Arkaitz Goikoetxea é um preso político Basco, acusado de liderar o "Comando Bizkaya" da ETA enquanto seu irmão, Zigor, foi recentemente preso - e logo libertado sob fiança - por ter supostamente ameaçado uma militante fascista do PP - o que não é nada demais visto os crimes franquistas sem jamais um membro do PP ter sido preso.
A casa dos pais dos Goikoetxea foi incendiada e frases agressivas foram pintadas nos muros do terreno. Por sorte vizinhos notaram a tempo e o fogo foi controlado antes de destruir a casa, causando apenas algum prejuízo na parte frontal.
Vale lembrar, antes de mais nada, que a "justiça" Espanhola não só condenou mais um basco por dizer a verdade e colocar um fascista do PP em seu lugar, mas também o proibiu, na sentença proferida, a residir em sua localidade, a cidade de Getxo. Basicamente uma sentença de exílio obrigatório de sua cidade, um absurdo sem tamanho.
"A pena decretada foi: dois anos de prisão; proibição de viver em Getxo; proibição de estar a menos de 300 metros de Marisa Arrue [ufa!!!]; pagamento de uma indemnização de 6000 euros a Marisa Arrue."Cabe, sobre o tosco caso de Zigor Goikoetxea acrescentar que Marisa Arrue já havia anos antes acusado três jovens abertzales de ameaças sem, porém, ter conseguido reconhecer os supostos agressores:
"No dia do julgamento, quando lhe perguntaram se seria capaz de reconhecer os acusados, afirmou, como o fez ontem com Zigor Goikoetxea, poder fazê-lo “sem qualquer dúvida”. Mas assim não sucedeu. Apesar de ter os três acusados à sua frente, “confundiu-se” e apontou para um polícia, que acompanhava um deles, como sendo o autor dos factos."No caso de Zigor, mais absurdos, fo ia palavra apenas desta fascista contra a de Zigor, dois policiais espanhóis, dois policiais da cidade de Getxo e um outro cidadão que afirmaram não ter ouvido qualquer ameaça por parte de Goikoetxea.
Mas, como sempre, os tribunais espanhóis tendem a defender os fascistas em detrimento dos que lutam por liberdade.
Ao mesmo tempo em que ocorriam todos estes absurdos, o Conselheiro do Interior, Rodolfo Ares, pregava a "tolerância zero contra todos os apoiem a violência terrorista"(sic). Por "terrorista", claro, o fascista se refere à ETA e não aos terroristas que depredaram a casa dos pais dos irmãos Goikoetxea. No caso deles, nada demais, um grupelho fascista é sempre amigo do PP e do PSOE (relembremos o Triple A, os GAL e etc), talvez até financiado pelos partidos que dividem a Lehendakaritza (presidência do País Basco) e vem constantemente destruindo toda a estrutura de proteção aos Bascos e à lingua e cultura nacionais.
Ares defende, como todo bom fascista, o aumento da repressão aos movimentos e indivíduos que pregam a solidariedade aos presos políticos Bascos, membros da ETA ou simples jovens presos em Kale Borroka ou que meramente colam cartazes de protesto ou, como o caso de Sigor, sejam falsamente acusados de ameaçar uma membro do PP.
É impressionante que fascistas membros do partido de sustentação de Franco não estejam, todos, na cadeia, em prisão perpétua. Ares, em seu pedestal, "condenou" os ataques à casa da família Goikoetxea afirmando, ao mesmo tempo que o ato foi "tão depreciável quando os atentados, sabotagens, ameaças e as campanhas de acosso que se negam a condenar aqueles que justificam e amparam a violência".
À violência do Franquismo, nenhuma palavra, nenhuma mea culpa, nenhum pedido formal de desculpas às vítimas, na verdade, a condenação das leis de memória, de abertura de arquivos, de respeito e reconhecimento às vítimas de Franco e de sua ditadura sanguinária.
"El movimiento por amnistía ha denunciado que las declaraciones de Ares "superan todos los límites de la hipocresía" y ha subrayado que "las palabras de este político-policía que ha tomado las riendas contra la solidaridad hacia los presos políticos vascos poco tienen que ver con las actuaciones que está impulsando".
--------------------------------Ainda sobre repressão e abusos contra o povo Basco, cabe acrescentar a cronologia e os fatos do desaparecimento de Jon Anza, ex-preso político que simplesmente "desapareceu" enquanto ia encontrar alguns membros da ETA, na fronteira do País Basco francês e Espanhol."Pretenden construir un espacio de impunidad en el que todo vale contra los presos y ex presos vascos, y el señor Ares es el principal responsable político de ello. Cuando el GAL mataba a ciudadanos vascos, los responsables del PSOE hacían las mismas declaraciones que hoy ha hecho Ares. Pero queremos dejarle claro que ni siquiera se va a acercar a sus objetivos", ha resaltado."
"18 de abril 2009Já são 3 meses sem Jon e Euskal Herria se pergunta: "Non da Jon? Onde está Jon?". De Rubalcaba, Ministro do Interior Espanhol, nenhuma resposta, só acusações de que tudo não passa de uma ação coordenada pela ETA para atacar o governo.
Desaparece Jon Anza.
15 de mayo 2009
La familia da a conocer la desaparición.
19 de mayo 2009
ETA hace público que Anza no acudió a la cita que tenía acordada con ella y responsabiliza a los gobiernos español y francés de la desaparición."
Jon, aliás, está em tratamento para não ficar cego, faz radioterapia. Jamais teria se escondido voluntariamente, sem dúvida é mais uma vítima da repressão Espanhola, num caso em que o governo não tem qualquer interesse em resolver.