quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Base Aliada: Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come

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Em uma rápida conversa com o petista @Julian_rodrigues, levantei algumas questões que são recorrentes.

Ele afirma que não há clima ou possibilidade do Congresso apoiar nada que seja pró-LGBT. Nisso eu concordo com ele.

Mas depois disso, divergimos. Porque ele acredita que o governo não tem nenhuma responsabilidade em relação à causa, ao menos no congresso. Governo e Congresso são coisas diferentes.

Até seriam, se não fosse por um detalhe: A Base Aliada.

Oras, o governo Dilma se vangloria de ter conseguido uma base ampla, que abarca da centro-esquerda até a mais rancorosa direita (Bolsonaro, lembremos, é Base Aliada, assim como Magno Malta, Collor, Garotinho... e futuramente Katia Abreu e Kassab...), mas porque não usa - ou não consegue - usar esta base nas horas e votações que importam?

Me expliquem qual o sentido, qual a razão de construir uma base ampla - leia-se: Entregar cargos, verbas e muito, mas MUITO dinheiro - se ela não serve para absolutamente nada? Se ela só vota unida contra direitos básicos, contra direitos de minorias, para elevar seus próprios salários e etc?

Se é fato que a base do congresso é de direita, e que só vota com o governo em pontos muito específicos e sob muita barganha e corrupção, porque simplesmente não adotar uma psotura mais hostil em relação a esta parcela do congresso e buscar, junto aos movimentos sociais tão abandonados, apoio para pressionar o congresso, constrangê-lo, forçaá-lo a apoiar matérias de interesse para a sociedade?

O raciocínio é simples: Se a Base Aliada ampla significa abarcar toda uma vasta gama de direitostas e partidos fisiológicos que estão apenas interessados em cargos e dinheiro e, no fim, não votam com o governo naquilo que importa, porque tê-los como enfeites caríssimos?

E eu iria além. Que tipo de acordos forja o governo com a "base aliada"? Porque o mais comum é ver um ou outro reclamando de traição da base, engolindo recuos e pressões fascistas... Oras, não há nenhuma negociação prévia sobre apoio a "x" projetos em troca de "y" cargos?

Ou os cargos são distribuídos e só depois é que o governo vai mendigar apoio a projetos? Pois é o que parece.

Muitas vezes os petistas/governistas fazem parecer (ao menos tentam) que o probmea é exclusivo da base aliada podre e da minguada oposição, mas se esquecem do Parque Gospel apoiado por governador do PT, do Lindbergh Farias defendendo manutenção de programas religiosos na TV Brasil, da MArta entregando o PLC122 aos evangélicos...

Tião Viana quer votos, e quer garantir a prefeitura de Rio Branco, faz barganha política por apoio. Asqueroso. Já Marta e Lindbergh buscam garantir o apoio dos fundamentalsitas da base aliada ao governo através da rifa dos LGBT's e, daí, me pergunto novamente, quem escolhe uqe direitos ou que grupos são mais ou menos importantes?

E vou além, se a base aliada é tão podre assim, porque entregar todo um grupo aos leões e ao fogo da inquisição por um apoio que, se é dado, vem de má vontade e que, normalmente, sequer vem?

Porque contentar fanáticos e fundamentalistas às custas dos Direitos Humanos?


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