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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Casa ou quartel? Reitoria da UFRGS tenta empurrar goela abaixo regimento que retira direitos dos moradores

Por Alexandre Haubrich, jornalista e editor do Jornalismo B

Os resíduos bolsonarianos chegaram a Casa do Estudante Universitário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CEU-UFRGS). Em silêncio, sem ampla divulgação na comunidade acadêmica, a Reitoria da UFRGS caminha para impor um novo regimento na CEU. “Casa” é um conceito que parece um tanto controverso no tal regimento. Ou você, leitor, não pode andar sem camisa dentro de sua casa? E consumir bebidas alcoólicas em casa, você pode? Mesmo que o local onde você mora seja alugado? “Que escândalo!”, urrariam os redatores do novo regimento.

Pois é, os estudantes maiores de idade que moram na Casa do Estudante da UFRGS podem ser impedidos de circular sem camisa ou beber nas dependências. Um moralismo antiquado que chega a ditatorial quando consideramos que nada disso foi – nem a Reitoria tenciona que seja – debatido com os moradores. Se o atual regimento nem existe legalmente – há anos a CEU é organizada através de regras regimentais não formalizadas – a proposta de mudança que a Reitoria tenta emplacar retira direitos até de participação dos estudantes na gestão da Casa. Segundo o blog Megafonadores,

Este novo regimento, além de ter sido elaborado sem a participação dos estudantes, é um retrocesso no que tange a gestão da casa. Se aprovado, a CEU não possuirá um conselho gestor com participação dos moradores. Tirando o direito dos alunos de, de forma representativa, deliberarem sobre questões de sua própria moradia.

Os moradores reclamam também de expulsões arbitrárias e de vigilância excessiva, que, para eles, configura a tentativa de “implementação de uma política de controle e repressão sobre os estudantes que necessitam de políticas de promoção social e não da criminalização e exclusão”. Outra questão prejudicial aos moradores se refere às novas regras para a permanência na Casa após a graduação. Hoje, é permitido que os formados continuem ali por até seis meses, prazo que pode ser reduzido para 60 dias. A política de estímulo à permanência na universidade, defendida pela Reitoria, também seria esvaziada, com o fim da permissão para alunos de pós-graduação morarem na CEU.

Localizada na avenida João Pessoa, uma das principais vias de Porto Alegre, a Casa do Estudante da UFRGS é, atualmente, o lar doce lar de 400 estudantes. Mas a doçura pouco tem a ver com a estrutura oferecida pela universidade. A quantidade de pias e fogões não supre a demanda, há infiltrações no oitavo andar e a segurança contra incêndios é criticada pelos moradores. Além disso, o segundo andar, antes ocupado por moradias, foi transformado em espaço da administração, para departamentos que antes ficavam no prédio da Secretaria de Assistência Estudantil. Essa medida, obviamente, reduz a quantidade de vagas oferecidas para moradia.

Esses e outros problemas estruturais, somados à tentativa de retirada de direitos e de imposição antidemocrática de um novo regimento, levaram os estudantes ao Campus Central da universidade, para protestar e propor um regimento alternativo. Ainda segundo o Megafonadores, “o Secretário de Assistência Estudantil, Edilson Nabarro, resolveu sair para conversar com os estudantes. Recebeu as reivindicações, mas não se comprometeu com nada. Disse não estar impondo esse novo regimento, mas também não quis saber do regimento elaborado e proposto pelos moradores da casa”.

O regimento informalmente em vigor pode ser lido AQUI.

A “proposta” da Reitoria pode ser lida AQUI.

A contra-proposta dos estudantes / moradores pode ser lida AQUI.

Mais informações no blog da CEU.
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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Vitória da Esquerda no DCE da UFRGS

Chapa 3 vence em processo eleitoral do DCE / UFRGS legitimado por grande votação
Alexandre Haubrich, do Jornalismo B

Quase 20% dos estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul votaram, apesar de diversas tentativas de golpe por parte da situação, e legitimaram as eleições para o Diretório Central de Estudantes da UFRGS. Com dois mil e trezentos votos, a Chapa 3 – Oposição Unificada foi a grande vencedora. A situação, representada pela Chapa 1, ficou em segundo lugar, com 1300 votos, e a Chapa 2 teve 850 votos.

O último dia de votações não teve os problemas de agressão de segunda-feira, mas começou com nova tentativa de destruir o processo eleitoral democrático. Email recebido por esse repórter às 4h20min da madrugada, enviado pela lista da Comissão Eleitoral – ou seja, para todos os alunos – dizia que a eleição estava suspensa por decisão da Comissão Eleitoral.

