Blog de comentários sobre política, relações internacionais, direitos humanos, nacionalismo basco e divagações em geral... Nome descaradamente baseado no The Angry Arab
sábado, 11 de julho de 2009
Cuidado com o ANEL
Trata-se, enfim, de uma organização - mais uma - (a)fundada pelo PSTU. Não bastou a Conlute, que não serviu para nada, se limitou a brigar com a UNE e perder feio a briga.
Longe de mim defender a UNE, afinal, fui de Recife ao Rio fundar a Conlute, 2 dias de viagem, me a muito conhaque Presidente (e piadinhas contra Lula) e cachaça Recordações (permitam-me a piada infame mas depoisde uns goles você não consegue se lembrar de nada, juro), e c^^anticos pseudo-revolucionários.
Estava eu, então, militando no PSTU depois de romper com o PT (como se alguém do dito partido tivesse dado qualquer importância) e fui animado ao Rio ajudar na fndação de uma organização que eu acreditava ser uma boa alternativa à UNE.
Não durou muito o deslumbraento.
Dezenas, quiçá centenas de militantes, todos do PSTU. Minto, meia dúzia da LER, LBI e outros grupos de grande alcance nacional (cof, cof). E o "meia dúzia" não é preciosismo ou ironia, nenhum desses grupos tem realmente mais do que isso, relevância zero. Aliás, ouvi falar que a LBI, a glorosa Liga Bolchevique Internacionalista - difícil não engasgar com o pomposo nome do grupo que conta com não mais que 30 militantes - rachou, foi fundado a mais ainda relevante LBI-R. Não sei se só piada de militantes invejosos ou real, bem, não importa muito.
Voltando ao ANEL do PSTU (infame, eu sei), está fadada ao fracasso.
Eu sou o primeiro a denunciar a UNE. Organismo controlado com mão de ferro pelo PCdoB e sua assustadora juventude, a UJS, que de Socialista só tem o nome, e que sempre consegue eleger o numero suficiente de delegados devidamente fraudados para colocar gente tao capacitada e militante quanto a atual presidente da UNE, que me recuso a pronunciar o nome, devido ao grau de patricinhisse da mesma. É uma vergonha à historia da UNE.
Perdendo mais alguns minutoscom a UNE, fica claro que o PCdoB chegou ao fundo do poço. A relevância atual da UNE se mede pela sua presidência e, convenhamos, a atual patricinha no poder é um chute na cara dos que bravamente lutaram contra a ditadura e fizeram da UNE o que ela foi um dia.
O PCdoB frauda todas as eleições. Fato. Ponto pacífico, não há discussão e eu mesmo evitei fraudes na minha antiga faculdade, a FIR de Recife quando os meganhas da UJS vieram do interior de PE para roubar nossas urnas.
Mas estou divagando. Voltemos ao PSTU.
Quem conhece o partido por dentro sabe que é formado por pessoas que, ou concordam piamente com o que a direção eterna manda, ou racham e formam LER's da vida. E a maioria cncorda cegamente, sem cr+itica e realmente acreditam que vão fazer a grande revoluão no pais. Uma análise desta mentalidade nos leva a compreender um pouco mais o porque da ANEL, Conlute e etc.
O PSTU não aceita opiniões contrárias, não aceita uma organização que não comande e, por isso, se isola, fica só e acaba por afundar toda organização que impõe. Tudo bem, a UNE esta saturada, já deu, mas existem maneiras e maneiras de se montar uma oposição ativa e com penetração.
Enfim, a ANEL nasceu morta. Conlute foi uma boa aventura, mas não fez absolutamente nada. O racha na UNE só servu para fortalecer ainda mais a posição do PCdoB, sempre em aiança com a Direita do PT e comas corjas do PPS, PMDB e fascistoides de sempre.
Uma lástima.
Perdoem os erros de digitação, estou usando um PC q não e meu, um maldito notebok com teclado diferente e estranho! Amanhã corrijo o que der e aumento este texto!
5 comentários:
- Hugo Albuquerque disse...
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Raphael,
Qualquer um que tenha visto como foi a votação para o último CONUNE lá na PUC não pode levar o PC do B a sério. Essa ANEL, por sua vez, é uma organização bisonha.
