quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Origens do Nacionalismo Basco, uma breve introdução - Coluna semanal no Diário Liberdade

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Décima-terceira coluna para o portal anticapitalista Diário Liberdade, "Defenderei a casa do meu pai".

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Sabino de Arana y Goiri, nascido de uma família de classe-média Carlista na Bilbao de 1865, enveredou pelos estudos pseudo-históricos de um passado mítico basco, cunhou novos termos na língua basca para definir a nação (Euskadi ou Euzkadi na grafia de seu tempo, ou “terra dos bascos”, que por si só possui um forte conteúdo racista) e fundou o Partido Nacionalista Basco, sob o lema Jaungoikua eta lege zarrak (“Deus e Leis Antigas”, fazendo referência aos Foros, antigo sistema de autogoverno Basco que durou por séculos), agregando diversos grupos dos setores conservadores e nacionalistas da sociedade basca (Watson, 2003).

Arana se opunha de forma ferrenha ao liberalismo e ao laicismo e suas ideias se baseavam no forte preconceito racial contra não-bascos (apelidados de Maketos), o que de certa forma não destoava dos conceitos de superioridade racial adotado pelos Castelhanos na época ou mesmo pelos alemães de algumas décadas depois, e na noção de ruralismo, de uma sociedade rural, antiga, conservadora, voltada para a vida no campo e para Deus, tendo na igreja o ponto focal da sociedade (Granja Sainz, 2002).

Mas, sem sombra de dúvida, a ideia de independência original foi a que mais se desenvolveu e perpetuou no imaginário basco (Granja Sainz, 2002). Os Bascos jamais haviam sido conquistados ao longo de toda sua história. Os Romanos não os haviam submetido, mas conviviam lado a lado de forma respeitosa, todos os grandes reinos posteriores haviam usado os bascos como guerreiros e mercenários, sem, porém, terem efetivamente os controlado. Os bascos chegaram ainda a constituir um reino, o de Navarra, que foi por séculos um dos mais poderosos da península hispânica.
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Artigo COMPLETO no Diário Liberdade.

"Nire aitaren etxea
defendituko dut"
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"Defenderei
a casa de meu pai"
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