O email afirmava que o motivo era a perda de controle da Comissão sobre o processo, por atitudes da Reitoria, da Secretaria de Assistência Estudantil e da Chapa 3, que teria agredido o presidente e o tesoureiro da Comissão Eleitoral, Adrio de Oliveira Dias e Cleber Machado. Vídeos das ocasiões não mostram essas agressões, mas Cleber Machado aparece rasgando atas de votação da Faculdade de Educação.

O email foi enviado também aos Diretores de Unidade onde estavam ocorrendo as votações, solicitando o fechamento das urnas. Adrio e Leonardo Pereira, que assinam o email, porém, não foram atendidos. Eles já não eram mais reconhecidos como integrantes da Comissão Eleitoral por ela própria, pelos estudantes e pelos Diretores, por terem se manifestado publicamente a favor de uma das chapas (1) ou contrariamente a outra (3). Kátia Azambuja assumiu, então, como presidente da Comissão Eleitoral, e deu prosseguimento normal ao processo.

Rodolfo Mohr, integrante da Chapa 3, comemora: “Foi a grande vitória da democracia, daqueles que ousam lutar pra mudar nossa universidade, nosso mundo. Foi uma vitória contra os filhos da pior direita do RS,  que não têm apego às liberdades democráticas, à garantia mínima de respeitar o direito de seus colegas, do povo. Foi a mostra de que a UFRGS não tolera a turma da Yeda, não tolera esse tipo de prática, uma verdadeira vitória da esquerda, dos estudantes.”
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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O Movimento Estudantil Brasileiro através da leitura das Eleições para DCE da UFRGS

Atas Rasgadas
Segue trechos da entrevista com o estudante de jornalismo Rodolfo Mohr, candidato à suplente de coordenação pela Chapa 3 e acusado de agressão pelo presidente da Comissão Eleitoral, Adrio de Oliveira Dias, vídeo comprovando a fraude no DCE e fotos. Por Alexandre Haubrich, editor do blog Jornalismo B:


O que exatamente aconteceu na manifestação de sexta-feira?
Nós entramos na SAE, com a mobilização, cantando palavras de ordem, com as nossas faixas. Solicitamos a presença do secretário Edilson Navarro para poder entregar nosso documento. Antes de o Edilson chegar, o Ádrio sai da sala reservada do secretário, passa pela mobilização, sendo que ele era citado no documento como um dos responsáveis por não viabilizar as urnas eletrônicas. Ele não gostou, se sentiu ofendido, e passou a ofender de maneira desproporcional os membros da nossa chapa, nos difamando, nos caluniando, nos ameaçando. Nós imediatamente nos afastamos dele, porque tínhamos uma orientação clara de não aceitar provocações, justamente para evitar qualquer tipo de factóide que pudesse promover retaliações à nossa chapa.
Momentos antes do roubo de atas
Quais as providências que a Chapa 3 pretende tomar?
O Adrio manifestou publicamente contrariedade à nossa chapa, o que é vedado pelo artigo 40 do Estatuto do DCE, que diz claramente que é vedada manifestação a favor ou contrária a alguma das chapas por membro da Comissão Eleitoral. Feriu o Estatuto do DCE, e feriu o ambiente democrático. Ao provocar nossa chapa e, pior, ter ido depois a uma delegacia, forjado uma agressão, mentido escancaradamente que teria sido agredido por um membro da Chapa 3, criou um ambiente onde ele já está totalmente comprometido, parcializado, contra uma das chapas, não tendo mais legitimidade para ser presidente da Comissão Eleitoral. Por isso nós protocolamos junto à Comissão Eleitoral o afastamento do Adrio de suas funções para que ele não atrapalhe o funcionamento do pleito. Achamos de baixo nível a tentativa de judicializar as eleições do DCE.

E com relação à possibilidade de impugnação da candidatura?
Não fomos notificados oficialmente, nem por email, nem por escrito, nem verbalmente por qualquer membro da Comissão Eleitoral. Vários veículos de comunicação estão repercutindo informações distribuídas pelo próprio Adrio e pela Claudia Thompson, vice-presidente do DCE, dizendo que eu, Rodolfo Mohr, candidato a suplente de coordenação pela nossa chapa, o Gabriel Zatt, estudante de pedagogia, nosso candidato a primeiro tesoureiro, e a Jéssica Nucci, da Geografia, candidata à coordenação geral, estamos impugnados da chapa. Esse é um fato que nos veio pela imprensa, e ao qual nós respondemos que não recebemos notificação formal e que, assim que chegar a nossa chapa, vamos recorrer junto à Comissão Eleitoral e a Justiça. Queremos, em última instância, garantir uma grande votação, chamar os colegas a votar massivamente na Chapa 3, para mostrar que nenhuma eleição na UFRGS vai ser decidida no tapetão, com sabotagem da Comissão Eleitoral a uma das chapas. Nós achamos que a eleição deve acontecer em ambiente livre, democrático.


