Mostrando postagens com marcador Sindicato. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Sindicato. Mostrar todas as postagens

sábado, 13 de julho de 2013

Dia Nacional de Lutas: Da "Greve Geral" ao Fracasso.

O termo "fracasso" talvez seja muito pesado, mas a verdade passa muito perto dele.

Algumas milhares de pessoas tomaram as ruas em várias cidades pelo país mas, em geral, eram poucas e não faltaram denúncias de "compra de manifestantes" (não surpreende que UGT e a até então desconhecida por mim CSB tenham precisado pagar para que pessoas fossem às ruas com suas bandeiras) e mesmo de manobras de direções sindicais (notadamente da pelega e governista CUT) para afastar a base das manifestações que, querendo ou não, prejudicam o PT no governo federal.

Se por um lado é fato que cidades como São Paulo e Rio pararam, por outro era fato que muita gente não saiu de casa já antecipando os efeitos da greve "geral" e não por participarem dela - enquanto em vários locais o comércio abriu normalmente e mal se sentiu os efeitos de tal greve.

Uma greve não se traduz apenas por uma cidade parada, mas por uma cidade mobilizada e parada por uma causa, não apenas porque acreditam que não chegarão ao trabalho.

Nas ruas um amontoado de pautas, e por parte da pelegada cutista e da CTB, governistas do PT e PSeudoB, a imposição de suas pautas em apoio ao governo federal, ao plebiscito que nem a base aliada aceita encampar e a reforma política.

Pautas estas que não foram acordadas com as demais centrais. Aliás, uma nota cabe aqui, parecia ter mais "Centrais" que sindicatos na Paulista! É impressionante como o movimento sindical é vergonhosamente fracionado.

Além de fracionado, pareceu fraco.

Diversas categorias não se somaram, umas com medo de serem massa de manobra nas mãos da CUT (caso dos Metroviários de São Paulo, cuja base não quis parar), outras manobradas pelas direções (caso dos Bancários de São Paulo e de Recife, segundo informações).

E ficou patente que manifestações do MPL convocadas pelo Facebook tem mais força de mobilização que todas as centrais sindicais brasileiras juntas.
Como se vê, o fracasso bateu às portas das centrais.

De geral a greve não tem nada, na verdade mal vimos uma greve de verdade. Em algumas cidades ônibus pararam ou o metrô, mas em geral não houve paralisações relevantes na maioria das capitais.

As mobilizações contavam com número ínfimo de participantes frente às manifestações do mês passado - que para alguns governistas foi o "junho negro" - e ao menos em São Paulo foi bem desanimada.

O movimento sindical não precisa apenas se reinventar e chegar ao século XXI, mas precisa olhar para sua imensa divisão e entender que da forma como as coisas estão, não adianta se mobilizar.

Simplesmente porque não conseguem.

Deixo claro que eu tenho simpatia e defendo a maior parte das propostas das sindicais nos protestos do dia 11, apenas vejo que as Centrais, divididas por um lado e pelegas por outro, não tem mais a capacidade (ou a vontade) de atrair milhões às ruas. Muito do que vimos foi um show para bases e direções.

Os maiores sindicatos, CUT e Força Sindical são risíveis. Um era aliado do governo até poucos dias, mas não devem ter recebido quanto queiram para alienar suas bases. Outro é pelego e vendido, subserviente aos interesses do PT. Já os demais passam de arremedos e de centrais de aluguel - CSB, UGT, etc - a entidades combativas, mas pequenas e infelizmente divididas - caso da Conlutas e Intersindical que, juntas, poderiam ter muito mais força e relevância.

Dava vontade de rir quando, na Paulista, avistei petistas empunhando bandeiras e com cartazes de apoio a Dilma... Oras, a ampla maioria dos pontos contidos na pauta ampla das Centrais era de combate a medidas adotadas e promovidas... pelo PT e por Dilma!
É o mesmo papo dos petistas aparecendo para "comemorar" a vitória do MPL - e a derrota de Alckmin e de Haddad - quando eles próprios foram derrotados. Hipocrisia, cara de pau e falta de capacidade de retornar às ruas depois de as terem abandonado pelos palácios e pelo poder.

Com esta divisão e comprometimento com bolsos da direção e com governos não tem carro de som que dê jeito. Continuarão perdendo para as mobilizações REALMENTE populares organizadas por movimentos sociais não-alinhados ao peleguismo institucional.

Como li no Twitter, mas infelizmente não me lembro a fonte, as Centrais vem do século XX tentar ocupar espaço no Século XXI sem, porém, entender o novo século. Eu acrescentaria que até TEMEM o novo século.

