Chapa 3 vence em processo
eleitoral do DCE / UFRGS legitimado por grande votação
Alexandre Haubrich, do Jornalismo B
Quase 20% dos estudantes da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul votaram, apesar de diversas tentativas de golpe por parte da
situação, e legitimaram as eleições para o Diretório Central de Estudantes da
UFRGS. Com dois mil e trezentos votos, a Chapa 3 – Oposição Unificada foi a
grande vencedora. A situação, representada pela Chapa 1, ficou em segundo
lugar, com 1300 votos, e a Chapa 2 teve 850 votos.
O último dia de votações não teve os problemas de agressão
de segunda-feira, mas começou com nova tentativa de destruir o processo
eleitoral democrático. Email recebido por esse repórter às 4h20min da
madrugada, enviado pela lista da Comissão Eleitoral – ou seja, para todos os
alunos – dizia que a eleição estava suspensa por decisão da Comissão Eleitoral.
O email afirmava que o motivo era a perda de controle da
Comissão sobre o processo, por atitudes da Reitoria, da Secretaria de
Assistência Estudantil e da Chapa 3, que teria agredido o presidente e o
tesoureiro da Comissão Eleitoral, Adrio de Oliveira Dias e Cleber Machado.
Vídeos das ocasiões não mostram essas agressões, mas Cleber Machado aparece
rasgando atas de votação da Faculdade de Educação.
O email foi enviado também aos Diretores de Unidade onde
estavam ocorrendo as votações, solicitando o fechamento das urnas. Adrio e
Leonardo Pereira, que assinam o email, porém, não foram atendidos. Eles já não
eram mais reconhecidos como integrantes da Comissão Eleitoral por ela própria,
pelos estudantes e pelos Diretores, por terem se manifestado publicamente a
favor de uma das chapas (1) ou contrariamente a outra (3). Kátia Azambuja
assumiu, então, como presidente da Comissão Eleitoral, e deu prosseguimento normal
ao processo.
Rodolfo Mohr, integrante da Chapa 3, comemora: “Foi a grande
vitória da democracia, daqueles que ousam lutar pra mudar nossa universidade,
nosso mundo. Foi uma vitória contra os filhos da pior direita do RS, que não têm apego às liberdades democráticas,
à garantia mínima de respeitar o direito de seus colegas, do povo. Foi a mostra
de que a UFRGS não tolera a turma da Yeda, não tolera esse tipo de prática, uma
verdadeira vitória da esquerda, dos estudantes.”