"ETA rechaza poner fin a la lucha armada «mientras no se alce un muro que detenga la represión»"
Vejamos...
Vale a pena ler todo o texto, a ETA - Euskadi Ta Askatasuna ou Pátria Basca e Liberdade - fez o pronunciamento sobre a continuidade da luta armada - que muitos ainda teimam em chamar de Terrorismo - durante o Aberri Eguna, ou Dia da Pátria, e demonstrou que, apesar de continuamente ser acossada pela polícia espanhola e francesa, ainda é forte, ativa e tem alguns argumentos irrefutáveis.
En resumen, en este Aberri Eguna de 2009 ETA insiste en que existen dos proyectos que colisionan: el independentista y el «impuesto» por los estados. Y constata que mientras los partidarios de este último «disponen de todos los medios y oportunidades para desarrollarlo, los partidarios de Euskal Herria nos encontramos negados, pisoteados y violados».
A situação atual em Euskal Herria é a seguinte:
Governa Patxi Lopez, um espanholista e entreguista, filiado ao PSE-EE, braço Basco do PSOE, partido que criou e financiou as GAL, em resumo, fascistas travestidos de Socialistas.
Em conjunto com Patxi Lopez, governa o PP, partido fundado por Franquistas, resumindo, fascistas perigosos, anti-Bascos, na verdade, anti qualquer minoria e defensores da extinção destas. Os fascistas do PP comandam a presidência do Parlamento Basco, Ajuria Enea.
Ainda sobrou um assento para a UPyD, partido minoritário e igualmente de direita e espanholista.
Curiosamente, aqueles que no Domingo de Páscoa se perfumam com discursos autocomplacentes e entoam cânticos independentistas são os mesmos que no resto do ano andam a fazer acordos com o PSOE dos GAL ou com o PP da guerra do Iraque ou, para dar um exemplo mais próximo no tempo, com essa dupla PSOE-PP que nunca ocultou que o seu objectivo estratégico comum, unitário, é dissolver a nação basca como um cubo de açúcar no quadro constitucional espanhol.
No centro ficou o PNV-EAJ, os Jeltzales, partido de Sabino Arana, fundador do nacionalismo Basco moderno que tem a maioria dos deputados mas não o suficiente para governar. O ultimo Lehendakari, ou presidente de Euslkal Herria era deste partido, Juan Jose Ibarretxe.
E para a esquerda sobrou a insignificância da EA (Eusko Alkartasuna), IU-EB (Izquierda Unia-Ezker Batua) e 4 assentos para os Abertzales do Aralar, assentos estes que vieram, sem dúvida, do voto dos ilegalizados.
E aí chegamos ao ponto principal, o ponto da ETA.
O dia do Aberri Eguna tem um sabor agridoce para todas as cidadãs e todos os cidadãos que aspiram a construir um futuro em liberdade e plenitude democrática para a nação basca. Por um lado, as celebrações convocadas para este dia mostram que as forças soberanistas, longe de cair no desalento, têm vindo a somar forças neste longo caminho e têm como horizonte um futuro comum; mas, por outro, o peso da repressão e da imposição exercidas sobre essas legítimas aspirações pelo Reino de Espanha e a República Francesa nota-se bem de cada vez que se olha para o passado mais próximo, de cada vez que se faz um balanço do que ocorreu desde o último Aberri Eguna.Repressão. Esta é a palavra de ordem.
Nos últimos anos foram ilegalizados TODOS os partidos Abertzales (Nacionalistas) por suposta vinculação com a ETA. Mais de 20% da população Basca foi proibida de votar e de decidir seu futuro pela justiça espanhol que não permite aos Bascos votar e serem votados me eleições limpas e sem exclusões.
Somente nos últimos 15 anos foram ilegalizadas quase todas as plataformas nacionalistas sob a desculpa absurda de que não condenavam a ETA, em outras palavras, foram proibidas por não condenar e não por apoiar. Ficar calado, na Espanha, é crime.
Dentre os partidos podemos citar:
- ANV-EAE (Acción Nacionalista Vasca - Eusko Abertzale Ekintza, fundada anos anos 30)
- Askatasuna (Liberdade)
- EHAK-PCTV (Partido Comunista de las Tierras Vascas - Euskal Herrialdeetako Alderdi Komunista)
- Aukera Guztiak (Todas las Opciones)
- AuB (Autodeterminaziorako Bilgunea - Punto de encuentro para la autodeterminación)
- Batasuna (Unidad, principal partido Abertzale por anos, sob os nomes de Batasuna e Herri Batasuna)
- HZ (Herritarren Zerrenda - Lista de conciudadanos)
- D3M (Demokrazia Hiru Milioi - Democracia 3 Milhões)
Como tudo tem limite, nem os espanhóis compraram esse disparate e Aznar perdeu, dias depois, para o atual primeiro ministro, Zapatero, o cargo.
"el respeto sistemático de la prohibición de la tortura y la abolición del régimen de incomunicación podrían fortalecer la credibilidad de la actuación antiterrorista de las fuerzas de seguridad y, al mismo tiempo, contribuir a lavar de sospecha a las personas injustificadamente acusadas de malos tratos”
Antes de mais nada, cabe lembrar que a ONU e seu conselho de Direitos Humanos, condenou a Espanha pelas ilegalizações arbitrárias e pela maneira como trata - baixo tortura e prisões arbitrárias - os presos políticos Bascos além de ter feito recomendações sobre a situação do país.
Comentários sobre as condenações e recomendações podem ser encontradas aqui e aqui.
El Relator Especial de la Organización de Naciones Unidas (ONU) sobre derechos humanos y terrorismo, Martin Sheinin, presentó un informe dirigido al Gobierno español en el que aboga por que no se apliquen restricciones a la libertad de expresión de ciertos partidos políticos vascos.El texto exige que “no se apliquen restricciones a la libertad de expresión a partidos políticos que, aunque compartan la orientación política de una organización terrorista, no apoyan el empleo de medios violentos’, informó la agencia de noticias AFP.
Enfim, o que se vê é que a ETA não parece, sob as luzes corretas, tão fora de seu tempo, tão fora de sintonia com a realidade.
O que ela afirma é simples, enquanto não houver uma normalidade, uma situação propícia à negociações com TODOS presentes, sem ilegalizações e "poréns", não haverá a apz sonhada pelos espanhóis (Paz esta que significa submissão por parte dos Bascos).
A ETA várias vezes depôs as armas e pediu para negociar, para conversar tendo em vista uma solução sem exclusões. Os sucessivos governos nunca aceitaram negociar, só aceitam negociar sob seus próprios termos e isso não é negociação, é imposição.
A paz em Euskal Herria só poderá ser alcançada quando todas as opções estiverem sobre a mesa, isto é o que repetem sempre os líderes Abertzales como Arnaldo Otegi, Pernando Barrena ou Jone Goirizelaia e que parece encontrar ouvidos surdos do outro lado da mesa de negociação.
O PSOE finge negociar, o PP se recusa a negociar e juntos se recusaam reconhecer o direito à autodeterminação e liberdade do povo Basco.
Enquanto uma negociação justa não for assegurada, dificilmente a ETA acabará e consequentemente a violência na Espanha e em Euskal Herria.
