhares de civis eram usados como escudos.

"Alguns (em referência a outros Estados) estão ameaçando me levar para os tribunais internacionais. Mas não me importo de ir à forca tendo derrotado os piores terroristas do mundo", disse Rajapaksa num discurso público feito neste sábado.

No começo da semana, o Exército cingalês aniquilou a cúpula da guerrilha tâmil e deu por terminada o conflito, surgido em 1983.

Embora as tropas tenham publicado imagens do suposto cadáver do líder dos tâmeis, Vellupillai Prabhakaran, os guerrilheiros dizem que ele continua vivo, embora não tenham apresentado prova disso.

O chefe do Exército cingalês, Sarath Fonseka, afirmou que o corpo do líder rebelde foi incinerado e suas cinzas jogadas no ar.

"Estamos num momento definitório da história do Sri Lanka. Um longo e terrível conflito terminou. Agora é hora de a nação se unir para construir uma paz justa e duradoura", disse Ban ao chegar ao país.

-----------------------

Do outro lado, os remanescentes da LTTE desmentem as informações do govenro Cingalês (e as imagens e vídeos que mostrei aqui), de que seu líde,r Velupillai Prabhakaran, esteja morto. O governo não ajudou muito ao alegar que incinerou o corpo do líder rebelde, impossibilitando qualquer identificação por parte de observadores independentes.

Guerrilha volta a desmentir morte de líder tâmil

A guerrilha dos Tigres de Libertação da Pátria Tâmil (LTTE) voltou a desmentir a morte de seu líder, Vellupillai Prabhakaran, na ofensiva final do Exército do Sri Lanka que, na segunda-feira passada, destruiu a cúpula da organização.

"Nosso amado líder está vivo", assegurou ao site Tamilnet o chefe do secretariado internacional do Serviço de Inteligência dos LTTE, Arivazhakan, que qualificou a notícia como "rumores inventados".

"Esses rumores foram inventados para confundir a comunidade tâmil mundial, que expressou seu apoio à libertação da pátria tâmil", acrescentou.

Os LTTE já tinham negado as primeiras informações do governo cingalês sobre a morte de Prabhakaran, mas ficaram em silêncio desde que o Exército divulgou imagens do suposto corpo de Prabhakaran, acompanhado de documentos de identidade.

Segundo Arivazhakan, a cúpula dirigente dos LTTE voltarão a se conectar com seu "povo em um momento apropriado". De acordo com a versão militar, o corpo de Prabhakaran apareceu no lago de Nanthikadal, onde as tropas frustraram na segunda-feira uma última tentativa dos guerrilheiros de escapar do cerco que sofriam e aniquilaram a cúpula rebelde.

O anúncio oficial de sua morte gerou várias teorias entre os simpatizantes dos LTTE, que discutem a veracidade do vídeo.

-----------------------

Update


A LTTE admitiu que seu líder, Velupillai Prabhakaran, foi realmente morto pelo exército do Sri Lanka na semana passada.

Eu já mostrei aqui fotos e um vídeo que buscam comprovar a veracidade das informações, os rebeldes se recusavam a aceitar a autenticidade, porém finalmente cederam e admitiram a morte de seu líder máximo.

Do JB:

O movimento Tigres de Libertação da Pátria Tâmil, do Sri Lanka, admitiu pela primeira vez neste domingo que seu líder, Velupillai Prabhakaran, está morto.

Uma nota emitida pelos rebeldes diz que seu "líder incomparável" foi "martirizado" e declara uma semana de luto a partir de 25 de maio.

A declaração, assinada pelo chefe de relações internacionais do grupo derrotado, Selvarasa Pathmanathan, diz que Prabhakaran foi morto "combatendo a opressão militar do governo do Sri Lanka" no dia 17 de maio.

O Exército cingalês divulgou na semana passada fotos que mostram ocorpo de Prabhakaran, e disse que ele foi morto nas fases finais da batalha contra os rebeldes no nordeste da ilha.

A derrota do movimento pôs fim a 26 anos de uma campanha de violência por uma pátria para os tâmeis.

O JB, porém, cometeu um erro primário ao afirmar que a morte do líder da LTTE pôs ou poria fim ao conflito armado no Sri Lanka. A LTTE foi derrotada, o que não significa uma rendição incondicional e eterna nem acerteza de que novos movimentos de luta do povo Tâmil não possam surgir no futuro.

O TamilNet.com demonstra o que passa pela cabeça do povo Tâmil e da diáspora:

"Demonstrate the politics of war

[TamilNet, Sunday, 24 May 2009, 20:32 GMT]
The Tamil national cause cannot afford to be deviated and exploited by others through questions such as whether the LTTE leader V. Pirapaharan is alive or not or whether the armed struggle has to be continued or not. The Tamil diaspora, the only section of the Eezham Tamil community that has the freedom and means to come out with authentic voice, has a historic responsibility in telling the world what they aspire for in no uncertain terms, and in seeing their righteous cause not hijacked by their enemies.

