segunda-feira, 20 de julho de 2009

Tolerância Zero: Para quem? - Non da Jon?

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Nesta semana que passou, dois fatos chamaram à atenção no País Basco. Em primeiro lugar a piada da "Tolerância Zero" pregada por Rodolfo Ares, Conselheiro do Interior do governo Sociofascista de Patxi Lopez e, ao mesmo tempo, a notícia de que a casa dos pais de Arkaitz e Zigor Goikoetxea.

Arkaitz Goikoetxea é um preso político Basco, acusado de liderar o "Comando Bizkaya" da ETA enquanto seu irmão, Zigor, foi recentemente preso - e logo libertado sob fiança - por ter supostamente ameaçado uma militante fascista do PP - o que não é nada demais visto os crimes franquistas sem jamais um membro do PP ter sido preso.

A casa dos pais dos Goikoetxea foi incendiada e frases agressivas foram pintadas nos muros do terreno. Por sorte vizinhos notaram a tempo e o fogo foi controlado antes de destruir a casa, causando apenas algum prejuízo na parte frontal.

Vale lembrar, antes de mais nada, que a "justiça" Espanhola não só condenou mais um basco por dizer a verdade e colocar um fascista do PP em seu lugar, mas também o proibiu, na sentença proferida, a residir em sua localidade, a cidade de Getxo. Basicamente uma sentença de exílio obrigatório de sua cidade, um absurdo sem tamanho.
"A pena decretada foi: dois anos de prisão; proibição de viver em Getxo; proibição de estar a menos de 300 metros de Marisa Arrue [ufa!!!]; pagamento de uma indemnização de 6000 euros a Marisa Arrue."

Cabe, sobre o tosco caso de Zigor Goikoetxea acrescentar que Marisa Arrue já havia anos antes acusado três jovens abertzales de ameaças sem, porém, ter conseguido reconhecer os supostos agressores:
"No dia do julgamento, quando lhe perguntaram se seria capaz de reconhecer os acusados, afirmou, como o fez ontem com Zigor Goikoetxea, poder fazê-lo “sem qualquer dúvida”. Mas assim não sucedeu. Apesar de ter os três acusados à sua frente, “confundiu-se” e apontou para um polícia, que acompanhava um deles, como sendo o autor dos factos."
No caso de Zigor, mais absurdos, fo ia palavra apenas desta fascista contra a de Zigor, dois policiais espanhóis, dois policiais da cidade de Getxo e um outro cidadão que afirmaram não ter ouvido qualquer ameaça por parte de Goikoetxea.

Mas, como sempre, os tribunais espanhóis tendem a defender os fascistas em detrimento dos que lutam por liberdade.

Ao mesmo tempo em que ocorriam todos estes absurdos, o Conselheiro do Interior, Rodolfo Ares, pregava a "tolerância zero contra todos os apoiem a violência terrorista"(sic). Por "terrorista", claro, o fascista se refere à ETA e não aos terroristas que depredaram a casa dos pais dos irmãos Goikoetxea. No caso deles, nada demais, um grupelho fascista é sempre amigo do PP e do PSOE (relembremos o Triple A, os GAL e etc), talvez até financiado pelos partidos que dividem a Lehendakaritza (presidência do País Basco) e vem constantemente destruindo toda a estrutura de proteção aos Bascos e à lingua e cultura nacionais.

Ares defende, como todo bom fascista, o aumento da repressão aos movimentos e indivíduos que pregam a solidariedade aos presos políticos Bascos, membros da ETA ou simples jovens presos em Kale Borroka ou que meramente colam cartazes de protesto ou, como o caso de Sigor, sejam falsamente acusados de ameaçar uma membro do PP.

É impressionante que fascistas membros do partido de sustentação de Franco não estejam, todos, na cadeia, em prisão perpétua. Ares, em seu pedestal, "condenou" os ataques à casa da família Goikoetxea afirmando, ao mesmo tempo que o ato foi "tão depreciável quando os atentados, sabotagens, ameaças e as campanhas de acosso que se negam a condenar aqueles que justificam e amparam a violência".

À violência do Franquismo, nenhuma palavra, nenhuma mea culpa, nenhum pedido formal de desculpas às vítimas, na verdade, a condenação das leis de memória, de abertura de arquivos, de respeito e reconhecimento às vítimas de Franco e de sua ditadura sanguinária.
"El movimiento por amnistía ha denunciado que las declaraciones de Ares "superan todos los límites de la hipocresía" y ha subrayado que "las palabras de este político-policía que ha tomado las riendas contra la solidaridad hacia los presos políticos vascos poco tienen que ver con las actuaciones que está impulsando".

"Pretenden construir un espacio de impunidad en el que todo vale contra los presos y ex presos vascos, y el señor Ares es el principal responsable político de ello. Cuando el GAL mataba a ciudadanos vascos, los responsables del PSOE hacían las mismas declaraciones que hoy ha hecho Ares. Pero queremos dejarle claro que ni siquiera se va a acercar a sus objetivos", ha resaltado."

--------------------------------Ainda sobre repressão e abusos contra o povo Basco, cabe acrescentar a cronologia e os fatos do desaparecimento de Jon Anza, ex-preso político que simplesmente "desapareceu" enquanto ia encontrar alguns membros da ETA, na fronteira do País Basco francês e Espanhol.

"18 de abril 2009
Desaparece Jon Anza.

15 de mayo 2009
La familia da a conocer la desaparición.

19 de mayo 2009
ETA hace público que Anza no acudió a la cita que tenía acordada con ella y responsabiliza a los gobiernos español y francés de la desaparición."
Já são 3 meses sem Jon e Euskal Herria se pergunta: "Non da Jon? Onde está Jon?". De Rubalcaba, Ministro do Interior Espanhol, nenhuma resposta, só acusações de que tudo não passa de uma ação coordenada pela ETA para atacar o governo.

Jon, aliás, está em tratamento para não ficar cego, faz radioterapia. Jamais teria se escondido voluntariamente, sem dúvida é mais uma vítima da repressão Espanhola, num caso em que o governo não tem qualquer interesse em resolver.
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Comentários
1 Comentários

1 comentários:

Anônimo disse...

No seria que se fue con Pertur?

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