Termino o post com texto magistral do Cid Benjamin sobre a tosquice que é hoje a CUT e sua presença em manifestações que, no fim, são contra o PT e suas medidas direitistas, entreguistas e liberalizantes:

A CUT é alinhada com o PT e o governo federal. No entanto, quase todos os pontos que constam da pauta de reivindicações desse tal Dia Nacional de Luta (e que, portanto, no entender da central devem ser os mais importantes no momento) dependem do governo federal, que os obstaculiza. Vejamos a pauta:

• Redução da Jornada de Trabalho para 40h semanais, sem redução de salários –o governo é contrário.
• Fim do fator previdenciário – foi implantado pelo PT no governo federal.
• 10% do PIB para a Educação – o governo é contrário.
• 10% do Orçamento da União para a Saúde - o governo é contrário.
• Transporte público e de qualidade – é uma declaração genérica, mas é bom lembrar que, recentemente, com o apoio da CUT o governo federal deu isenção fiscal para as montadoras de automóvel, num gesto de estímulo ao transporte individual.
• Valorização das Aposentadorias – todos os atos dos governos do PT foram em direção contrária, ao fazer a reforma da Previdência que FHC não conseguiu aprovar (entre outros motivos, por resistência dos petistas, então na oposição).
• Reforma agrária – dispensa comentários. O desempenho dos governos do PT ficou aquém do dos governos FHC.
• Fim dos Leilões do Petróleo e todo tipo de privatização - o governo do PT manteve os leilões, que antes criticava.
• Contra o PL 4330, sobre Terceirização - o governo é contrário.
• Reforma política e realização de plebiscito popular – reforma política é um assunto, não uma proposta em si.
• Reforma urbana – idem.
• Democratização dos meios de comunicação – o governo Dilma já disse que não vai mexer no assunto. Seu comportamento é patético. Mantém como ministro das Comunicações Paulo Bernardo, vassalo dos grandes meios de comunicação.
• Pelos Direitos Humanos:
• Contra o genocídio da juventude negra e dos povos indígenas – é uma declaração genérica, mas se há algum genocídio, a Guarda Nacional tem sido acusada de participação nele;
• Contra a repressão e a criminalização das lutas e dos movimentos sociais – de novo, uma declaração genérica, mas governos estaduais, alguns apoiados pelo PT, estão processando por formação de quadrilha as pessoas presas nas recentes manifestações. Nem a ditadura militar fez isso.
• Contra a aprovação do Estatuto do Nascituro – aqui há uma coincidência, o governo Dilma e o PT também são contrários. Ufa!
• Pela punição dos torturadores da ditadura – o governo Dilma é contrário a se tentar reabrir o tema. Mais: determinou que a Procuradoria Geral da União defendesse o notório criminoso Brilhante Ustra em processo que tinha como objetivo apontá-lo como torturador.

Como se vê, diante dessa pauta fica uma dúvida: ou ela é pra inglês ver, e estamos diante de uma demonstração explícita de oportunismo, ou há um quadro de esquizofrenia aguda, em que as centrais sindicais (aí incluída a CUT) apoiam um governo que é contrário às suas principais reivindicações.
------

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Querem derrotar o PT? Lula e o neoPTcostalismo

Os NeoPelegos da CUT recebem recadinho simpático do Lula: "Querem derrotar o PT?".

Duvido muito. Mas demonstra certo desespero frente às greves e ao descontrole por parte das direções sindicais pelegas de suas bases.

O impressionante nisso tudo é a "percepção" do Lula de que apoiar greves dos trabalhadores é lutar contra o PT. O fato do partido estar envolvido no julgamento de seu maior escândalo, em um dos maiores casos de corrupção do país (falta ainda julgar o Mensalão Mineiro do PSDB) parece, ao Lula, piorar a situação.

Mas pergunto, O Lula queria que os trabalhadores ficassem quietinhos porque o PT está com a corda no pescoço? Se o partido não faz NADA por eles - e Dilma deixa claro seu desprezo pelo funcionalismo público em cada declaração desastrosa que faz - porque os trabalhadores deveriam fazer algo pelo PT?

Aliás, fazer algo pelo PT? Desde quando movimentos sociais devem abandonar suas bases para respeitas as vontades do poder?

Mas fazer o que? Fingir que o partido não é responsável por falcatruas, corrupção endêmica e por ajudar na precarização do emprego de milhares de trabalhadores? Se o PT jogou sua história na lama, que não tente carregar os trabalhadores juntos para o fundo do poço.

PT, PSDB e cia não são opções, são cânceres irmãos que devem ser extirpados. São iguais em suas ações, mas está claro que o PT consegue ser ainda mais nefasto, pois age como se os trabalhadores e sindicatos fossem seus para manobrar, pois de fato possuem força para manobrar a muitos, coisa que o PSDB nunca teve.

A CUT é amestrada, mas alguns setores mostram insatisfação ou, ao menos, alguma indecisão (não confundir com estratégia, pois esta não existe).

Frente às maiores greves que muitos setores vêem em décadas, são forçados a usar seu peleguismo para tentar cooptar trabalhadores (vide o Proifes e a greve dos professores), mas vendo que estão sendo derrotados vergonhosamente, adotam um discurso pseudo-conciliador com as bases, de pequena confrontação com o governo quando, na verdade, seu desejo é o de furar todas as greves que conseguirem.

O discurso da direção é de dar tapinhas no governo para arrancar aplausos da base mais radicalizada - e correta. Mas não passa de jogo de cena, pois a maioria dos NeoPelegos tem cargos garantidos nas administrações petistas e não querem colocar nada disso em perigo. O que importa são seus bolsos, não suas bases.

