quarta-feira, 29 de abril de 2009

Não é só na Rússia que as minorias protestam...

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Pode parecer uma besteira mas é um indicativo claro de desrespeito.

Os Tártaros da Criméia, que já foram deportados para a Ásia Central por Stálin nos anos 40 e conseguiram voltar à sua terra, são entre 13-18% da população da Criméia (250 mil), que é uma República Autônoma. Ainda assim, com todo esse sofrimento e população relevante, todos os sinais de trânsito são em ucraniano e o parlamento quer acrescentar outra língua.

Vale lembrar que, no Uzbequistão, ainda habitam cerca de 150 mil Tártaros da Criméia exilados.

Tártaro? Não. Russo!

Do meu ponto de vista, não há problema em se usar o Russo também, mas que o Tártaro seja usado da mesma maneira, não só pela sua relevância populacional mas por respeito aos que tanto sofreram na sua história.

Os Russos tem todo o direito de reivindicar seus direitos, afinal, são mais de 50% da população mas a exclusão dos Tártaros é preocupante. Os Russos, mal ou bem, são fortes no leste da Ucrânia e contam com a Mãe Rússia ao lado, os Tártaros contam apenas consigo mesmo e no máximo com seus primos do interior da Rússia, que já tem seus próprios problemas.

A tensão latente estourou com algo aparentemente insignificante mas a revolta das minorias vem se tornando diária na região. É esperar o desenrolar.

Trouble Brewing In Crimea … Over Traffic Signs
April 28, 2009

Crimean Tatars’ organizations in Ukraine’s Crimea are protesting a decision to introduce bilingual traffic signs on the peninsula’s roads, according to RFE/RL’s Ukrainian Service.

The Supreme Council of Crimea adopted a law on April 22, according to which, by June 1 all traffic signs should be in two languages: Ukrainian and Russian. (At the moment, the signs are usually only in Ukrainian.)

Deputy Chairman of the Crimean Tatars’ Assembly (Medjlis) Refat Chubarov told RFE/RL that Crimean Tatar organizations and ordinary Crimean Tatars consider the new law’s adoption to be “discrimination and ignoring the rights and interests of Crimean Tatars.”

Crimean Tatars were deported from Crimea to Central Asia by Josef Stalin in the 1940s.

After the collapse of the Soviet Union they started returning to Crimea. Now there are over 250,000 of them living in Crimea, around 18 percent of the peninsula’s general population.

– Ukrainian Service

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