O movimento estudantil está perdido numa maré de burrice, desonestidade e sectarismo, isso é fato. Por outro lado, nunca antes se viu as grandes universidades de São Paulo dominadas por grupos políticos tão corruptos e ineptos - não vou me alongar pelo país porque não poderia dizer com precisão. Ambos, no entanto, confluem no amor à burocracia e no uso do termo "democracia" como um mero acessório retórico.
Para além do fascio cosmopolita imaginado pelos reitores tucanófilos, há também uma espécie de União Soviética fake que é imaginada pelos nossos companheiros de luta. São dois modelos intoleráveis e fadados ao fracasso.
Quanto a questão da direita não há como, respeito, debato, mas discordo e me oponho. Sobre a esquerda a qual pertencemos, acho que podemos fazer algumas coisas: E hora de fazer uma crítica qualificada dessa escurumalha oportunista e, sobretudo, criarmos coisas novas. - 12 de julho de 2009 às 16:20
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Sobre PSTU, LER, militância, alternativas e posições.
Caro Tsavkko, texto bem vindo, boa oportunidade!, saber tão logo de suas “andanças” militânticas, posicionamentos, etc.
Pareceria até uma provocação, se não fosse realmente, uma luva, para que eu viesse “colaborar”.
Vamos então:
1) Estranhei, e achei algo que “rápido” seu modo (ou jeito) de militar em partidos.
Você militava no PT, foi e militava no PSTU, e só quando (demorou isso?) viajou p/ congresso de
Daí “o deslumbramento acabou”.Enfim, pelo menos acabou, mesmo que seja do deslumbramento.
Pelo que você falou, saiu do PSTU entre a descida do busão e a entrada no tal congresso.
“Dezenas, quiçá centenas de militantes, todos do PSTU [aqui já não era mais militante?]. Minto, meia dúzia da LER, LBI e outros grupos de grande alcance nacional (cof, cof).”
Termina sua conclusão/ explicação do momento da saída do PSTU, ainda deixando uma rebarba sobre “meia dúzia”, que não era do PSTU, mas que tanto faz, pois “LER, LBI e outros grupos de grande alcance nacional (cof, cof).”
Quem liga, ninguém conhece eles não é mesmo? O tamanho diz muito e é fundamental (?) A relevância de qualquer grupo, partido, movimento social ou popular, vertente política, ou até uma pessoa com determinada idéia ou postura, o tamanho ou número de seus seguidores, ou integrantes, militantes, etc, não creio ser um bom classificador, de mérito ou descrédito, por si só.
Continua... - 12 de julho de 2009 às 16:46
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Continuando...
Ainda mais de esquerda (ou “ultra-esquerda”?) trotskista, que nunca teve muito “grande” tamanho (“sucesso”) no Brasil, e na América Latina (em certas épocas e momentos alguns grupos e partidos trotskistas tiveram “maior” expressão na luta de classes, etc), mas tudo depende também, é claro, do que consideramos “expressão” ou influência. Tamanho e “expressão” são pontos e objetivos a serem alcançados, sempre, mas...
O PT com certeza foi o maior em expressão e importância (sinto até nojo de dizer, mas é da história dele que falo) numa perspectiva que não fosse a “comunista” com selo oficial do estalinismo e todos os seus estragos, traições, não só na URSS, mas no mundo, e aqui (PCs), claro, sempre “jogando” a classe trabalhadora a seguir o governo de plantão ou candidato, que fosse mais “progressista”, mais do povo, mais de “esquerda” (sim, PC e outros partidos de “esquerda” fizeram muito isso, e não só isso), pois o capitalismo teria que amadurecer (segundo a linha e teoria etapista de revolução “estalina/Pradiana”), e por isso ainda não era hora de preparar, ou conscientizar a classe trabalhadora para sua emancipação, ou “revolução” socialista, mas ainda de apoiar a burguesia nacional, contra o Imperialismo e a elite.
Nesses casos a teoria mostra-se mais que um escudo dos burocratas, é o pão e a máscara das traições.
Seria melhor definir e fazer melhores críticas, caracterizações, dos grupos onde militou, e suas expectativas, idéias, teorias, linha política e de atuação neles, e sua postura também, parece até que você “era apenas uma rapaz latino-americano” sem muitoembora tenha revelado brechas “comportamentais” nos poucos relatos que fez no texto já, haha).
Pergunta indiscreta: Quando militava no PT ou antes, já tinha um “posicionamento” socialista (se sim, qual delas, mestres, etc), linha teórica marxista que seja, é trabalhador, ou só apoiava a luta da classe trabalhadora, ou entrou no PT sem nada disso, foi lá pra lutar, no movimento estudantil, fazer, conhecer, o “melhor” caminho, da luta real, claro?