Ainda assim, Lula não aceita um mínimo de resistência, mesmo que forçada e/ou fingida. Quer a submissão total. Está acostumado a mandar, a ser opoderoso chefão, que comanda o partido, os sindicatos, indicando quem quer para cargos, fazendo candidatos à revelia das bases e sendo tratado como um deus à semelhança do deus vingativo e perverso de seus aliados mais próximos, os neopentecostais.

Esta é a face mais visível do NeoPTcostalismo, que passou por cima de qualquer ideologia, sindicalismo ou honestidade e tornou o PT uma seita de fanáticos prontos a fazer o que manda o Lula e sua profeta, a Dilma, passando por cima de qualquer resistência ou crítica, ao passo que, em sue fanatismo, se tornam iguais ou piores do que o que diziam combater.

Recomendo a leitura dos comentários do Rogério Junqueira, no Facebook, que reproduzo abaixo:
Ainda bem que ele - só ele - sabe o que é bom para o povo: 50% do orçamento público para banqueiros e especuladores, PAC em favor de empreiteiros, Copa e Olimpíadas para empresários, renúncia fiscal para montadoras de carros e fabricantes de geladeiras, Belo Monte para fabricar cimento e alumínio, apoio ao agronegócio e aos grileiros, privatização de portos e aeroportos, truculência contra professores, servidores públicos, estudantes, sem-teto, sem-terra, ambientalistas, mulheres, LGBT, indígenas, negros...

Estamos diante do clássico paradoxo em que formações de centro-esquerda chegam ao poder e governam com (e à) direita, fazendo contrarreformas que a direita jamais conseguiu fazer porque as esquerdas se opunham a elas. As próximas serão a "regulamentação da lei de greve" e o desmonte da CLT - coisas que nem Sarney, Collor ou FHC ousaram fazer.

E ainda nos dizem que o "outro" faria pior! O outro quem? Faria o quê?

Será que temos que lhes demonstrar eterna gratidão por nos traírem, nos atacarem, demolirem nossos direitos e eliminarem garantias históricas durante conquistadas?

Lula, de resto, já disse que nunca foi de esquerda. Uma confissão contra a qual não podemos suscitar objeções e suspeitas.

Maldito o país que se submete a uma liderança.

Malditos os movimentos que abandonam suas bases e que, em troca de boquinhas, deleitam-se em lamber as botas de quem insulta aqueles que um dia foram as suas bases.
Como eu já disse antes, está na hora de acordar e compreender que o PT, assim como o PSDB, é nosso INIMIGO e precisa ser derrotado e as razões são inúmeras, como também mostrou o Robson Fernando no Facebook:
Eu vejo com temor que esse governo do PT tá caminhando cada vez mais a uma práxis de governança fascista. Já posso ver diversos sintomas de fascismo atualmente:
- Princípio de repressão militar, com designação do Exército pra "proteger" os

prédios públicos (pra ter uma morte, é questão de tempo)
- Corporativismo e peleguismo oficializados
- Cooptação da oposição - no final das contas, todos os partidos do Congresso (menos o PSOL se sobreviver) vão seguir uma mesma ideologia de direita radical
- MIlícia fanática que segue princípios como "Se não concorda conosco, está contra a nação" e "Brasil, ame ou deixe-o" e parte pra recursos sujos como a ameaça explícita contra opositores de esquerda
- Violações dos Direitos Humanos como praxe de exercício da governança (indígenas e LGBTs não nos deixam mentir)
------

quarta-feira, 28 de março de 2012

Eleições no SindJor - Sindicato é Pra Lutar

Começou ontem (27) e vai até amanhã (29) a eleição para a nova diretoria do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e estou apoiando a Chapa 2 – Renovar para Mudar, Sindicato é Pra Lutar que tme como candidata à presidente a jornalista e ativista Bia Barbosa (do Intervozes) e um grande time de diretores e na executiva.

Convido todo(a)s o(a)s jornalistas a visitar a página da Chapa e, aos sindicalizados, que compareçam na sede do sindicato ou procurem as urnas que irão à várias sedes de jornais pelo estado de São Paulo e façam sua parte para renovar o sindicato.


Baixe os materiais da Chapa aqui e conheça as propostas.

------

quarta-feira, 13 de abril de 2011

“Como é que bota na selva amazônica centenas de homens sem mulher? Era preciso ter bordéis nos canteiros de obras.”

A cara de imbecil não é coincidência.
A frase acima (no título) é do infeliz Paulinho da Força, líder pelego da Força Sindical e famoso por furar greves e por tentar desestruturar o movimento sindical desde sempre. Enquanto a CUT ainda era de luta (bons tempos), a Força era quem sempre tentava fazer acordos com o patronato para esvaziar as maiores greves. Paulinho sempre foi o pelego por trás destas ações.

Como muitos sabem, as obras do PAC vem sendo paralisadas por greves contra as péssimas condições de trabalho, baixos salários, transporte ineficiente, péssimas moradias e falta completa de estruturas de lazer. A greve no canteiro da obra da Usina Hidroelétrica de Jirau é a que vem atraindo maior atenção da mídia, especialmente depois da revolta dos trabalhadores, que incendiaram ônibus e destruíram áreas de "lazer", em busca de atenção para os problemas que vem enfrentando.

A solução encontrada por Paulinho da Força para resolver o problema é "importar" prostitutas. Isso mesmo, criar bordéis para "entreter" os trabalhadores.

