sábado, 28 de novembro de 2009

Não irão nos calar jamais! [2]

Pin It


Os 34 jovens bascos continuam presos ou nos calabouços para "interrogatório". Todos foram transladados à Madrid e todos, sem exceção, passaram horas em regime de incomunicação - regime este repudiado pela ONU e pela AI em diversas oportunidades - e não se sabe quantos foram ou serão torturados.
Para el movimiento pro-amnistía, todo ello incrementa la situación de «indefensión», que ha sido especialmente evidente en este caso. Grande-Marlaska rechazó desde el inicio todas las medidas solicitadas, incluidas las meramente informativas, como saber dónde estaban los jóvenes. No ha habido noticia alguna desde que el martes se indicara que estaban de camino a Madrid. En esta ocasión ni siquiera se han producido las habituales filtraciones de datos de la investigación. La única imputación formulada por el Ministerio del Interior era de relación con Segi. Ayer tampoco trascendieron nuevas acusaciones, pese a lo cual la Fiscalía reclamó prisión para los trece.
As famílias dos presos não recebem qualquer informação sobre eles, alguns já viajam a Madrid sem, porém, saber se poderão falar com seus filhos ou sequer onde estão.

Os partidos de direita não deixam barato, se regorgizam por permitir a prisão arbitrária e a tortura de jovens bascos sem que nada seja investigado.
Mientras 34 jóvenes seguían incomunicados, el Pleno del Parlamento de Nafarroa debatió ayer una moción sobre la tortura, derivada de la comparecencia en la Cámara de una representación de SOS-Racismo en el pasado mes de junio, pero que tenía como referencia más cercana la reciente sesión de trabajo en la que Amnistía Internacional denunció la «impunidad» existente en esta materia. En la votación sobre la propuesta llevada al Pleno por Nafarroa Bai, UPN, PSN y CDN unieron sus votos para rechazar que el Gobierno de Nafarroa «proceda a la investigación de los hechos y situaciones denunciadas por las distintas Organizaciones No Gubernamentales».
 Algumas declarações que demonstram a realidade de Euskal Herria:

«Que futuro tem um povo cujos jovens são detidos e encarcerados pela exclusiva razão de trabalharem pelos seus direitos e pelos projectos com que sonham? Que futuro têm as novas gerações de Euskal Herria? Que futuro tem Euskal Herria com uma juventude que vê recusada os direitos mais básicos?», perguntaram os familiares e amigos dos 34 jovens independentistas ontem detidos em Hego Euskal Herria [País Basco Sul] e que hoje permanecem sob regime de incomunicação em Madrid.

Mostraram-se preocupados pela situação de incomunicação em que se encontram. «Não sabemos como ou onde se encontram; sabemos, isso sim, que o regime de incomunicação e a tortura costumam ser sinónimos». Alicerçam as suas palavras nas comunicações e nos textos dos relatores dos direitos humanos da ONU, da Amnistia Internacional e da Comissão para a Prevenção da Tortura, organismos que pediram «por diversas vezes» ao Governo espanhol que «ponha fim ao regime de incomunicação e abandone a prática da tortura».

Em vista dos fatos, sábado, 17h (horário local) será realizada uma marcha de protesto contra as prisões arbitrárias e decorrentes maus tratos aos jovens bascos em Aita Donostia.



Esta situação absurda não pode perdurar. Um governo de minoria, fascista e repressor em Euskal Herria e um governo ainda mais fascista dando as cartas desde Madrid e ajuventude Basca na cadeia, sofrendo torturas e humilhações.
 ------------------------------
Culpados de Tentar Mudar o Mundo

«Que futuro tem um povo com uma juventude que vê recusada os direitos mais básicos?». Essa é a pergunta que colocam a si mesmos os pais e muitíssimos cidadãos depois de ver como mais uma geração é condenada à prisão e ao exílio.

Trinta e quatro jovens estão a viver neste mesmo instante um tormento, que já tiveram de padecer demasiados jovens. E durante cinco dias os agentes da Polícia espanhola e da Guarda Civil vão tentar arrancar-lhes confissões de culpa que servirão como prova para que um juiz decida quanto devem pagar pelo seu compromisso.

Porque, não nos deixemos enganar, todos os detidos são culpados. Culpados de perder aulas, e mesmo de anular uma ou outra matrícula, por dedicar o seu tempo a tentar travar um processo que irá mercantilizar a educação e fechar as suas portas aos que menos têm. Culpados de passar o tempo a arrumar espaços devastados para abrir as suas portas e os encher de cor, em vez de passar a vida no chat e a jogar videojogos numa loja. Culpados de dedicar a sua juventude em reuniões intermináveis para se formar, debater e sonhar com uma sociedade mais justa. Culpados de viajar até Roma para, longe de desfrutar uns dias de ócio, se acorrentarem à embaixada espanhola para reivindicar a independência de Euskal Herria e denunciar o desaparecimento do militante Jon Anza. Culpados ao fim e ao cabo de tentar mudar um mundo injusto.

Estas razias contra a juventude não são novas e aí reside precisamente a sua ineficácia e o valor do compromisso destes jovens independentistas. Este ano cumprem-se 30 anos desde que a Jarrai começou a andar e desde então os seus militantes tiveram de enfrentar a repressão e a prisão. Mais, a maioria destes jovens são o testemunho de uma geração anterior que teve de pagar o compromisso com a mesma moeda. Apesar de conviverem com a sombra da repressão, optaram por seguir o que a sua consciência lhes ditava, para que o testemunho da independência tivesse continuidade. Podem cortar as flores, mas jamais conseguirão deter a Primavera.

Oihana LLORENTE
jornalista
Fonte: ASEH
------