Em um dos debates entre as chapas, foi denunciado que estudantes do DCE da PUCRS estariam presentes em volta das urnas para intimidar os votantes. Existe preocupação com a segurança no dia da votação?
Já sofri algumas ameaças, já fui cercado e hostilizado por integrantes da Chapa 1, colando cartazes da Chapa 1, com camisetas da Chapa 1. Não dei vazão judicial, apenas notifiquei a coordenação de segurança da UFRGS. São estudantes que não tem vinculação com a universidade, foram orientados a provocar membros da nossa chapa, a arrancar cartazes da Chapa 3. Esse é um temor real. Sabemos que o DCE da PUCRS já entrou na UFRGS em 2008 para ajudar a chapa da qual a atual gestão e candidata como Chapa 1 era parte. Naquele momento houve uma grande mobilização de Centros Acadêmicos, da Comissão Eleitoral e das chapas, eles foram repelidos, rechaçados. Porém, desde que a atual gestão assumiu, em dezembro de 2009, é freqüente a presença, nos ambientes do movimento estudantil da UFRGS, de membros do DCE da PUCRS. Isso assusta porque sabemos que eles têm um histórico bastante pesado. Nós já tomamos as medidas cabíveis junto à coordenação de segurança da Universidade, e temos a orientação de solicitar, e isso está no regimento eleitoral, o nome do estudante, o curso e o número do cartão da UFRGS. Tirando os observadores oficiais e a imprensa, que nós queremos que estejam presentes para fiscalizar o processo, não vamos aceitar que estejam presentes pessoas estranhas ao processo, que se identifiquem com uma das chapas  para intimidar e hostilizar outras.

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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Eleições para DCE da UFRGS ameaçadas por gestão atual e comentários sobre Democracia Universitária

No espírito do #eblog e da fraternidade entre blogueiros, publico este interessante e importante artigo de Alex Haubrich, editor do blog Jornalismo B, sobre as eleições para o DCE da UFRGS.

O que se vê no texto não difere muito de outras eleições de DA's, CA's e DCE's pelo país, onde estudantes com interesses nem sempre de garantir a democracia na universidade/faculdade usam e abusam das piores táticas possíveis, emulando, no ambiente universitário, aquilo que há de pior na política nacional.

Corrupção, fraudes, ameaças, intimidação, compra de votos, coleguismo, clientelismo, são todas práticas comuns às eleições universitárias, onde chapas e grupos se degladiam, buscando vencer sem, porém, se preocupar em convencer e em efetivamente realizar uma getão minimamente transparente, democrática e, acima de tudo, respeitando os interesses dos estudantes que os elegeram.

Mudem nomes e local, histórias semelhantes estão por toda parte. E, sejamos honestos, episódios semelhantes independem de posição ideológica dos envolvidos. Os métodos da UJS muitas vezes não diferem das do PSDB/DEM, assim como por vezes o ódio entre a esquerda é tão grande quanto o ódio à direita, o que acaba por resultar em eleições aberrantes onde a direita se une em uma chapa e a esquerda se divide em 5 ou 6.

Tudo isto ainda contribui para o cenário de total apatia e desinteresse por parte dos alunos que, se já apáticos e desinteressados, tornam-se ainda mais avessos à um processo eleitoral longe de limpo e honesto.

Da mesma forma que grupos integristas ou de extrema-direita nem de longe representam os anseios dos estudantes, ou mesmo membros de partidos conhecidos por mandar a polícia invadir campus universitários, grupos viajantes que pregam a revolução através da mobilização de meia dúzia de estudantes soam igualmente ridículos.

Em ambos os casos, perdem os estudantes.
Eleições para DCE da UFRGS ameaçadas por gestão atual
Chapa da situação ameaça processo eleitoral com seguidas tentativas de impugnação e
Alexandre Haubrich, editor do blog Jornalismo B

Se a campanha presidencial de 2010 foi marcada pela baixaria e por polêmicas, a eleição para o Diretório Central dos Estudantes de uma das maiores universidades do sul do país vai no mesmo caminho. Depois de sofrer sucessivas denúncias de corrupção, ameaçar impugnar a candidatura da principal chapa de oposição, a Chapa 3 – UFRGS Pública e Popular, a gestão atual do DCE da Universidade Federal do Rio Grande do Sul tenta agora impugnar o próprio pleito. As eleições começaram nesta segunda-feira, com votações nos dias 22, 23 e 24.

Circulou na imprensa local a informação de que, em uma reunião na noite da última sexta-feira, a Comissão Eleitoral teria aprovado a impugnação da Chapa 3, pois alguns de seus membros teriam agredido o presidente da Comissão, Adrio de Oliveria Dias, durante manifestação na manhã de sexta.