Em uma tacada só ele desrespeitou os trabalhadores e as mulheres (trabalhadoras ou não).

Desrespeita os trabalhadores por achar que sua revolta se deve apenas por falta de sexo, sem sequer pensar em forçar as empresas responsáveis pelas obras a dar salário e condições dignas. Entregue sexo e tudo se resolverá, e ao inferno com os direitos trabalhistas! Atitude típica da Força e desta figura grotesca.

E desrespeita as mulheres ao tratá-las como mercadoria, como consolo a homens desesperados. Mulher não é auxílio trabalhista, como colocou o PSTU no informe que fez sobre esta situação grotesca.

Paulinho defende o tratamento desumano da mulher, sua mercantilizção, se rende ao capitalismo selvagem (Brizola se revira na cova pelo que fizeram com seu PDT) e prega a desumanização de homens e mulheres.

Não apenas o machismo mais torpe, mas também a entrega final ao capitalismo, o que, de certa forma,se confunde. Ambos se completam.

Fica a questão: Porque o governo não força as empresas responsáveis pelas obras do PAC no Jirau (Camargo Corrêa especialmente) a criar as condições para que os trabalhadores possam levar suas famílias para perto deles? Onde estão as escolas para as crianças, a estrutura para abrigar famílias, os empregos para as mulheres dos trabalhadores (e para os maridos das trabalhadoras, ou será que não há nenhuma mulher nas obras?), o lazer para todos?

Porque o governo não obriga as empresas em todas as obras do PAC a dar condições humanas de vida aos trabalhadores, não os separando de suas famílias, não os submetendo à condições humilhantes e degradantes, ao invés de ter um membro de sua base, suposto líder sindical, defendendo uma degradação ainda maior e uma solução que só pode vir de uma mente doentia?

-------

E-mail de Mariana Parra enviado ao deputado:
O Excelentíssimo Senhor deputado deixou escapar esta frase, mostrando a sua barbárie. É por nossa sociedade ser assolada por esse tipo de idéia que continuamos com altíssimos índices de violência e assassinato de mulheres, é por isso que elas não tem sua dignidade plenamente reconhecida, que são rebaixadas tratadas como mercadorias e servas.

Não Excelentíssimo deputado, não são prostíbulos que precisam ser colocados no canteiro de obras de lugar nenhum, e sim condições dignas aos trabalhadores, para que possam viver com suas famílias, que suas mulheres sejam também empregadas nos serviços da obra e adjacências, que todos possam viver com dignidade, com liberdade.

O Senhor corrobora com o tratamento da mulher como uma mercadoria, estimula a violência, a violação da dignidade humana da mulher, a sua descartabilidade. A construção de grandes usinas leva consigo sempre uma onda de degradação para os territórios ocupados, levando violência, conflito social, e marcadamente a violência contra mulheres e crianças. Em regiões como Jirau essa violência se agrava por serem atingidas comunidades indígenas, que tem fragilidades ainda maiores que as demais comunidades do nosso país, suas mulheres e crianças sofrem ainda mais com a multidão de trabalhadores instalados para a construção. O Senhor com sua fala estúpida apenas estimula esse processo de violência, ao invés de cumprir com sua obrigação com sindicalista, propondo soluções e políticas para a proteção da dignidade e liberdade dos trabalhadores e suas famílias, bem como dos direitos das comunidades atingidas.

Resumindo, o senhor é uma vergonha, não trata só a mulher como mercadoria, mas o homem trabalhador também como uma mercadoria, um bicho que deve ser amansado para atender aos interesses do capital, custe o que custar, sendo sua dignidade humana, suas aspirações, sua vida, descartáveis. Não merece o respeito do povo trabalhador brasileiro.
----
Enviem e-mails de repúdio para o Deputado e para outros endereços de referência:
------

domingo, 26 de setembro de 2010

Ato Público Contra o Golpismo Midiático no Diário Liberdade

Diário Liberdade - [Raphael Tsavkko] Entre 500 e 700 pessoas se reuniram nesta quinta-feira, dia 23 de setembro, no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, para realizar um ato que ficará na história.

O Ato Público Contra o Golpe Midiático lotou o auditório Vladimir Herzog, nome que representa como poucos a luta pela democracia e pela liberdade de expressão no Brasil, para denunciar os ataques da “grande imprensa” à Liberdade de Expressão e à Democracia.

Idealizado pelo Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, o ato contou com a participação do MST, CUT, CTB, Força sindical, Nova Central Sindical, CGTB, ALTERCOM, PDT, PSB, PCdoB, PPL e LBI. O representante do PT não chegou a tempo e, infelizmente, PSOL, PCB e PSTU não compareceram.

A ideia do Ato é denunciar a proposital confusão promovida pelos principais impérios midiáticos brasileiros entre Liberdade de Imprensa e Liberdade de Empresa e, também, exigir uma profunda democratização dos meios de comunicação, garantindo o acesso à informação de qualidade por todos os brasileiros.

O auditório foi tomado por centenas de pessoas que não paravam de chegar. Pessoas se espalhavam pelos corredores e mesmo pela calçada e rua em frente ao Sindicato, enquanto os que conseguiram entrar suavam no calor sufocante, mas se mantinham firmes, conscientes do papel que todos os presentes ali representavam.

