sábado, 23 de abril de 2011

Turquia e Espanha, irmãs na repressão

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Trigésima-segunda coluna para o portal anticapitalista Diário Liberdade, "Defenderei a casa do meu pai".

Turquia e Espanha, irmãs na repressão

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Poucas pessoas poderiam olhar para países aparentemente tão diferentes - e distantes - como a Espanha e a Turquia e notar o quão semelhante são.

Uma muçulmana, aparentemente laica, outra católica, também aparentemente laica. Mas em ambos os casos fortemente influenciadas por suas tradições e pressões religiosas.

Ambas um caldeirão de nações, algo muito distante da imagem internacional que tentam passar de homogeneidade. Bascos, Catalães, Galegos, Andaluzes, Aragoneses, Asturianos, Leoneses, dentre outros, habitam o Estado Espanhol em clara inferioridade frente aos Castelhanos.

Armênios, Curdos, Circassianos, Assírios, dentre outros, habitam a Turquia e, em mutios casos, são discriminados.

Semelhante à Espanha Franquista, a Turquia dita democrática, governada por um partido muçulmano moderado (em oposição à tradição laica de Ataturk), continua a proibir o ensino e em muito casos, o uso da língua Curda (ou das línguas curdas). A repressão à minoria curda encontra amplo paralelo com a repressão franquista aos bascos e catalães. A diferença crucial, porem, é que a turquia é considerada uma democracia moderna.

A Espanha ainda prende, tortura e mata lutadores bascos, mas ao menos faz esforços para fingir que todos são membros da ETA (o que, segundo eles, deveria legitimar a tortura), criminosos e etc. A Turquia não se preocupa com tais atitudes.

Em 2003 o partido nacionalista basco Batasuna (Unidade) foi ilegalizado pela justiça (sic) espanhola por supostamente ser o braço político da ETA - o que na verdade pouco importa, dado que sempre foi notório ser o Sinn Fein braço do IRA, o que acabou facilitando negociações de paz -, assim como todos os partidos nacionalistas que viriam posteriormente a surgir.

Em 2009 (dezembro), o partido nacionalista curdo DTP (Partido da Sociedade Democrática) foi baindo pela justiça (sic) turca. As acusações eram a de ter conexões com organizações terroristas, ou seja, com o PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) de Abdullah Öcalan, atualmente na cadeia.

Notem a tremenda e indiscutível semelhança entre os casos. Aliás, já que falamos em Öcalan, tracemos um paralelo com Arnaldo Otegi. Ambos fizeram parte do PKK e ETA respectivamente e embora o primeiro tenha sido preso ainda na liderança do grupo enquanto Otegi já era líder do Batasuna na legalidade e posterior ilegalidade, ambos convergiram para posições críticas ao uso da violência, abrindo o caminho para negociações e para a diminuição de animosidades.

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Artigo COMPLETO no Diário Liberdade.

"Nire aitaren etxea
defendituko dut"
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"Defenderei
a casa de meu pai"
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