Adrio afirma que foi agredido por integrantes da Chapa 3 com socos e pontapés, tendo registrado, inclusive, Boletim de Ocorrência. Porém, os vídeos da manifestação mostram a saída do estudante com grande tensão, mas sem agressões. O estudante de jornalismo e integrante da Chapa 3, Rodolfo Mohr, um dos acusados de agredir Adrio, garante que o presidente da Comissão não foi agredido, apesar de ter passado hostilizando os manifestantes.

Mais tarde, confirmou-se que a impugnação na verdade não chegou a oficializar-se. Porém, a imprensa local já havia divulgado amplamente a “notícia”, contribuindo para causar confusão entre os estudantes aptos a votar.

Votação começa com confusões, agressões e novas ameaças

O primeiro dia de votação foi tenso. Qualquer pessoa estranha nos entornos das urnas causava expectativa. Mesmo assim, uma grande quantidade de estudantes já compareceu às urnas. Para votar, é preciso apenas o cartão da UFRGS e a senha correspondente.

Dois episódios, porém, tentaram macular o ambiente democrático buscado por três das chapas, a 2, a 3 e a 4. Ligados à Chapa 1, os ex integrantes da Comissão Eleitoral Adrio de Oliveria Dias, Claudia Thompson e Leonardo Pereira teriam ido ao Ministério Público tentar impugnar a eleição. Nenhuma notificação foi recebida por qualquer das chapas concorrentes.

Na urna em frente à Faculdade de Educação (FACED), outro problema. Segundo Nina Becker, estudante de Ciências Sociais e apoiadora da Chapa 3, uma integrante desta mesma chapa foi agredida com um soco por Cleber A. G. Machado, integrante da Comissão Eleitoral indicado pelo Diretório Acadêmico da Computação, ligado à situação. Além disso, ainda de acordo com Nina Becker, Cleber teria quebrado um vidro e rasgado as atas de votação, antes de sair do local preso pela segurança da UFRGS.

Formação da Comissão Eleitoral cercada de manobras

No dia 16 de setembro, os Centros Acadêmicos, responsáveis por garantir as eleições, formaram uma Comissão Eleitoral, que lançou um edital. Duas semanas depois, o DCE chamou nova reunião, na qual a proposta era retificar o calendário acertado no dia 16. Com a presença de 26 CA’s, o DCE se retirou da reunião, para, uma semana mais tarde, lançar um novo edital. Esse edital trazia novas regras, que subiriam os custos da campanha e dificultariam a inscrição de chapas maiores, como a 3. Por exemplo, a necessidade da presença de todos os integrantes das chapas no momento da inscrição e a obrigação de registrar todos os documentos de identidade dos apoiadores em cartório.

Mas o ponto mais polêmico defendido pela atual gestão do DCE era a votação pelo site da UFRGS, considerada insegura pela própria Reitoria da Universidade, por permitir que qualquer estudante votasse com a senha de outro. Além disso, o Estatuto do DCE prevê que o votante precisa apresentar um documento e assinar lista presencial. Caso a eleição ocorresse via internet, o temor é de que qualquer estudante vinculado a UFRGS poderia recorrer a Justiça e impugnar o pleito. Um acordo, por fim, uniu as duas comissões eleitorais e definiu a eleição por urna eletrônica, como na disputa pelo cargo de reitor.

A gestão do DCE, porém, mudou de ideia, e voltou a defender que o processo se realizasse via internet. A Reitoria da Universidade se demorava a liberar as listas de estudantes matriculados, impreterível para que a eleição fosse realizada, e uma manifestação foi convocada pela Chapa 3 para a última sexta-feira, na Secretaria de Atendimento Estudantil. O protesto reuniu cerca de 100 estudantes. Confirmada, enfim, a liberação das listas, Adrio, citado como um dos obstáculos para o processo eleitoral em um relatório que os estudantes pretendiam entregar, saiu pelo meio dos manifestantes.

Impugnação não foi comunicada oficialmente

Já no sábado, Rodolfo afirmava que a notícia da impugnação da candidatura poderia ser apenas um factóide, apenas mais uma manobra. A medida não foi comunicada oficialmente a Chapa 3, foi apenas vazada para a imprensa local. Para Rodolfo, seria mais uma forma de confundir os estudantes. “Mais uma” porque, no site da Comissão Eleitoral, os números das chapas 2 e 3 estão invertidos, segundo Rodolfo, deliberadamente.

Iur Priebe de Souza, um dos coordenadores da campanha da Chapa 2, critica as atitudes da Comissão Eleitoral e da atual gestão: “Estão querendo impugnar uma chapa por fatos que nem foram apurados. Isso é um abuso. Essa judicialização do processo é ruim para os estudantes. Precisam ganhar com programas e projetos, é isso o que tem que ser discutido”, afirma.