O simbolismo do ato supera mesmo seu tamanho. Demonstra a intenção de blogueiros, jornalistas e ativistas em denunciar o monopólio da mídia e o perigo que esta concentração representa. O perigo da informação única, viciada, tendenciosa, em oposição aos interesses dos trabalhadores e do país.

Um dia antes deste ato, a direita ligada aos meios de comunicação tradicionais lançaram seu manifesto, em um ato no Largo de São Francisco, a Faculdade de Direito da USP, e reuniram pouco mais de 200 pessoas. Lançaram um manifesto, "Em Defesa da Democracia", mas que democracia?

Artigo completo no Diário Liberdade.
------

terça-feira, 29 de junho de 2010

Greba Orokorra! Greve Geral!


Em solidariedade ao povo basco, este blog apoia o chamado de Greve Geral pela maioria sindical basca.

Mais informações sobre a Greve no Kaosenlared e no Sare Antifaxista.

Leia sobre as 10 razões para a Greve Geral de 29 de junho. 

Site oficial do movimento: Link.

Siga no Twitter: #grebaorokorra e #e29

Sobre a greve e a crise, Juan de Etxano diz:
Greba, además de ser una pieza de la armadura griega que cubría la pierna, en euskera, más antiguo que el griego, significa huelga. Hoy estamos llamados todos a una huelga general. Izaronews secundará la convocatoria porque está totalmente de acuerdo con los sindicatos vascos en que una crisis económica como la actual no puede caer sobre las espaldas de los más débiles, mientras las entidades financieras causantes del desaguisado se llevan los recursos y nuestro dinero. Los tertulianos del baserri, dice José, hacemos también esta huelga contra la ley de partidos y contra Patxi López y Rodolfo Ares que, escudados en esa dudosa ley, en cuanto a su calidad democrática, están cambiando nuestras señas de identidad en contra de la mayoría abertzale de este pueblo. "Y lo hacen además, dice Matías, entre tapa y vino español, a costa de nuestro bolsillo.

Así pues, y con el beneplácito de la directora, hoy no trabajaremos en esta página que quiere ser reflejo de las inquietudes del pueblo vasco y defensora de su cultura y sus reivindicaciones, y denunciante de todo aquello que vaya a cercenar nuestras señas de identidad, nuestra democracia y nuestras libertades.

El Gobierno López, calcamonía del de Zapatero y tan negado y nefasto como él, también quiere negar libertades a este pueblo y su acción administrativa se basa en las prohibiciones y en el fracaso más absoluto, como pueden ser la gestión de EITB, la deuda, o la gestión  de las transferencias, que en un año largo no ha conseguido ni media.

Hoy nos quedamos en el baserri para colaborar en el éxito de la huelga contra los financieros y sus títeres que son quienes dicen gobernarnos.

LANGILEOK BORROKARA!

Trabalhadores à Lutar!

------

segunda-feira, 15 de março de 2010

Vídeos da reunião da Rede de comunicadores em apoio à Ref. Agrária


No dia 11 de março tivemos a primeira reunião da Rede de Comunicadores em apoio à Reforma Agrária, na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, com a presença de João Petro Stédile, Paulo Henrique Amorim, Rodrigo Vianna, Renato Rovai, Altamiro Borges e outros blogueiros, ativistas e militantes da liberdade na rede, da internet livre e da reforma agrária.

Reunião bastante produtiva, com auditório cheio para uma quinta-feira às 7 da noite... E, o mais importante, muitos pontos debatidos, colocados em pauta e já algumas resoluções aprovadas.


Stédile discursa na reunião da Rede de Comunicadores em Agrária from Raphael Tsavkko on Vimeo.

João Pedro Stédile discursa dando publicidade à luta do MST e dos movimentos do campo analisando as contradições do capital e a mídia na luta por terra.

A idéia central da reunião era a formação de uma rede que deve expandir-se pelo país. Uma rede que deve contar com o apóio dos jornalistas, blogueiros e comunicadores em geral interessados na causa agrária e da justiça social e, claro, outros temas como a defesa do PNDH-3 e da liberdade na rede entraram na pauta.

De concreto ficou a  decisão de se criar um blog para a rede visando disseminar contra-informação ao longo da CPMI contra o MST que terá sua primeira sessão já nesta próxima quarta-feira. Espera-se que o blog comece a funciona já na segunda, sob a direção de Altamiro Borges.


Paulo Henrique Amorim fala sobre a liberdade na rede e a importância desta para os movimentos sociais
Para a rede como um todo e também como divisor de funções do blog ficou decidida a criação de pelo menos 4 GT's e, depois, aveitou-se a possibilidade de mais um GT, proposto pelo MArcelo, do Grupo Tortura Nunca Mais.

