terça-feira, 2 de junho de 2009

Frase do dia, da semana, do mês...

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Admito certo ceticismo quando da nomeação de Carlos Minc para o Ministério do Meio Ambiente.

A Marina silva já havia sido uma tremenda decepção - não pôde trabalhar mas também pouco fez para se impor - e esperava que o Mic, com seu jeito de bicheiro, também fosse ser um fracasso retumbante.

Nem tanto! Não acompanho muito questões ambientais exceto quando passam à questão agrária e, neste quesito, ele vem dando um show ao peitar a ridícula Bancada Ruralista - bando criminoso latifundiário - e a Senadora Katia Abreu - quem teve a coragem de votar numa figura medonha dessas? - e merece meu reconhecimento e o de todos.

Além de tudo, Minc chamou os ruralistas de "vigaristas". Não sei do que eles reclamam, a crítica foi até branda. Vigaristas, criminosos, escória, podres, todas se aplicam e muito mais.

"Ao que me conste, o Brasil é comandado pelo presidente Lula e não pelos ruralistas. Aliás, se fosse pelos ruralistas, não haveria o Bolsa Família e, sim, o Bolsa Latifundiário." Carlos Minc, Ministro do Meio Ambiente
Aliás, a "resposta" da Senadora Katia Abreu é por demais divertida:
""Eu não sou a patroa dele. Se fosse, você ia ver o que eu ia fazer," disse a senadora Katia Abreu (DEM-TO), presidente da CNA, insinuando que o demitiria. Para ela, é "inadmissível" o ministro continuar no cargo após suas recentes declarações e a sua postura "sem isenção" a frente da pasta."
Me pergunto, como seria um ministro do Meio Ambiente "isento"? A função óbvia do indivíduo é lutar pela preservação do meio ambiente, que "isenção" a vigarista - nas palavras do ministro - espera, no trato com ruralistas latifundiários?

Vale, aliás, um complemento:
"A representação mostra que o ministro teria atentado contra "a dignidade e a honra" dos ruralistas. Atualmente, há 76 deputados e 16 senadores com uma quantidade relevante de terras rurais, de acordo com levantamento da Transparência Brasil.

O número é maior quando é levada em conta toda a Frente Parlamentar da Agropecuária, composto por deputados e senadores ligados a questões do médio e grande produtor mas que não possuem terras necessariamente. Ela é composta hoje por 208 deputados federais e 35 senadores."
A pergunta que não quer calar: Quantos desses deputados e senadores compraram suas terras com o nosso dinheiro, com desvios, ilegalmente ou cinicamente nos dando uma banana? Se a resposta não for "todos" então será "a franca maioria".

Em tempo, "dignididade"? Pffff!

E vai a notícia de onde "chupei" a frase:

Ministro Carlos Minc diz que ruralistas não vão conseguir tirá-lo do governo

Luana Lourenço
Da Agência Brasil
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que os ruralistas não vão conseguir tirá-lo do governo. Minc fez a afirmação ao comentar a denúncia por crime de responsabilidade protocolada contra ele hoje (2) pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) na Comissão de Ética Pública da Presidência da República e na Procuradoria Geral da República.

Ruralistas pedem saída de Carlos Minc

A CNA (Confederação Nacional da Agricultura e da Pecuária do Brasil) formalizou dois pedidos pela saída do ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) do cargo. No último dia 27, o ministro chamou os integrantes da bancada ruralista de "vigaristas" e disse que "os ruralistas encolheram o rabinho de capeta e agora fingem defender a agricultura familiar


"Os ruralistas estão desesperados querem me tirar do governo. Podem me insultar e continuar pedindo a minha cabeça, mas eu vou continuar governando", afirmou.

"Ao que me conste, o Brasil é comandado pelo presidente Lula e não pelos ruralistas. Aliás, se fosse pelos ruralistas, não haveria o Bolsa Família e, sim, o Bolsa Latifundiário."

Para Minc, a ofensiva dos ruralistas é uma resposta ao "pacto" firmado entre a área ambiental e a agricultura familiar. Segundo ele, durante anos os grandes agricultores aterrorizaram os pequenos em relação às exigências ambientais.

"Isso [o pacto entre ambientalistas e agricultura familiar] foi uma derrota para os ruralistas", disse Minc durante entrevista coletiva para comentar os dados sobre o desmatamento divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

"A senadora Kátia Abreu, inclusive, é uma pessoa muito simpática, muito agradável. A única grande derrota dela foi essa o que talvez a tenha tirado do sério", disse o ministro.

O ministro voltou a afirmar que os ruralistas estão usando os agricultores familiares como "massa de manobra" para defender interesses próprios na discussão de mudanças no Código Florestal.

Ele disse que pretende firmar um pacto com a grande agricultura, mas mantendo a diferenciação entre pequenos e grandes produtores.

"Reconhecemos que o setor tem grande importância para o país, com as exportações, com os empregos, mas é claro que tem que ser tratado de forma diferente dos pequenos produtores."
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