Gestão marcada por acusações de corrupção

No meio do ano, o advogado da atual gestão do DCE, Regis Coimbra, denunciou apropriação indébita de R$ 5 mil da entidade, pelo presidente Renan Pretto e o diretor de Relações Institucionais, Marcel van Haten. A investigação dos Centros e Diretórios Acadêmicos que se seguiu à denúncia apontou ainda outras irregularidades, como o favorecimento de amigos e familiares dos membros da gestão e remuneração desses mesmos membros, o que é vedado pelo Estatuto do DCE.
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sábado, 25 de setembro de 2010

PSOL e Paim juntos: A superação do sectarismo? [Update]

A decisão do PSOL do Rio Grande do Sul, de abrir mão de uma de suas candidaturas ao Senado e passar a apoiar o petista Paulo Paim caiu como uma bomba.

Sai o Professor Carlos Lucas (MES/PSOL) e permanece Berna (CST/PSOL, próximos ao PSTU). Pairam dúvidas sobre se Berna apoiará Paim ou puxará votos para o PSTU. Aparentemente a decisão da Executiva do PSOL/RS não foi unânime e há descontentes.
Assim sendo, nosso partido, coerente com sua história e programa, comunica a decisão de retirar a candidatura do Companheiro Luiz Carlos Lucas, em perfeita consonância com a vontade individual deste militante, recomendando o segundo voto ao Senado em Paulo Paim.

Seguimos nosso perfil, como Partido Socialista e necessário, preservando nossa independência, reforçando o chamado à militância para eleger Pedro Ruas governador, Berna Menezes para o Senado na reta final de campanha.
De um lado, é um acréscimo importante e significativo à campanha do Paim, um excelente senador e que, segundo a própria Luciana Genro, defende muitas das bandeiras do PSOL - e, além disto, aparentemente aceitou um acordo de três pontos com o PSOL relacionados à questões previdenciárias, um dos estopins da expulsão dos "radicais" do PT e formação do PSOL -, de outro, uma demonstração de maturidade política que, pessoalmente, eu jamais acreditaria poder vir do MES.

Claro, podemos mais pra frente descobrir que houve, na verdade, uma negociata, troca de cargos e favores, mas pelo que temos hoje, não podemos chegar a esta conclusão.
Preocupados com as pesquisas que tem indicado a possibilidade de Ana Amélia Lemos (PP) e Germano Rigotto (PMDB) serem os dois candidatos eleitos, Paim e PSOL vinham conversando nos últimos dias sobre a possibilidade que agora se concretiza.
O PSOL resolveu apoiar Paim para que, junto com Luciana Genro, candidata do partido a deputada federal, o senador possa defender três pontos fundamentais: o fim do fator previdenciário, o reajuste das aposentadorias vinculado ao salário mínimo, e propostas contrárias aos “futuros ataques à previdência”, que, segundo o partido, se avizinham com as discussões sobre a reforma previdenciária.
A decisão foi tomada com votação na diretoria, hoje pela manhã, e decidida com 10 votos favoráveis e um contrário. Pedro Ruas, candidato do PSOL ao Piratini, anunciou a decisão, ressaltando que, apesar de algumas divergências com Paim, “nessa circunstância, com as candidaturas da direita ameaçando tomar um mandato que nós consideramos importante, e com o apoio e a total concordância do professor Lucas, resolvemos chamar o segundo voto do PSOL para o senador Paulo Paim”.
A decisão demonstra um profundo amadurecimento, e vem de uma das tendências mais desconectadas com os princípios do PSOL. É, sem dúvida, uma bela notícia. Ao invés do sectarismo que muitos acusam o PSOL de ter/ser bastião, uma atitude solidária que apenas fortalece a esquerda brasileira.

Mas o ponto mais importante da decisão talvez seja não só a superação do sectarismo de algumas alas do PSOL, mas a lição que o partido dá nos que acusam sua totalidadede um sectarismo que caberia melhor no PCO. Muitos acusam o PSOL de absurdos inaceitáveis, até mesmo de jogo da direita e, neste momento, a lição foi dada, e de forma magistral.

No Twitter li diversas reações. A maioria favorável à decisão do partido, mas muitos revoltados, inconformados com a decisão de apoiar um partido que chamam de traidor. Um sectarismo grotesco.
Claro, acredito que não é o momento para ufanismos deslocados. Se por um lado é acertada a decisão de buscar reaproximar a Esquerda, por outro ainda precisamos saber de todos os detalhes da decisão. Do que foi negociado. Do que está efetivamente por trás do acordo.

Acredito que a decisão possa ser debatida, discutida e questionada. É legítimo. Mas outra coisa é o sectarismo que defende um pseudo-purismo de candidaturas. Um purismo, aliás, que impediu até mesmo uma aliança entre as esquerdas (PSOL, PCB e PSTU).