Os GT's:

GT1- Responsável por coletar informações sobre grilagem de terra, luta no campo, presos políticos, trabalho escravo e afins. Um GT para pesquisar a história da luta no campo e ter munição para mostrar a situação real e a tual da luta por terra;

GT2- Responsável por coletar informações sobre os membros da CPMI e da bancada ruralista. Denunciar a escória formada por Lorenzoni, Kátia Abreu e cia com argumentos que comprovem o caráter - ou a falta - destes elementos. Municiar o movimento contra aqueles que o atacam, retirar a máscara dos parlamentares anti-MST;

GT3- Responsável por coletar depoimentos (escritos, gravados ou filmados) de personalidades conhecidas em favor do MST, da Via Campesina e da reforma agrária. Trabalho de coleta de dados e depoimentos para mostrar o lado dos lutadores pela reforma agrária;

GT4- Responsável por coletar dados sobre agricultura familiar, casos de sucesso em assentamentos e o lado positivo da Reforma Agrária.

E foi proposto o GT5 que seria responsável por levantar e-mails, contatos e mailings dos movimentos sociais para agilizar a facilitar os contatos entre os diversos movimentos. Fazer a ponte entre os movimentos participantes da rede e integrar com blogs e sites.


Altamiro Borges discursa na reunião da Rede de Comunicadores em apoio à Reforma Agrária from Raphael Tsavkko on Vimeo.

Altamiro Borges resume a reunião, alenca as propostas e abre o debate.

Todo este processo de construção da Rede deve ter como foco, também, a internet. PHA em sua fala deixou muito clara a importância deste veículo que, hoje, é um dos poucos ou único meio livre de informações.
Outras reuniões devem ser agendadas, desta vez com os GT's que serão formados. Todos que deixaram seus nomes e e-mails nas listas que circularam receberão os informes e, sabendo de qualquer novidade repassarei ao blog para que todos possam saber.

Indo para outro assunto, a INTERCOM, conversei com o Renato Rovai que ficou de me passar mais informações posteriormente e o Rodrigo Vianna me garantiu que os blogueiros terão ampla participação em todo o processo de consolidação da organização. O Estatuto será debatido online e todos faremos parte do processo, sem exclusões. Assim que conseguir mais informações, como sempre, informarei a tod@s @s interessad@s.


------

domingo, 14 de março de 2010

Protesto dos professores em greve!

"Serra a culpa é sua! A greve continua"

Sexta foi dia do protesto dos professores de São Paulo por aumento de salário. Um protesto justo que chegou a reunir mais de 30 mil pessoas na Paulista e depois em caminhada até a praça da República. Já no final, cerca de 10 mil professores se reuniram, gritaram palavras de ordem na praça até a dispersão.

Na verdade, o número total é disputado. Fala-se de até 60 mil na Paulista. Já para a PM...

Infelizmente só acompanhei o protesto perto do final, quando os professores caminhavam em frente à igreja da Consolação, já passada a confusão e o princípio de confusão com a PM. Não seria, afinal, um protesto sem que a PM tentasse espancar algumas  pessoas.




De acordo com a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo), há cerca de 30 mil manifestantes no local. Já a Polícia Militar estimou que o número de docentes protestando chega a 8.000.
De qualquer forma, a organização dos professores e do sindicato (APEOESP) afirmam terem reunido pelo menos 30 mil professores e estudantes, já a PM afirma terem sido míseros 8 mil. Basta olhar para algumas fotos para termos a real dimensão do mar de gente que se manifestou da Paulista até o Centro de São Paulo. Só para passar pela Igreja da Consolação, a marcha levou quase meia hora!
"É uma honra muito grande dizer 'não' ao autoritarismo do governo de São Paulo. Esta foi uma semana de teste que Paulo Renato [Souza, secretário da Educação] e [José] Serra quiseram fazer conosco", afirmou a presidente do sindicato, Maria Izabel Azevedo Noronha. A entidade estima que 80% do magistério paulista esteja parado.



Atentem para o jornalismo lixo do Uol que, ao invés de cobrir corretamente a manifestação, foi falar dos "transtornos" causados pelos grevistas, com direito à entrevista com motoristas insatisfeitos! PAra o PIG, melhor seriam os professores na miséria - como estão - e os filhos das classes baixas sem educação de qualidade. Mais fácil governar um povo analfabeto e ignorante enquanto os seus vão para as escolas particulares de elite.

Doloroso constatar que boa parte das manchetes dos jornais online do dia do protesto comentavam ou davam mais publicidade ao trânsito e ao fato dos milhares de professores terem fechado avenidas que ao protesto ou às reivindicações em si. Jornalismo (sic) de esgoto com louvor.

No Estadão a manchete era "professores bloqueiam Paulista", no G1 "Após fecharem Paulista, professores seguem em passeata pela Consolação", na Folha "Motorista deve evitar tráfego" e no Ig "Após interditar ruas..."
Durante o protesto, os professores votaram pela manutenção da greve iniciada na segunda-feira - e que, até ontem, tinha baixa adesão, segundo a Secretaria de Estado da Educação. Para a pasta, apenas 1% da categoria aderiu. Segundo o sindicato, 80% das escolas do Estado paralisaram as atividades.

Os docentes pedem reajuste salarial de 34%, incorporação imediata de gratificações e o fim das avaliações e dos programas criados pelo governo José Serra. Eles marcaram uma nova assembleia para a próxima sexta-feira, também na Avenida Paulista.