More than the massacre, maiming and incarceration, what causes the height of the trauma to Eezham Tamils is the utter disregard of the norms of civilization and shameful deceit committed by India, IC and the UN in the happenings of the island of Sri Lanka. This will remain as an indelible blot in the annals of history, irremovable scar in the minds of Tamils and will globally discredit the existing power systems, sowing seeds for their deconstruction in future, unless they at least act now in upholding political justice.

Any effort on their part to exploit the situation to impose political subjugation on Tamils, thinking that there is a political vacuum in Eezham Tamil nationalism, is sure to bring in further disaster.

The Tamil national cause cannot afford to be deviated and exploited by others through questions such as whether Pirapaharan is alive or not or whether the armed struggle has to be continued or not. The answer to the second question is going to depend very much on the successes and failures of the IC in resolving the conflict.

Meanwhile, the Eezham Tamil diaspora, the only section of the community that has the freedom and means to come out with authentic voice, has a historic responsibility in telling the world what they aspire for in no uncertain terms, and in seeing their righteous cause not hijacked by their enemies.

The Tamil diaspora in France, and especially in Norway have already embarked upon this noble venture with foresight, by re-mandating the Vaddukkoaddai Resolution through unblemished popular politics.

It is high time the rest of the diaspora follow suit not only in specifying the course, but also in leading it further by democratically bringing in a political leadership to stand by that.

The existing structures should wholeheartedly, and in one voice, need to support it.

A grave concern of Tamils at this juncture is the stand of India. Whether it was in 1987 or now, the bitterness of Eezham Tamils about the Indian Establishment is its unrealistic stand of resolving the crisis within the state of Sri Lanka, not recognising the Tamil independence and sovereignty that have very much become a must today.

Tamil Nadu has a great role to play now. As both the major parties of Tamil Nadu have openly stated that Tamil Eelam is the solution to the crisis, they should not waste any time now in declaring that in the state assembly. This is sure to inspire the Indian parliament and various governments of the International Community.

A few who saw the spontaneous, democratic demonstration of the political will of Diaspora Tamils as 'LTTE orchestrations' need to realise that the model experimented in the Norway mandate took place without any compulsion either in participation or in expressing opinion.

It is surprising that certain sections, which accept intimidated elections taking place at gunpoint in Sri Lanka as 'democratic' and envisaged further elections like that to ensure their positions criticising the free political expression of the diaspora through self-evolved structures.

However, this is not the occasion for the Eezham Tamil nation, either in the island or in the diaspora to waste time in fruitless arguments.

The Sri Lankan state is not going to spare the non-LTTE Tamil political forces either, and danger is imminent to them.

Unconfirmed reports say that a Colombo based political entity, having Eelam in its name, has been 'ordered' recently to conduct elections in the island under the identity of the ruling party that is fighting 'Tamil terrorism'.

As has been already demonstrated in the East, the idea is to see that Tamils should not even have their own political parties. This political genocide is one of the many facets of Colombo's agenda.

It is also high time now that all Tamil entities join together in truly reflecting the minds of the people they claim to serve rather than serving the minds of others. Failing, they may never be able to find political or social platform among their own people.

If political war is what India and the IC want the Tamils to take up, the ball is in the court of India and the IC now. The right sign and support have to come from them. If they know how to handle the Sri Lankan state, that has to be clearly demonstrated by them now.

But, if deceit continues to impose half-baked solutions that don't match the long-sufferings and sacrifices of Eezham Tamils, then they only invite troubles."
Do mesmo site, voz oficial da LTTE, vem a denúncia do tratamento desumano dado pelos Cingalêses ao povo Tâmil, que é colocado, assim como os Palestinos, em campos de concentração aos moldes dos Nazistas.

300,000 Tamils held in Nazi-style concentration camps, says Prof. Boyle

[TamilNet, Friday, 22 May 2009, 12:30 GMT]
"These Nazi-style concentration camps that the Government of Sri Lanka is now forcibly imposing on at least 300,000 completely innocent Tamil civilians constitute acts of genocide within the meaning of Article II(c) of the 1948 Genocide Convention, to which Sri Lanka is a contracting party," Professor Boyle who is an expert international law and teaches at the University of Illinois College of Law said.

Article II(c) of the 1948 Genocide Convention: "c) Deliberately inflicting on the group conditions of life calculated to bring about its physical destruction in whole or in part."

All other contracting parties to the Genocide Convention such as the United States, Britain, France and India have an absolute obligation under Article I of the Genocide Convention "to prevent" these acts of genocide against Tamils perpetrated by the GOSL under the guise of concentration camps, Professor Boyle said.

"Yet so far these other States have done nothing to alleviate the genocidal plight of the Tamils in Vanni.

"Unless these other states act immediately to rectify the genocidal humanitarian situation for the Tamils in Vanni, they will all become "complicit" in these the GOSL's latest acts of genocide against the Tamils in violation of Genocide Convention Article III(e) that prohibits, condemns and criminalizes: "(e)Complicity in genocide," Boyle added.

"These states have already made a mockery out of history's post World War II emphatic injunction that motivated the drafting of the Genocide Convention: Never again!" Boyle said in a note to TamilNet.
------