Um deles chega ao ponto de considerar legítima a derrubada dos aviões que levam Zelaya, Kirchner, Lugo, Insulza e etc, se isso for "salvar" a América Latina do comunismo (sic).
Deprimente.
Desta vez, ao menos, os fascistóides não tem sequer apoio dos EUA, estão isolados contra um repudio mundial, unânime.
O golpe em Honduras é o reflexo da insatisfação desta camada histórica burguesia fascista que não aceita, sob qualquer hipótese, ver seus privilegios diminuírem. Não aceitam largar o osso, não aceitam devolver a bola. Quando o jogo democrático criado por eles acaba por fazê-los perder, tomam a bola de volta, como aquela criança mal criada e mimada que não aceita não ser o capitão do time e escolher como tudo será jogado e o lugar de cada um.
Esta é a elite da América Latina que está acostumada sempre à recorrer ao exército, ao "papai" para lhe garantir suas benesses.
Se perdem no jogo, tomam o poder. Matam, derrubam governos, prendem e censuram e ainda buscam, em alguns casos, maneiras de legitimar o ilegítimo, legalizar o ilegal.
Com Bush tudo era mais fácil. Qualquer golpe teria a simpatia dos EUA. Mas o Exército e a elite de Honduras perderam o momento e agora nãoencontram apoio em lugar algum.
Ha alguns dias os golpistas de Micheletti afirmaram que Israel e Taiwan haviam reconhecido o golpe. Tudo bem, que o Estado Genocida reconehcesse algo assim não surpreenderia, assim como Taiwan, que é basicamente irrelevante no cenário internacional. Mas, no fim, nenhuma confirmação independente ou das chancelarias de Israel e Taiwan.
Mais uma das mentiras do governo golpista no poder.
E a lista é extensa.
Desde acusações forjadas contra Zelaya, presente da Suprema Corte, passando pela falsa carta de renúncia do mesmo até a completa censura e manipulação midiática, com proliferação de notícias falsas sobre número de manifestantes, razões do golpe e a volta de Zelaya ao país.
A desculpa básica dos Fascistas para o golpe é a da invasão comunista, do Chavismo terrível e perigoso. Por isso defendem o assassinato, o golpe, a derrubada dos aviões que levam Zelaya, Kirchner, Lugo, Insulza e outros. O mais puro assassinato por um golpe de uma elite insatisfeita que um de seus filhos tenha decidido repudiá-la em apoio ao povo, aos movimentos sociais e aos pobres e humilhados de Honduras.
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Falando em elite fascista, o Cardeal Oscar Rodríguez Maradiaga, segundo o Aporrea, perdeu todas as suas chances de suceder a Ratzinger.
Nada interessante, um assunto interno do Vaticano, conhecido por sua história de silêncio ou apóio aos golpes pelo mundo se este cardeal em especial não fosse o fato deste ser considerado sensível as causas sociais e presidente da Cáritas Internacional!
Considerado un papable ya en el Cónclave de abril 2005 en el que fue elegido Papa Benedicto XVI, con su gesto lamentable el cardenal ha perdido todas las posibilidades que aun se le adjudicaban como sucesor del actual pontífice y se ha ganado un merecido desprestigio entre los mismos que con él y sus posturas sociales se entusiasmaban.Se muitos dizem que o Zelaya era um direitista liberal cooptado pelos setores sociais - razão pela qual foi deposto com o apoio da ampla maioria do congresso, da elite e do judiciário (Gilmar Mendes, morra de inveja!) - pelo visto o Cardeal é alguém com proximidade às causas sociais e a Esquerda que foi rapidamente cooptado pela direita golpista e reacionária, enfim, fascista.
Así, renace un fantasma que se creía desaparecido: la realista leyenda negra de la complicidad de una parte importante de la Iglesia Católica con las dictaduras militares latinoamericanas y las represiones salvajes.Neste triste episódio, mais um, de apoio da estrutura católica a um golpe de Estado, fica apenas a lembrança de que religião e política não devem se misturar jamais e que nada pode estar acima do Estado Laico e que a igreja não pode, em hipótese alguma, se intrometer em qualquer assunto de Estado ou de relevância.
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A direita fascista é mesmo um prato cheio!
Declaração do Chanceler de fato - Chanceler golpista, coloquemos os pingos nos "is" - é deveras ilustrativa:
"El ministro de Asuntos Exteriores del Gobierno de facto en Honduras, Enrique Ortez, expresó este domingo que el presidente estadounidense Barack Obama, es un "negrito que no sabe nada de nada" respecto a la situación que vive la nación centroamericana tras el golpe de Estado contra el mandatario legítimo Manuel Zelaya.Não basta ser fascista, tem que ser racista!
"Dejad a los hondureños que resuelvan sus problemas", afirmó Ortez durante una entrevista dada a la prensa local."
Micheletti, vulgo Goriletti está realmente bem acessorado! É de fazer inveja uma coisa dessas!
Mas calma, não se desesperem, a coisa piora:
"Ellos permiten lo que sea. Ya Estados Unidos no es el defensor de la democracia. En primer lugar el presidente de la República, que lo respeto, el negrito, no conoce dónde queda Tegucigalpa"
Agregó que "nosotros somos los que conocemos dónde está Washington y somos los obligados como país pequeño, un pigmeo democrático, a aclararles las concepciones y a leerle, tal vez en su idioma, lo que está pasando".Simplesmente inacreditável. Será que o Exército Hondurenho é tão poderoso à ponto de enfrentar a ira dos EUA ou acreditam piamente que Obama não intervirá na questão de forma alguma, mesmo sob pesados insultos e provocação?
E agora, Obama? A bola está contigo!
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O garoto assassinado em Honduras, que todos pensavam ser uma criança, na verdade é Isis Obed Murillo, de 19 anos. Pela foto veiculada pela imprensa internacional parecia, de fato, ser uma criança. Ele foi assassinado em frente ao aeroporto de Tegucigalpa pelo Exército de Honduras com uma bala na nuca.
Isis Obed Murillo tenía 19 años, pero su cara era la de un niño. Su nombre será recordado con tristeza y con rabia en Honduras, porque ayer -a eso de las cuatro de la tarde y frente al aeropuerto de Tegucigalpa- un soldado cuadró su rifle, apretó el gatillo y la bala asesina -¿hay alguna que no lo sea?- entró por la nuca del muchacho. Isis estaba allí para esperar un regreso que no se produjo. El de Manuel Zelaya, presidente de Honduras hasta que un comando del Ejército lo secuestró y lo sacó del país para, inmediatamente después, colocar en su lugar a un tal Roberto Micheletti, cuya frase más repetida es: "Esto no es un golpe de Estado".O artigo do El País, aliás, está excelente e merece a leitura. Um pouco de lucidez no PIG.
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