Com gritos de "Serra, a culpa é sua, a greve continua" e faixas dizendo "Inimigo da educação não pode governar a nação", os professores começaram o protesto no vão livre do Masp, por volta das 14 horas.
A cobertura da mídia, porém, por mais tendenciosa que fosse, não pôde esconder o número avassalador de professores nas ruas reivindicando seus direitos e, obviamente, exigindo que Serra assuma a responsabilidade pelas péssimas condições de trabalho, pelos péssimos salários e que saia para o debate.

Mas, em sua intransigência, Serra se recusa a negociar e ainda ameaça cortar o ponto dos grevistas. É, de fato, um criminoso.

Fotos via Uol, Estadão, G1, Ig, CMI e blog Efeito Colateral

Vídeos dos discursos finais na Praça da República:

----
----
----
------

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Flash Mob e Criminalização do Mov. Social


Que a criminalização dos movimentos sociais e dos atos de protesto, greves e reivindicações vem de longa data, todos sabemos, mas atualmente vemos uma evolução na forma de protestar que vem causando pânico nos patrões.

Se não é possível proibir ou criminalizar todo e qualquer protesto reivindicativo da classe trabalhadora, os patrões agora partem para tentar proibir o meio, o veículo de difusão e convocação dos protestos.


Li um interessante artigo sobre a tentativa das patronais de proibir protestos convocados, na Alemanha, via Flash Mob.

O crime não é mais o protesto em si e por si só, mas a forma como ele é convocado e seu resultado.

O sindicato alemão Verdi resolveu radicalizar, se as greves não surtem o efeito desejado, se os donos de grandes empresas não se sensibilizam ou são demovidos de sua eterna vontade de ferrar o máximo possível com o trabalhador, então a ação, a luta sindical deve partir para outro patamar, deve se valer do que há de mais eficaz e moderno para convencer, por bem ou por mal, aos patrões em ceder às reivindicações - sempre justas - dos trabalhadores.

A ideia para a flash mob de 2007 veio depois que as negociações salariais terminaram num impasse, disse Erika Ritter, responsável pelo setor de vendas em Berlim-Brandemburgo do sindicato Verdi, ao jornal Berliner Morgenpost. As greves não haviam ajudado - e foi por isso que eles tiveram a ideia de fazer uma ação no estilo das flash mob. Ela teve um efeito imediato em nossas negociações, disse Ritter, e o Verdi considerará fazer ações similares no futuro. "Mas só quando as conversações não tiverem nenhum efeito", observou ela.
É um fenômeno interessante o do uso do Flash Mob como arma na luta por melhores salários e condições de trabalho. Tal instrumento exige apenas alguns minutos, pouco esforço na organização e, com as tecnologias móveis de hoje (Computadores Coletivos Móveis [CCm], no falar de André Lamos) a organização/convocação dos trabalhadores para ações de enfrentamento e desafio do patronato se torna mais fácil e ainda mais eficaz, certeira.

Não é mais necessária uma paralisação completa do trabalho, apenas ações pontuais e localizadas de "terrorismo sindical" com o uso de ferramentas modernas para aterrorizar o patronato incapaz de compreender desde as razões que levam os trabalhadores a protestar, até o que há de mais moderno em termos de tecnologia. Na verdade, a elite tem pavor da tecnologia nas mãos de seus subalternos, tudo pode e será usado como arma contra a dominação e a exploração.

Isto, aliás, resgata o post anterior sobre a neutralidade da e na internet, se esta seria progressista ou reacionária (post que, por sua vez, retoma idéia do Sakamoto). O que se pode afirmar com certeza é que a internet PODE e DEVE ser usada como ferramenta ao progresso, atacando as bases da elite em seu próprio jogo.

Se não podem interromper - ainda que tentem - as greves e as justas reivindicações dos trabalhadores, acabou sobrando apenas a tentativa de proibir os "flash mobs", como se existisse alguma forma de fazê-lo, sem que isto signifique a censura aberta à internet - e à toda ferramenta de comunicação móvel - e ao direito à livre manifestação - na verdade, à sua mera convocação!

"Não é surpresa que a Associação de Comércio de Berlim-Brandemburgo não esteja impressionada. "Essa forma de ação industrial é intolerável", disse o chefe da organização, Nils Busch-Petersen ao Berliner Morgenpost. Foi a Associação de Comércio de Berlim-Brandemburgo que levou o caso da flash mob de 2007 para os tribunais.

A Associação de Varejistas Alemães (HED) concorda. A decisão do tribunal trabalhista levaria a "desigualdades perigosas durante as negociações, que favoreceriam os sindicatos", disse Heribert Jöris, especialista em salários da HDE ao jornal Badische Zeitung."
O mais divertido das desculpas esdrúxulas dos patrões e das associações comerciais é a de que há desigualdade nas negociações quando os funcionários encontram meios além do controle dos patrões para se manifestar e exigir direitos! Como se o mero poder econômico não fosse desigualdade suficiente numa negociação! Como se o mero fato de serem patrões já não lhes dessem vantagem suficiente!

