sábado, 29 de outubro de 2011

A queda de Orlando Silva escancara a traição governista?

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Caiu mais um ministro. O sexto. Quinto por corrupção denunciada pela mídia. Agora foi a vez do PCdoB, conhecido no movimento estudantil e sindical pelas práticas sujas, intimidação, faudes...

Mas pouco se sabe da veracidade das denúncias contra Orlando Silva. Não que ele seja inocente, não que seja impossível, mas com tanta coisa para se pegar o PCdoB no flagra, a mídia buscou o caminho mais tosco. E, claro, quem acusa é a Veja, a revista mais podre e falsa do país - mas que goza de milhões do nosso dinheiro investido pelo governo a título de propaganda institucional.

Mas foi bem sucedida. E não é a toa.

Amizade com a mídia

Comentei logo no início do governo Dilma que Lula teve uma falha terrível em seu governo: Não promoveu a democratização das comunicações e sequer tratou seriamente do controle social da mídia.

Era a chance de Dilma fazer alguma coisa, chegar de sola. Franklin Martins havia preparado um projeto que, segundo muitos, era excelente, mas foi engavetado sem nenhuma discussão, assim como outros ótimos projetos que eram discutidos pela sociedade, como a Reforma da Lei de Direitos Autorais.

E, de quebra, Dilma ainda passou algum tempo afagando a mídia, com entrevistas exclusivas a redes de TV e até uma visita especial à festa de 90 anos da Folha, o veículo que mais tentou derrubá-la durante a campanha.

Para uns uma forma de dar um tapa com luva de pelica na mídia, indo até ela com tom de desafio. Ledo engano. Meses depois, a verdade começa a surgir aos poucos, na medida em que ministros vão caindo como moscas.

O quinto ministro

Seis ministros caíram, mas cinco por pressão midiática. Dificilmente eram inocentes, mas surpreende a velocidade com que deixaram os cargos frente à denúncias que, muitas vezes, eram frágeis. De alguns Dilma se livrou rapidamente, o Orlando ainda resistiu 12 dias, mas mais por pressão e unidade do PCdoB do que por vontade da presidente.

O único ministro a cair por razões "legítimas", ou seja, sem a mão invisível extremamente vbisível da mídia foi o Jobim, que era insustentável em todos os sentidos. Mas a história ainda guarda surpresas.

Denúncias de corrupção vindas da mídia são comuns, por duas simples razões: Em primeiro lugar porque ela tem total interesse em minar o governo, já deixou isso claro, e em segundo lugar, porque corrupção é algo internalizado, comum e corriqueiro em todo e qualquer governo. Questão é saber o tamanho do rombo e o quanto isto é visível, detectável.

A questão da mídia querer minar o governo, aliás, é algo que merece análise pormenorizada e até mesmo teorias da conspiração que ficam cada vez mais populares.

Artigo completo pode ser lido no Amálgama
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