Seriam justos argumentos tais como o de que não seria o momento para tal aliança, ou mesmo de que Paim não representaria bem as bandeiras do PSOL, mas outra coisa é o ataque nonsense, é deixar de bandeja uma importante vaga no Senado nas mãos de Ana Amélia ou Rigotto.

O PSOL teve a compreensão de que, mesmo não sendo absolutamente ideal apoiar o PT, que é sim possível negociar acordos de possibilidades e abrir mão do sectarismo e do purismo e pensar no que pode ser melhor para os trabalhadores, para o estado e para o país. Se a reclamação de alguns de que Paim não é perfeito, o melhor, sem dúvida não irão discordar que as opções possíveis existentes são ainda piores.

Agora resta apenas esperar para ver qual será a reação da militância como um todo quando a notícia se espalhar e se resultará em alguma mudança nas urnas em favor do Paim.
Ao ser questionado se as críticas do PSol contra o PT e a candidatura de Tarso Genro vão ser mantidas, o presidente do PSol afirmou que "nada muda". De acordo com Roberto Robaina, a solidariedade a Paim se dá através de um encontro de divergências que o PSol e o candidato têm com relação, inclusive, a práticas do PT. O PSol ainda não definiu se vai ceder os espaços de rádio e TV ao petista. Em nota à imprensa, uma minoria de correligionários do PSol se mostrou contrária à decisão.
Mas o saldo positivo está claro, a superação da infantil birra entre PT e PSOL que, embora sejam efetivamente diferentes, podem encontrar pontos em comum se assim buscarem. O sectarismo exacerbado não leva a lugar algum e apenas facilita para a direita a entrada no parlamento e o fortalecimento de suas posições.

Seria ideal que outros partidos de esquerda dessem passos semelhantes, buscando acordos sérios que aproximassem as bases e viabilizassem acordos contra a ascensão da direita em alguns estados. De forma alguma as diferenças entre os partidos seria anulada, mas seria possível a construção de bases mais sólidas de diálogo e aproximaria as esquerdas, propiciando futuros diálogos.

Mas algo que não podemos esquecer é que gestos como este do PSOL não podem nem serão corriqueiros. Abrir mão de uma candidatura não é algo que se faça apenas por boa vontade, mas apenas depois de profunda reflexão e comprometimento de ambas as partes.
Alguns já começaram a criticar o PSOL por ter tomado esta decisão no RS, mas não apoiar o Lindberg no Rio. São situações totalmente diferentes. Lindberg não tem um décimo da história de Paim, apenas para evitar ir muito além nas críticas quanto ao caráter do primeiro e suas alianças.

Esta decisão foi inédita e é absolutamente política. Não virou oba-oba.

O PSOL, porém, permanece como um partido visivelmente dividido e contraditório. Mas deu um passo tremendo no caminho de uma composição real de esquerdas e demonstrou profundo respeito pelo eleitor, pelo povo.
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Update:

O PSOL do Ceará chiou da decisão. Os pontos alencadosm enfim, são válidos. E agora?
Nota da Executiva Estadual do PSOL CE
 
O PSOL Ceará manifesta seu desacordo com a posição política da Executiva do PSOL Rio Grande do Sul relacionada à disputa do Senado. Retirar uma das candidaturas ao Senado para apoiar a reeleição de Paulo Paim do PT é desrespeitar nossas resoluções da conferencia eleitoral e do estatuto.
O documento apresentado pela III Conferência Eleitoral do PSOL declara que: “...A conjuntura atual, em cenário de falsas polarizações políticas para enganar o povo brasileiro, impõe a necessidade de se construir a unidade na esquerda socialista...” e logo adiante delimita esta esquerda no campo partidário: “ ...O PSOL conclama à unidade e à disposição necessária para se construir uma Frente de Esquerda como na exitosa unidade conquistada nas eleições de 2006 com o PSTU e PCB, e buscando os movimentos sociais e ecológicos autênticos...”.  Nosso programa esclarece em que campo político se localiza esta Frente de Esquerda, ao pautar a independência política da classe trabalhadora.
As chapas apresentadas pelo PT nessas eleições  representam o governo de coalizão de Lula, e, portanto a candidatura Paim expressa os compromissos com o projeto de desigualdade social, concentração de renda e enriquecimento das elites políticas e econômicas. Paulo Paim é favorável à transposição do rio São Francisco e apresentou voto favorável à liberação dos transgênicos. Em 2003, votou a favor da reforma da Previdência, a mesma que motivou a ruptura e expulsão de diversos militantes petistas que agora encontram-se no PSOL. Votar Paim é enfraquecer o PSOL e nossas candidaturas, sobretudo ao do nosso valoroso camarada Plínio de Arruda.
O PSOL deve manter a sua posição de completa independência e oposição ao governo federal. Devemos ser uma alternativa de esquerda à política vigente no país. Portanto, não devemos submeter nosso partido a nenhuma aliança, seja formal ou branca, a nenhum candidato ou partido que não esteja comprometido com o programa da esquerda socialista e democrática. Logo, reinvidicamos que a Executiva Nacional do Partido se manifeste para vetar tanto a iniciativa já criticada no Rio Grande do Sul, mas também o apoio informal ao PTB no Amapá.
Fortaleza - CE, 27 de setembro de 2010


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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Yeda Genocida isola e mata de fome famílias do MST

O Cloaca News e o Diário Gauche noticiam o Genocídio iminente no Rio Grande do Sul da Comissária Yeda Crusius contra 450 Sem Terra encurralados pela Brigada Militar em São Gabriel.

