Primeiro, o desespero da Folha, que resolveu usar todas as suas armas e atacar até com colunistas, o que, no caso em tela, funcionam como mercenários contratados para atirar.
Vejam o exemplo do Kennedy Alencar, da Folha online aqui e tirem suas conclusões.
Vejamos alguns trechos:
"Apesar de ser usada politicamente pelos governos de plantão, a Petrobras é um caso de sucesso empresarial."Leia-se: O PT é ruim, usa a Petrobrás para seus interesses.
"Por isso mesmo, é incompreensível a decisão da empresa de criar um blog para jogar na rede mundial de computadores questionamentos e observações de jornalistas antes que as reportagens sejam publicadas. Numa empresa privada, o gênio responsável seria demitido."Leia-se: Vamos privatizar a Petrobrás! E o Tucanato quase tem um orgasmo!
"A decisão da Petrobras é antiética e burra. Simples assim."Até o Dória já afirmou não existir nada de antiético na criação do blog e na divulgação das perguntas. Mas não se entendem mesmo! Claro, não quero colocar o Dória ao lado do PIG mas neste ponto ambos estão contra a Petrobrás e seu blog. Aliás, voltnado ao Alencar, simples assim, quem não tem argumento termina suas frases usando afirmações jogadas, chama de burro e ponto final.
"Quando um jornalista procura a empresa antes de publicar a reportagem, dá a ela a chance de corrigir erros, precisar informações e até de matar uma pauta que não para em pé. "E também procura distorcer as respostas, omitir o que não interessa à linha editorial golpista da mídia... Serve para manipular, inventar, distorcer... Lembram-se do caso da ficha criminal falsa da Dilma, na mesma Folha do digníssimo Alencar?
"A imprensa erra? Erra. A imprensa está cheio de estúpidos? Está. Há parcialidade em alguns veículos? Inegável. "Parabéns, disse o óbvio! Que tal ainda afirmar que seu próprio veículo é parcial? Aliás, vejam só ainda a piada da imparcialidade na mídia....
"No entanto, a imprensa brasileira vem melhorando o padrão de seus procedimentos. A decisão da Petrobras quebra uma relação de confiança, digamos assim, necessária à liberdade de imprensa e ao direito de a empresa expor o contraditório. "
A piada pronta do dia (mais uma, a Telefónica saiu na frente junto com a ANATEL)!
Ditabranda, ficha falsa de Dilma... A Imprensa vem melhorando? Em que? Onde? Só eu não vejo essa "melhora"?
Vamos aos argumentos deste trecho:
1. Quebra de confiança.
Que confiança? Depois de ser atacada e vilipendiada a Petrobrás abre um blog para poder se defender dos ataques da imprensa e esta mesma imprensa fala em confiança?
2. Liberdade de imprensa.
Oras, não é o que a Petrobrás faz? Usou sua liberdade para criar um blog e a liberdade de imprensa apra publicar sua visão dos acontecimentos e se defender dos ataques.
3. Direito de a empresa expor o contraditório.
Bem, se é um direito então a empresa pode abrir mão. E, para além disso, a empresa preferiu desmascarar o PIG diretamente. Qual o problema nisso?
"Jornalistas serão desestimulados a procurar a Petrobras e a abrir o sigilo de suas informações."Tadinhos!!! Dá uma pena!
Mais: algumas informações não precisariam, necessariamente, ser checadas com a empresa. Se o jornalista tem segurança de sua informação, pode e deve publicá-la. Se errar, arcará com o ônus. Mas a boa prática jornalista recomenda ouvir o outro lado. Em casos de suspeita de corrupção, é obrigatório oferecer o direito de defesa. Mas essa oferta poderá ser feita de forma limitada a fim de a preservar informações do jornalista.
Reparem bem no " algumas informações não precisariam, necessariamente, ser checadas com a empresa", na liberdade para a manipulação, achismo e deturpação!
E, quem arcará com o ônus? O jornalista, como o Otavinho que diz Ditabranda a torto e a direita e nad aacontece além de uma mea culpa do Ombudsman? FAça-me o favor, é hipocrisia demais junta! Este colunista deve ter sido MUITO bem pago para conseguir escrever tanta abobrinha ao mesmo tempo!
