Via @GutttoPara protestar contra mais esse ato de homofobia e também de toda violência contra LGBTs que assolou São Paulo nas últimas semanas, o mesmo grupo de jovens cidadãos que promoveram pelo Facebook o ato contra o chanceler do Mackenzie, farão neste domingo um protesto na frente da Ofner com beijaço e marcharão depois para a Avenida Paulista, 777, onde aconteceu o caso do ataque homofóbico com lâmpadas fluorescentes.
Para quem estiver em São Paulo, participem, não fiquem calados pois a próxima vítima poderá ser você!BEIJAÇO + MARCHA CONTRA A HOMOFOBIA – PELA PLC 122/2006
Alameda Campinas, 1160 até paulista, 777
Domingo, dia 12/12, 18h00
Acho interessante acrescentar alguns comentários.
Dou total apoio ao protesto e farei o possível pra participar, da mesma forma que participei e ajudei a organizar o primeiro beijaço com esse povo em defesa do PNDH-3. Foi um belo evento e demonstra a importância da mobilização constante e da necessidade urgente que temos de dar visibilidade à causa.
De nada adianta apenas os jornais noticiarem as agressões homofóbicas em São Paulo se estes mesmos veículos defendem ao mesmo tempo e abertamente o fascismo da elite paulista e se a população assistir calada, só se revoltar do sofá de casa.
E quando faço em "população" não quero dizer apenas os gays, apenas os diretamente atingidos, mas todos mesmo, porque, como bem disse o Ivan Seixas em uma conferência sobre Direitos Humanos na sexta-feira, dia 10, se permitimos que sejam retirados ou violados os direitos de um grupo, o que impede ou impedirá que o próximo direito a ser retirado/violado não seja o nosso?
Em resumo, se fechamos os olhos para abusos cometidos contra gays, contra a população sem teto, contra outras minorias, o que acontecerá quando for o nosso direito o atingido? Que argumento teremos então para garantir o nosso e não o dos outros?
Está é a questão central. Quando atingimos o direito de um, atingimos o direito de todos, logo, é nosso papel, nossa responsabilidade, estar sempre presente na luta de TOD@S!
É engraçado que já ouvi piadinha e indiretas de gente por aí quando digo que participo de mobilizações junto com a comunidade gay, quando milito pelos direitos da população que teve casas alagadas na zona leste (e levo pimenta na cara de polícia por isso) e por aí vai. Dizem que não são "minhas" lutas.
De fato, não são minhas, são de todos e todas. Porque se permitimos que a polícia espanque quem perdeu tudo por crime da prefeitura e governo do estado então permitiremos que o mesmo aconteça quando a chuva desabar na nossa casa.
Se permitimos que gays sejam espancados na Paulista pelo que são, pela forma como vivem, o que impede que nós sejamos espancados na semana seguinte por um grupo que não goste de algo em nós?
É claro, é impossível estar em todas as lutas, é impossível participar de tudo, mas sempre que possível devemos estar presentes.