Os Sem Terra são impedidos de ter acesso à gêneros alimentícios e algumas crianças já sofrem de inanição. Yeda Crusius está em vias de cometer um genocídio em sua cruzada contra o MST e contra os movimentos sociais.

"Os policiais também dificultam a saída de pessoas doentes do acampamento. As poucas pessoas que, depois de muita insistência, conseguem ir ao hospital da cidade, ainda passam por interrogatório exaustivo pelos policiais no próprio hospital. As famílias estão em um verdadeiro presídio a céu aberto.

Mesmo após um despejo violento em que um policial assassinou um trabalhador sem terra em 21 de agosto na Fazenda Southall, em São Gabriel, a Brigada Militar não muda a maneira truculenta de agir e continua a reprimir as famílias. Da mesma forma, por meio da força policial o governo estadual continua a criminalizar os movimentos sociais e o governo federal, Incra e Ministério do Desenvolvimento Agrário não fazem a reforma agrária."
 Não basta ter tentado fechar as escolas do MST e manter as criaças sem-terra na ignorância, não basta o assassinato covarde de Eltom Brum da Silva com um tiro nas costas, fruto das ações covardes da polícia estadual, nem também o constante assédio aos movimentos sociais, agora Yeda partiu abertamente para o extermínio. Yeda tenta matar crianças de fome! É simplesmente um absurdo!

O que a "justiça" brasileira fará se as crianças começarem a efetivamente morrer pela falta de comida? Será que Gilmar Mendes e a "justiça" brasileira irão olhar para estas crianças ou tudo continuará a seguir seu curso "natural"?

É simplesmente intolerável e inaceitável a perseguição do governo do Rio Grande do Sul (mas não só do RS) aos movimentos sociais, o assassinato descarado de militantes, a criminalização sem precedentes do protesto até este absurdo de agora, o genocídio. E não é exagero o uso do termo, Yeda tem a real intenção de eliminar completamente qualquer foco de sem-terras, seja pela brutalidade, espancamento e expulsão até o assassinato. É a eliminação sem precedentes de um grupo no Brasil.

Fora Yeda!
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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Inocente manipulação midiática e a criminalização de protestos


poucos dias, ao sair do trabalho, me deparei com um metrô abarrotado, mais que o normal, mesmo para as 6 e pouco da tarde. Chegar em casa, passando pela Sé foi um sufoco!

Chegando em casa imaginei ter encontrado a resposta: Marcha do MST na Paulista.

Pensei comigo mesmo: "Se soubesse teria ido para lá e não direto para casa". OK, a raiva passou e fui ler a notícia completa do UOL sobre o protesto.

Me surpreendi, sem juízo de valor, sem nenhuma crítica ácida, indireta, velada ao MST, até estranhei! Estaria parte do PIG tentando, pelo menos, parecer decente uma vez na vida?

Não. Não estava.

Reparem no pequeno quadro no canto direito, logo abaixo do título da notícia.

"As passeatas são viáveis na cidade de São Paulo?" lê-se na caixa, discreta, despretensiosa...

Na verdade, uma crítica direta ao ato em si, ao direito à livre manifestação, ao MST, à demonstrações públicas de caráter social. Será que o UOL não sabe da Grande Marcha de sexta? Será que são tão inocentes e o quadro era apenas uma pesquisa simples, nada demais, nenhuma tentativa de se fazer qualquer juízo de valor?

Não, qualquer pessoa com o mínimo discernimento captou a mensagem - subliminar até? -, o recado dado pelo UOL. Belo protesto, ok mas... Será que eles deveriam acontecer?

A criminalização aos protestos e ao Movimento Social não vem de hoje.

Inegavelmente Lula tem segurado as pontas, durante o Governo FHC a criminalização beirou o absurdo, o governo do PT pode não estar fazendo muito pelos Movimentos Sociais no geral mas, ao menos, não tem pago com violência, apenas moderada traição e inércia.