"A imprensa e a empresa perdem, mas quem perde mais? Sem dúvida, o público. "É mesmo? Porque? Por não precisar mais confiar cegamente na imprensa golpista e poder ter outra fonte de informação? Será que quem vai sofrer não é o PIG que perde seu monopólio da verdade?
"É pura cascata falar em transparência. Transparência haveria se a Petrobras esperasse a publicação das reportagens. Se a empresa se sentisse injustiçada, poderia expor os bastidores da troca de informações com a imprensa. "Mais engraçado ainda.... A Petrobrás divulgar seu lado não é transparência.... O que seria então? E, se injustiçada a empresa esperaria a boa vontade da Imprensa fazer uma notinha num canto de página se desculpando (se muito)? Ou fingir que não fez nada, como na maioria dos casos?
"Por último, há controvérsia sobre a ilegalidade da decisão da Petrobras. As opiniões de especialistas, até o momento, tendem majoritariamente a dizer que é absolutamente legal. Pode ser, mas é absolutamente antiética e burra. Demonstra intolerância a críticas e incompetência empresarial. "Via o argumentação sem argumento! Intolerância a críticas? Me explica onde, caro Alencar! Tem um meio próprio de responder às críticas é intolerância em que lugar do mundo?
No mais, apenas blablablás e inutilidades. Lamentável o nível da imprensa brasileira.
Vale ainda dar uma olhada no Blog do Noblat os depoimentos de editores de conhecidos veículos da mídia dando sua opinião isenta e honesta.
Vale ver o depoimento de Eurípedes AlcÂntara, editor da justa e honesta Veja, que chama a atitude da Petrobrás de criar um blog de Censura (hora de rir até não aguentar mais) e o depoimento do Redator-Chefe da Carta Capital, Sérgio Lirio, que critica o "vazamento" das perguntas no blog.
Curioso, durante a leitura, é notar o tom usado por um e outro. O querido colega da Veja, ataca chamando de censura, algo perfeitamente legal e normal como a criação de um blog (medo de ser desmascarado, claro) enquanto o redator-chefe da Carta Capital - um veículo muito mais honesto e decente no mar de lama que o cerca - critica pontualmente uma atitude da petrobrás porém reafirma a legitimidade do uso da ferramenta (blog) por parte da empresa.
Impressionante como é fácil identificar a imprensa marrom!
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Ainda sobre imprensa, resposta à carta da ANJ sobre a Petrobrás, do Dialógico:
Carta Aberta ao Sr. Julio Cesar Mesquita [ANJ]
Prezado Sr. Julio César Mesquita,
tivemos o desprazer de ler a nota da ANJ assinada pelo senhor. É difícil dizer, se ela é mais cretina, ou mais patética.
Iniciemos pela questão semântica: o senhor acusa a Petrobras de atitude antiética e esquiva. Bem, no nosso modesto entendimento, atitude antiética é a de quem falta com a ética, o que não parece ser o caso da Petrobras por, simplesmente, ter tornado público um tema que é, naturalmente, da esfera pública. Se o senhor não sabe, esclarecemos: a Petrobras é uma empresa mista, mas o Estado é o acionista majoritário. Assim, todo o cidadão brasileiro tem o direito de ter acesso a todas as informações que dizem respeito a esta empresa, venham elas de onde vierem.
E esquiva? Esquiva é atitude de quem se esconde ou esconde alguma coisa. O que também não é o caso da Petrobras, quando publiciza perguntas que lhe foram feitas a título de entrevista, o que indica uma ação a se tornar pública. Qual seria o sentido desta ou de qualquer entrevista para um jornal, se seu conteúdo não viesse a se tornar público?
Segue a nota: Numa canhestra tentativa de intimidar jornais e jornalistas, a empresa criou um blog. Onde se configura essa canhestra tentativa de intimidação? Desde quando divulgar informações de interesse público é uma atitude canhestra ou intimidatória? Omitir, sim, é canhestro. A criação de um blog é um direito de qualquer pessoa ou instituição. É uma ferramenta pública disponível na Internet e está acessível a qualquer um que deseje usá-la. E o blog da Petrobras foi criado, justamente, para publicar as omissões que os jornais, a quem o senhor representa, costumam praticar, sistematicamente, em relação a qualquer assunto e, agora, em particular, a Petrobras. Então, quem age de forma esquiva e canhestra?
