Forjando algo que jamais aconteceria - e o vídeo-resposta de Bil'in comprova - os soldados devolvem a bola e começam um "jogo" com Palestinos invisíveis (é assim que são "vistos" em Israel) com uma musica bonitinha e a afirmação de que querem só se divertir...
É vergonhoso que uma empresa israelense use como propaganda o Muro da Vergonha.
Évergonhoso e criminoso que uma empresa israelense perpetue a crença - difundida - de que os Palestinos "do lado de lá" são invisíveis, não importam, não são ninguém, ou, no caso da propaganda, só servem para "divertir" os Israelenses.
Quanto ao "divertir", vale um adendo, de fato os Palestinos servem para este fim, são bons alvos, são bons para perseguir e matar. Lastimável!
A propaganda cria uma imagem falsa, mentirosa, de que poderia sequer existir este tipo de "diversão", um simples joguinho de futebol entre palestinos invisíveis e bravos soldados israelenses. Qualquer coisa que caísse do lado Israelense seria respondido com bala, com bombas, como mostra o filme-resposta de Bil'in.
A propaganda ainda nos faz crer que o muro, em sí, não é um estorvo, não separa família, não destrói vidas, é uma mera barreira mas que pode ser cruzada num simples jogo de futebol para a diversão dos soldados israelenses que, de fato, cruzam a "fronteira" artificial apenas para se divertir ao massacrar Palestinos desarmados, mulheres e crianças.
O comunicado ao final deste post mostra, de fato, a verdade dos acontecimentos, invasão israelense de vilas e casas no meio da noite, violência, repressão, abusos e violência extrema. Esta é a verdade dos fatos, do genocídio quer acontece dia após dia na Palestina.
"Comercial com barreira na Cisjordânia gera polêmica em Israel
Empresa israelense mostra soldados jogando futebol com 'palestinos', irritando ativistas.
De Tel Aviv para a BBC Brasil - Um comercial de TV da maior empresa israelense de telefonia celular, a Cellcom, está provocando polêmica no país por utilizar como cenário o muro construído por Israel na Cisjordânia.
No filme, no ar há duas semanas, um grupo de soldados é surpreendido por uma bola de futebol vinda do outro lado do muro (o lado palestino), e um deles a devolve com um chute.
A bola volta para os soldados, criando um jogo entre os palestinos "invisíveis" e os soldados. No fundo, uma música diz "afinal, só o que queremos é nos divertir".
Em resposta, palestinos e israelenses contrários à construção do muro filmaram um protesto de palestinos, na última sexta-feira, na aldeia de Bil'in, na Cisjordânia, na qual soldados israelenses atiraram bombas de gás lacrimogênio nos manifestantes que haviam jogado uma bola de futebol para eles.
O vídeo da Cellcom:
O video-resposta de Bil'in:
Realidade
"Queríamos mostrar a todos como os soldados realmente se comportam, e o que realmente acontece perto da cerca de separação", disse o manifestante palestino Abdallah.
O ativista israelense Hagai Matar disse ao site de notícias Ynet que o vídeo dos manifestantes "é uma resposta criativa à propaganda da Cellcom".
Matar afirmou que o clima de violência perto da barreira "é muito diferente do clima sorridente" que aparece no comercial.
O deputado Ahmed Tibi, do partido árabe Raam-Taal, acusou a Cellcom de "cinismo e falta de sensibilidade ao sofrimento que o muro causa para os palestinos".
"O muro separa famílias, crianças de suas escolas, doentes de hospitais, mas na propaganda é como se fosse um muro inofensivo em um jardim de Tel Aviv", disse o deputado, que exigiu que a empresa retirasse a propaganda do ar.
A Cellcom respondeu que "a campanha não tem o objetivo de ofender ninguém nem de defender qualquer posição política".
"A mensagem da campanha é que quando pessoas de qualquer religião, raça ou gênero querem se comunicar, elas podem fazê-lo em qualquer situação", declarou a empresa.
Mortes
Pelo menos 20 manifestantes palestinos já foram mortos pelas tropas israelenses em protestos contra a construção da barreira israelense na Cisjordânia.
A construção do projeto, que começou em 2002, envolve quase 700 km de muros de concreto e cercas, que passam dentro do território palestino.
De acordo com as autoridades israelenses, o objetivo da barreira é impedir que militantes palestinos entrem e cometam atentados no território israelense.
Já a liderança palestina argumenta que o principal objetivo da barreira é anexar terras dos palestinos a Israel. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC."
Demonstration against the raids and arrests of people in the middle of the night in Bilin
Thursday 23\7\2009
Over 100 hundred Palestinian, Israelis and internationals marched tonight in the streets of Bilin towards the wall, calling the soldiers, only some hundred meters away to stop the raids on the village, the arrests of teenagers in the middle of the night, the wall and the occupation. Marching with flash lights and Palestinian flags in their hands, some of the demonstrators reached a hill not far from the village and facing the soldiers continued calling the soldiers to go home. Inspired by the lights some lit camp fires on the slope of the hill and lit fireworks. The soldiers responded this time only with light bombs that lit the area, showing this special gathering of supporters of Bilin in the Middle of the night, but almost putting the olive trees on fire. If it was not so sad it could have been a beautiful night, but the feeling was clear that any moment the soldiers can shoot tear gas or rubber bulits and people can get killed as some times happens.
This action was initiated by the popular committee against the wall in Bilin, and joined by Israeli and international peace activists after the Israeli army arrested in the past month 17 people, most of them teenagers. In this action, the demonstrators asked the soldiers to stop the nightly raids on the village and the arrests. The people of Bilin have the right to continue the non-violent struggle against the construction of the wall on lands that were confiscated from the village in order to build a settlement on them. The organizers printed a leaflet and left it near the wall for the soldiers to find in the morning.
The leaflet said: “We, the people of Bilin, know that you have practiced a lot all sorts of oppression against us and against our rights. In your eyes we are all wanted only because we choose to struggle for our rights for freedom and dignity. You must realize that we are not afraid of you. On the contrary, we are convinced more than ever that we are doing the right thing. For several weeks now, you have let none of us sleep. Even if you knocked gently on our doors, both you and us know that you are harassing unarmed children and their families. Intimidating children and sick people constitutes as collective punishment on civilian population. These kind of actions have a name: terror. Why do you hide your faces? You are not in some important battle, as your commanders lie to you. Everybody knows your actions are criminal, there is no need to cover your faces. Get rid of the masks, in any way you can not hide the truth – the truth, that by raiding the village and depriving sleep from the entire village throughout weeks, you are acting as terrorists.”
For more information, please contact:
Abdullah Abu Rahama- the popular committee against the wall coordinator\ Bil’in
0547258210 أو 0599107069
e-mail – lumalayan@yahoo.
www.bilin-village. org