quarta-feira, 13 de abril de 2011

“Como é que bota na selva amazônica centenas de homens sem mulher? Era preciso ter bordéis nos canteiros de obras.”

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A cara de imbecil não é coincidência.
A frase acima (no título) é do infeliz Paulinho da Força, líder pelego da Força Sindical e famoso por furar greves e por tentar desestruturar o movimento sindical desde sempre. Enquanto a CUT ainda era de luta (bons tempos), a Força era quem sempre tentava fazer acordos com o patronato para esvaziar as maiores greves. Paulinho sempre foi o pelego por trás destas ações.

Como muitos sabem, as obras do PAC vem sendo paralisadas por greves contra as péssimas condições de trabalho, baixos salários, transporte ineficiente, péssimas moradias e falta completa de estruturas de lazer. A greve no canteiro da obra da Usina Hidroelétrica de Jirau é a que vem atraindo maior atenção da mídia, especialmente depois da revolta dos trabalhadores, que incendiaram ônibus e destruíram áreas de "lazer", em busca de atenção para os problemas que vem enfrentando.

A solução encontrada por Paulinho da Força para resolver o problema é "importar" prostitutas. Isso mesmo, criar bordéis para "entreter" os trabalhadores.

Em uma tacada só ele desrespeitou os trabalhadores e as mulheres (trabalhadoras ou não).

Desrespeita os trabalhadores por achar que sua revolta se deve apenas por falta de sexo, sem sequer pensar em forçar as empresas responsáveis pelas obras a dar salário e condições dignas. Entregue sexo e tudo se resolverá, e ao inferno com os direitos trabalhistas! Atitude típica da Força e desta figura grotesca.

E desrespeita as mulheres ao tratá-las como mercadoria, como consolo a homens desesperados. Mulher não é auxílio trabalhista, como colocou o PSTU no informe que fez sobre esta situação grotesca.

Paulinho defende o tratamento desumano da mulher, sua mercantilizção, se rende ao capitalismo selvagem (Brizola se revira na cova pelo que fizeram com seu PDT) e prega a desumanização de homens e mulheres.

Não apenas o machismo mais torpe, mas também a entrega final ao capitalismo, o que, de certa forma,se confunde. Ambos se completam.

Fica a questão: Porque o governo não força as empresas responsáveis pelas obras do PAC no Jirau (Camargo Corrêa especialmente) a criar as condições para que os trabalhadores possam levar suas famílias para perto deles? Onde estão as escolas para as crianças, a estrutura para abrigar famílias, os empregos para as mulheres dos trabalhadores (e para os maridos das trabalhadoras, ou será que não há nenhuma mulher nas obras?), o lazer para todos?

Porque o governo não obriga as empresas em todas as obras do PAC a dar condições humanas de vida aos trabalhadores, não os separando de suas famílias, não os submetendo à condições humilhantes e degradantes, ao invés de ter um membro de sua base, suposto líder sindical, defendendo uma degradação ainda maior e uma solução que só pode vir de uma mente doentia?

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E-mail de Mariana Parra enviado ao deputado:
O Excelentíssimo Senhor deputado deixou escapar esta frase, mostrando a sua barbárie. É por nossa sociedade ser assolada por esse tipo de idéia que continuamos com altíssimos índices de violência e assassinato de mulheres, é por isso que elas não tem sua dignidade plenamente reconhecida, que são rebaixadas tratadas como mercadorias e servas.

Não Excelentíssimo deputado, não são prostíbulos que precisam ser colocados no canteiro de obras de lugar nenhum, e sim condições dignas aos trabalhadores, para que possam viver com suas famílias, que suas mulheres sejam também empregadas nos serviços da obra e adjacências, que todos possam viver com dignidade, com liberdade.

O Senhor corrobora com o tratamento da mulher como uma mercadoria, estimula a violência, a violação da dignidade humana da mulher, a sua descartabilidade. A construção de grandes usinas leva consigo sempre uma onda de degradação para os territórios ocupados, levando violência, conflito social, e marcadamente a violência contra mulheres e crianças. Em regiões como Jirau essa violência se agrava por serem atingidas comunidades indígenas, que tem fragilidades ainda maiores que as demais comunidades do nosso país, suas mulheres e crianças sofrem ainda mais com a multidão de trabalhadores instalados para a construção. O Senhor com sua fala estúpida apenas estimula esse processo de violência, ao invés de cumprir com sua obrigação com sindicalista, propondo soluções e políticas para a proteção da dignidade e liberdade dos trabalhadores e suas famílias, bem como dos direitos das comunidades atingidas.

Resumindo, o senhor é uma vergonha, não trata só a mulher como mercadoria, mas o homem trabalhador também como uma mercadoria, um bicho que deve ser amansado para atender aos interesses do capital, custe o que custar, sendo sua dignidade humana, suas aspirações, sua vida, descartáveis. Não merece o respeito do povo trabalhador brasileiro.
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Enviem e-mails de repúdio para o Deputado e para outros endereços de referência:
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