Vale tudo na luta por direitos e garantias, por salário e trabalho. O recado é claro, os patrões devem se sujeitar às reivindicações vindas de seus funcionários sob penas tremendas, sob a pena de terem subvertidas suas estruturas de poder.
------

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Lula e os Covardes

Por mais que discorde de alguns pontos da carta enviada pelos sindicalistas da oposição dos Correios - mais pelo tom que pelas exigências e reclamações -, não poso deixar de endossá-la em solidariedade aos trabalhadores gravemente ofendidos pelo presidente Lula, tanto pelas palavras quanto pelas ações e pela - mais uma - traição à classe trabalhadora.

O que leva um sindicalista histórico a chamar seus antigos companheiros de liderança sindical de "covardes" por se recusarem a sujeitar os trabalhadores dos Correios a um aumento ridículo de 9% sobre um salário base vergonhoso de R$ 648,15? Lula deve achar razoável um aumento que será suficiente para comprar um pacote das balas "7 belo".

Não imagino que, em seu tempo, o Lula sindicalista aceitasse um acordo vergonhoso desses.

Os grevistas exigem o que lhes é de direito, aumento salarial de 41% para recompor as perdas, aumento linear de R$ 300,00 para todos os funcionários, redução da jornada, contratação de mais servidores e aumento no vale-refeição. Os patrões, por outro lado, fazem galhofa, oferecem 9%, mais um agrado de R$ 100 reais e pouco mais de R$1 real a mais no vale-refeição.

Simplesmente ridícula a proposta que mal repõe a inflação do último ano. Imaginem então as perdas ano após ano, em especial depois de um (des)governo FHC que praticamente condenou à mingua os servidores do país.

Lula, ao que se esperaria, deveria ter dado total apóio e suporto aos grevistas mas, navegando nas ondas do neo-petismo - ou neo-lulismo - passou ao lado dos patrões e acredita ser "razoável" a galhofa dos 9%. Em seu tempo não aceitava uma piada de mal gosto dessas. Mas os tempos são outros! A covardia não é se aliar com Sarney e Collor e sim fazer greve por seus direitos!

Covarde, companheiro Lula, é quem se alia com safado e tenta derrotar uma greve legítima, traindo todo o seu passado.
TODO APOIO A HERÓICA GREVE DOS TRABALHADORES DOS CORREIOS!

LULA: "COVARDE" É QUEM SE RENDE A SARNEY E COLLOR PARA SE MANTER NO PODER!
 
Infelizmente, o presidente Lula deu mais uma demonstração de que os anos no poder o fizeram mudar de lado. Antes, um dirigente sindical que foi reconhecido no mundo todo como líder das greves contra a ditadura. Agora, um Presidente da República que esquece o passado de lutas e ataca a justa greve de uma categoria que constrói no dia a dia uma das maiores empresas deste país e tem um piso salarial de R$ 648,15.

Lula chamou os dirigentes da greve dos Correios de COVARDES. Em que pese todas as nossas diferenças com uma ala governista no comando da greve, repudiamos esta atitude absurda de atacar pela imprensa a direção de nosso movimento justo e legítimo.

Achamos sim uma atitude "covarde" do presidente Lula quando ele se rende ao apoio de figuras tão ligadas a corrupção. Como os senadores José Sarney e Fernando Collor de Melo, inimigos conhecidos do povo brasileiro e dos trabalhadores dos Correios. E ataca os trabalhadores para impor um acordo de dois anos para que não tenham Campanha Salarial em 2010 e não atrapalhe a tentativa de eleger sua sucessora Dilma Roussef.

Perguntamos ao presidente: quem mudou de lado? Porque esta maioria parlamentar não serviu nos últimos sete anos de governo para acabar com o famigerado fator previdenciário? Para reduzir a jornada de trabalho sem redução de salários? Para revogar a lei de FHC que quebrou o monopólio do petróleo brasileiro? Para garantir um reajuste digno aos aposentados? Para garantir a estabilidade no emprego que poderia ter evitado mais de 1 milhão de novos demitidos no primeiro semestre deste ano?

Porque a "covardia" não está nos trabalhadores dos Correios. Está sim no Governo Lula que não atende nenhuma reivindicação histórica da classe trabalhadora e não enfrenta de verdade os interesses da burguesia e seus partidos de direita.

Existem sim problemas políticos em uma parte significativa da direção do nosso movimento, que vacila em alguns momentos. Mas em nossa opinião não é por covardia, mas sim porque uma parte do Comando tem relações diretas e são atrelados aos interesses de alguns partidos que compõe este governo, como o PT e o PCdoB.

Para estes, fazemos um chamado sincero:
 
Rompam com este governo "covarde" que só protege os grandes empresários.
 
E vamos construir nossa greve nacional, mantendo a greve forte em SP, em Brasília, no RS, no Nordeste e na maioria dos Sindicatos da FENTECT e retomando a greve nos Estados que por ventura saíram do movimento.

REPUDIAR OS MEMBROS DA ARTICULAÇÃO E CTB QUE ORIENTARAM A ASSINATURA DO ACORDO!

QUE O RIO DE JANEIRO VOLTE A GREVE!

DISCUTIR UMA CONTRA-PROPOSTA!

NÃO AO CORTE DO PONTO. PELO ABONO DOS DIAS PARADOS!

ACORDO BIANUAL É ARROCHO SALARIAL!
 
Assinam: Geraldo Rodrigues e Heitor Fernandes, dirigentes da FENTECT pela Oposição Nacional Conlutas.
------