Já no Rio Grande do Sul, o assunto é diferente,

O MST foi vítima de cruel perseguição no Rio Grande de Sul da comandante Yeda, as escolas itinerantes do MST foram fechadas e o movimento ameaçado por um capanga da governadora, o procurador e fascista Gilberto Thums. Este indivíduo chegou à cara de pau máxima de chamar o movimento de grupo paramilitar. Se assim o fosse, penso, este senhor já não estaria entre nós.

Pois bem, não surpreende a indireta do UOL hoje contra o MST, já espero manchetes excelentes no dia 14, durante a grande marcha dos movimentos sociais pelo Brasil.

Ainda sobre as perseguições aos movimentos sociais e ao direito de livre manifestação, cabe lembrar do recente episódio no Rio Grande do Sul onde a governadora Yeda mandou outro de seus capangas processar os manifestantes que cercaram sua casa, foram ameaçados e agredidos pela polícia.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou nesta terça-feira a presidente do Cpers (Centro de Professores do Estado), Rejane de Oliveira, a vice, Neida de Oliveira, e a vereadora Fernanda Melchionna (PSOL) pela manifestação feita em frente à casa da governadora Yeda Crusius (PSDB), no dia 16 de julho.

Elas são acusadas de injúria, difamação, dano ao patrimônio e tentativa de cárcere privado. Elas negam as acusações.

Na torpe noção de justiça da governadora e da "justiça" gaúcha, os manifestantes agredidos é que foram, vejam só, os agressores!

No caso o instrumento da governadora foi a Polícia Civil, conhecida pela sua gentileza no trto aos cidadãos do país e, mais especificamente, a delegada Silvia Souza.
""A governadora foi chamada de ladra, corrupta", diz Souza, sobre as acusações de injúria e difamação. "É normal que critiquem os governantes, mas dentro daquilo que a lei permite. No momento em que uma residência é invadida, eles descumprem um direito constitucional do homem", afirma. "
Imagino que, em uma futura marcha, os manifestantes devam se limitar a chamar a governadora de boba, feia e chata, para não correrem o perigo de serem processados!

Aliás, talvez seja hora de abrir uma série brasileira para o "Na Espanha: Condenação por dizer a verdade!". Será um sucesso e exemplos são infinitos por estas bandas onde corruptos, coronéis e canalhas proliferam como em nenhum outro lugar!

Aliás, a imagem acima é interessante, será que a delegada não reparou, passou despercebido pela gloriosa figura? Chamar os professores do estado de torturadores de criança não seria uma... ofensa, injúria, difamação?

Para coroar o dia, dois funcionários do PSOL na Câmara dos Deputados foram algemados e presos por... protestar!
Dois funcionários ligados ao PSOL na Câmara dos Deputados foram algemados e levados à Polícia Legislativa do Senado. Eles participavam de uma manifestação contra o presidente José Sarney (PMDB-AP) na parte superior do Congresso Nacional.
O coronel não permite que se manifestem contra sua vontade, recado claro.

Flagrante desrespeito ao direito de manifestação, à democracia. Mas, quem disse que senador sabe ou quer saber o que é democracia? O pai de Collor é um assassino que nunca foi condenado, Sarney é um coronel, o próprio Collor é um criminoso que foi expulso da presidência e os demais senadores são iguais ou piores em sua maioria. O que esperar?
Ao tentar estender uma faixa com o dizer "Fora Sarney" e o desenho de um bigode, cerca de 30 manifestantes foram retirados por policiais do Senado, por seguranças de uma empresa tercerizada que presta serviços ao Senado e por policiais militares.

O mais engraçado, precisa alguém acusar seguranças privados e PM de truculência? Truculência é basicamente a única coisa que estes elementos conhecem! Pior ainda é a negativa de que houve qualquer truculência e, vejam só, Chico Alencar acabou atacado! Realmente, apenas uma resposta à altura pelo crime de se manifestar.
Houve uma pequena confusão no local. Segundo manifestantes que não quiseram se identificar, alguns seguranças agiram com "truculência" ao tentar retirar a faixa dos manifestantes. A polícia negou que houve qualquer tipo de agressão por partes dos seus funcionários.

Um segurança tercerizado deu uma "gravata" no deputado Chico Alencar, que não estava identificado como parlamentar. Chico disse que reclamará formalmente.
O que se vê é um processo - aparentemente irreversível - de criminalização e perseguição aos Movimentos Sociais, além de uma truculência absurda contra as liberdades do povo, contra o direito de protestar, reclamar e se manifestar. Abusos são constamentente cometidos pelas "forças de segurança", provadas ou estatais, e nada nunca é feito.

Se o MST invade uma plantação da Monsanto, o que é corretíssimo, ou um grupo de professores exige a saída de Yeda do governo usando argumentos completamente coerentes viram inimigo públicos, são processados, espancados... Mas se a polícia violenta, espanca e abusa de membros do Movimento Social, então estão corretos, cumpriram com seu dever.

A ditadura acabou quando mesmo?
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