terça-feira, 12 de maio de 2009

Carteira de estudante....

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Excelente!

É possível tentar enxergar o lado do Cinemark. O que não faltam é carteirinhas falsas no mercado. qualquer um pode ter uma conseguida facilmente e todo mundo deve conhecer alguém que tenha uma carteirinha falsa. É simples e fácil de fazer.

Mas, claro, o objetivo do Cinemark vai além. Exigir outro documento não é apenas uma maneira de evitar perdas mas também de dificultar a vida de quem está dentro da lei.

Eu não ando com qualquer documento da faculdade além de minha carteira da biblioteca da PUC e, por não ter data, não é aceita. Já tive problemas com o Cinemark por ter elvado uma fatura com alguns meses de idade, coisa de 3 ou 4 meses. Só depois de muita reclamação entrei pagando meia.

É um absurdo nos obrigar a andar com qualquer outro documento quando a Carteira de Estudante já é, em si, um documento com foto e com todos os dados que o cinema pode precisar.

O problema aí não é a Carteira e sim o governo que não tem a capacidade/vontade de controlar sua emissão e evitar a falsificação. Porque é tão difícil falsificar um passaporte? Porque existe investimento em tecnologia. Mas carteiras de estudante qualquer organização meia-boca hoje em dia faz.

Longe de defender o monopólio da UNE, mas a farra que existe não é sustentável.

Pela farra - e antes dela até - as empresas, como o Cinemark, cobram um preço abusivo por qualquer produto, mesmo nos casos de meia entrada! PAgar 18, 20 reais por um cinema é loucura, um disparate.

Se por um lado as empresas elevam seus preços por causa do excesso de carteiras e das falsificações, por outro apenas ajudam na proliferação destas exatamente por aqueles que tentam escapar dos abusos. É um círculo vicioso.

Talvez não seja a solução mas, seria interessante:

1. Um cadastro nacional de organizações que podem expedir a carteira;

2. um controle mais rígido sobre a numeração das mesmas;

3. Regras claras para a expedição e para se aceitarem novas organizações (Grêmios, DCE's e etc);

4. O fim do monopólio da UNE mas também o fim da farra indiscriminada;

5. Contato próximo com as Universidades, Colégios e afins para evitar falsificações, boletos falsos e etc;

6 Um investimento em tecnologia nas carteiras (marca d'água, chip, papel especial, etc);

7. Finalmente, um dos pontos mais importantes para que no fim o povo não seja o único prejudicado, uma completa e constante vigilância contra os preços abusivos e aumentos indiscriminados visando lesar o consumidor. 150 reais por um show é um absurdo, 20 reais por um cinema é uma vergonha, são abusos como estes que devem ser evitados.

Em tempo, já tive problemas tanto com o Cinemark quanto com o CineBombril, no Conj. Nacional, na Paulista. Por mais de uma vez minha namorada e eu não pudemos entrar no cinema por não termos, na hora, qualquer comprovante da faculdade. Só a bendita carteirinha.

É um flagrante desrespeito ao consumidor.

Justiça impede que Cinemark exija boleto bancário para meias-entradas

Uma medida liminar deferida pela 1ª Vara Empresarial da Capital, no Rio de Janeiro (RJ), impede que a rede de cinema Cinemark exija outros documentos --como boletos bancários, folhas de frequência e recibos de matrícula--, além da carteira estudantil, para efetuar a venda de meias-entradas. A medida é válida para todo o Brasil.

A decisão garante que as entradas sejam obtidas apenas com a apresentação da carteira estudantil, que é emitida pela instituição de ensino, com data de validade --fator que já atestaria a qualidade de estudante ao seu portador.

As investigações realizadas durante o inquérito civil constataram que, com essas solicitações, a rede de cinemas dificultava o direito do estudante de pagar a meia-entrada. O pedido de liminar foi feito pela 2ª Promotoria de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Capital.

A Cinemark ainda não havia se pronunciado em relação à decisão da Justiça até a publicação desta reportagem.

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