sábado, 13 de novembro de 2010

ETA e o Ideal Nacionalista/Aranista - Coluna Semanal no Diário Liberdade

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Décima-quarta coluna para o portal anticapitalista Diário Liberdade, "Defenderei a casa do meu pai".
A ETA passou por cima dos ideais racistas, rurais e religiosos de Arana (Lessa e Suppo, 2003) e se apegou aos conceitos de independência mítica e da necessidade de se preservar a cultura basca e de se lutar por isto (Llera, 1992).

Inicialmente, consideravam que um Basco deveria apenas conhecer o Euskera e, hoje, vemos que alguns membros do grupo sequer haviam nascido no País Basco (Kurlansky, 1999). Um dos fundadores da ETA, Txillardegi, era de família madrilenha, por exemplo.

Os fundadores da ETA eram, em sua maioria, membros da juventude do PNV. Logo se desapontaram pelo caráter burguês do partido e tiveram a clara impressão de que seus membros apenas esperavam o regime franquista terminar, sem tomar ações efetivas contra o regime (Kurlansky, 1999, Villalón, 2000).

As primeiras ações armadas da ETA aparecem exatamente no momento de adoção dos ideais marxistas que, por princípio, consideram legítimo o uso da força na luta contra a opressão e contra a subjugação da classe trabalhadora (Marx e Engels, 2000).

Enquanto o PNV era próximo das burguesias industriais e dos latifundiários, a ETA buscou nos trabalhadores sua base e, desta forma, viu o processo de adoção dos ideais marxistas como um imperativo, quase como algo natural.
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Artigo COMPLETO no Diário Liberdade.

"Nire aitaren etxea
defendituko dut"
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"Defenderei
a casa de meu pai"

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