Com relação à inaceitável quebra da confidencialidade que deve orientar a relação entre jornalistas e suas fontes. Como assim??? Parece-nos que a maior preocupação, nesse sentido, deveria ser da fonte e não do jornal!!! Quem corre o risco maior é sempre quem passa a informação! E podemos acrescentar, aí também, a questão da confiabilidade. Essa é uma relação de mão dupla. Quem informa tem a garantia de que a informação não será manipulada de acordo com interesses dessa ou daquela empresa de mídia? O senhor como Vice-Presidente da ANJ deveria saber o quanto esse risco é grande. Tanto é assim, que a Petrobras precisou criar um blog para publicar, na íntegra, as informações que os próprios jornais solicitaram e mutilaram.
“[...] as perguntas enviadas à sua assessoria de imprensa pelos jornalistas antes mesmo de publicadas as matérias às quais se referem”. Para quem conhece a mídia brasileira, fica fácil de entender o porquê dessa atitude da Petrobras. Ela, simplesmente, quis se resguardar dessas costumeiras omissões e manipulações que os jornais fizeram sobre as informações que esta empresa encaminhou. E sobre o “processo no caso de suas informações não receberem um ‘tratamento adequado’”, é um direito inalienável da fonte e não tem nada a ver com intimidação.(O senhor já esqueceu do “dossiê” da Dilma?) Tem a ver, sim, com praticar jornalismo de verdade, factual. A fonte declarou X e o jornal publica X e não Y. Nessa equação, não há espaços para processos. Simples!!!
“Princípios universais de liberdade de imprensa”. Na opinião de Vice-Presidente da ANJ, quais são exatamente esses princípios? Vamos lhe dar o benefício da dúvida: talvez, o senhor tenha confundido liberdade de imprensa com liberdade de empresa. Para ser mais claro, se o senhor não entendeu: confundiu o direito universal de ser bem informado, com aquilo que as empresas de mídia no Brasil e no mundo impõem ao público como informação.
O senhor deveria saber. E, se não sabe, irá aprender agora: acabou a era da informação num único sentido. O mundo mudou, Sr. Julio César Mesquita. Isso que a Petrobras fez, já é feito há muito tempo na blogosfera. Uma mentira, uma manipulação só dura o tempo de alguém postar a outra versão dos fatos publicados nos jornais. A manifestação contra a “ditabranda” em frente a Folha de São Paulo este ano, para citar um exemplo, mostrou, para quem sabe observar, que nada mais será como antes em matéria de jornalismo.
A mídia corporativa sempre subestimou o papel desempenhado pela blogosfera. Mas é, justamente ela, que tem garantido um princípio elementar do jornalismo: o contraponto.
A Petrobras, democraticamente, fez uso desse contraponto. Garantiu o direito da sociedade a ser livremente informada, ao disponibilizar as informações omitidas pela imprensa.
O contraponto é o que permite a formação da opinião pública, ou seja, quando a população tem acesso às várias informações sobre o mesmo assunto. Nós não nos sentimos lesados pelas informações disponibilizadas pela Petrobras. Nós nos sentimos lesados pelas informações omitidas pelos sócios da ANJ.
A Petrobras, ao criar seu blog, deu transparência às informações. Quem tem, sistematicamente, se negado ao democrático escrutínio de seus atos, é a mídia corporativa brasileira!!!
O fato é esse: vocês perderem a tutela da informação. E isso é intolerável para o senhor e seus amigos da ANJ!
No mais, melhore a qualidade dos seus argumentos. A considerar pela nota que o senhor emitiu, dá para entender o porquê dos jornais estarem em tamanha decadencia.
Eugênio Neves e Claudia Cardoso
Porto Alegre - RS
Em tempo1: esta é uma carta aberta e será publicada em nosso blog – www.dialogico.blogspot.com - e na seção de comentários no blog da Petrobrás.
Em tempo 2: sugerimos a leitura dos comentários no blog Viomundo e no blog da Petrobras. Isso lhe dará uma idéia razoável da credibilidade que gozam ANJ e seus associados.
Em tempo 3: sugerimos a criação de um blog da ANJ, onde as pessoas possam disponibilizar, abertamente, as suas opiniões. Já que estamos falando de liberdade de imprensa...