2) Quanto a sua posição em relação à UNE. Não se faz necessário à mim (sic), mas pode esclarecer alguém que pense ou o acuse de ser ainda petista (ou pró-UNE). Melhor prevenir!
Correto seus relatos sobre UNE e PC do B.
3) Mas seria legal se desse sua opinião, mesmo que resumidas, vi que pode, sobre quais a(s) saída(s) para o problema da UNE, ou melhor, do movimento estudantil. Para além, inclusive, da questão UNE, sai ou fica, etc.
“Existem maneiras e maneiras de se montar uma oposição ativa e com penetração”.
Também tenho interesse nisso, embora eu não esteja no ME diretamente (já to quase saindo da facu), mais no sindical/ trabalho, mas corro dar uma força para os camaradas do ME e vice-versa.
Continua... - 12 de julho de 2009 às 16:55
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Continuando...(ultima parte)
4) Concordo com alguns se seus apontamentos, embora rápidos, sobre o PSTU.
Que eles não gostam de ser minoria onde atuam (até aí, ninguém gosta, ser maioria é mais “gostoso”). Exatamente como acontecia no PT, com suas diversas correntes internas, as mais de esquerda, entre elas a CS (Conv. Soc.), os militanes enfrentavam todo tipo de trator e golpes do grupão majoritário (Articulação, etc), falta mais balanço (de todos nós) sobre este período, desde construção, formação até deterioração do PT, pois é muito importante como aprendizado e lições (e no mínimo, que já seria o “máximo”) para não repetirmos as cagadas, os vacilos, as práticas e desvios burocráticos, erros, etc. Vê que não é pouca coisa a história.
Sim, combato e luto também contra as hegemonias, como na Conlutas, onde o PSTU (ex-CS), “depois de anos como minoria na CUT”, agora é maioria (nem tanto assim mas é) e faz coisas extremamente parecidas, lembrando os “tratores” anteriores. Nós que somos “a minoria” é que temos que criticar e lutar contra isso mesmo, e contra os desvios, vacilos, conciliações, esquemas e “frentes” eleitoreiras, etc, etc.
5) Sobrou até para LBI.
Mas você não disse o “erro”, ou erros, da LBI (também), apenas disse que “o grupo que conta com não mais do que 30 integrantes – rachou”, “mas não importa muito”. E quem milita em grupo menor ainda, ou sozinho? Esse você não olha nem na cara, ou conversaria pelo menos?
Veja que caracterizações devem ir além do tamanho (os bolcheviques, os “originais”, com Lênin e tudo, em certos momentos não passavam de “meia dúzia” também, e veja o que aconteceu logo depois).
Também me espanta (hoje menos) as eternas brigas e rachas dos grupos de esquerda, partidos, movimentos, etc. Mas temos que estudá-los, nem sempre é sinal de erro, pelo contrário até, muitas vezes dos rachas é que se avança e constroem alternativas bem melhores e firmes.
6) Sobre a Conlute, ANEL, enfim, sobre o “seu” assunto principal no texto.
No ME sei que PSTU também atua da mesma forma, quase “igual” ao sindical, e gosta e quer comandar onde estiver (CA, DCE, Conlute e ANEL) e isso arrebenta com o negócio antes mesmo de dar “frutos”.
Tenho diversos colegas do PSTU, da escola, ME, do mov. sindical, e bato e provoco direto sobre estas “mancadas” feias do partido, etc. As discussões e batalhas são muito boas, mas dentro e no lugar mais apropriado, junto dos trabalhadores, na disputa, nas lutas, na hora das propostas, encaminhamentos, etc, bem melhor.
Por hora já chega, já enchi (sic) e ocupei mais espaço que seu texto e blog todo.
Contando com sua compreensão e respostas (suas posições, “crenças”, se, onde, como atua, etc).
Um abraço e até.
Em tempo: depois mando minha Ficha, para saber melhor minhas posiçoes, criticas, etc. - 12 de julho de 2009 às 16:59
- Raphael Tsavkko Garcia disse...
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Hugo, não poderia concordar mais! ALiá, sairá em breve um post da minha discussão com o Cícero e alguns apontamentos, acho que nos joga um pouco mais de luz quanto às discussões da esuqerda!=)
- 13 de julho de 2009 às 13:06