Manifesto
coletivo publicado em Castellano, Basco, Catalão e Galego por Nynaeve, Elpicapiedra e McShuibhne e divulgado em diversos sites. Agora,
traduzido para o português. Divulgue e espalhe!
Porque na era da globalização quem têm acesso à rede é apenas 24% da população mundial, porque 5.1 bilhões de pessoas carecem de acesso à Internet, porque não somos a sociedade, mas apenas uma parte dela, porque não queremos ser uma elite, porque não queremos nos sentir privilegiados, porque nós não queremos gerar mais invisíveis e excluídos, nós, parte da cidadania [de] internauta[s], exigimos um compromisso firme e decidido para acabar com a exclusão social e digital. Pedimos um verdadeiro pacto de responsabilidade social aos organismos supranacionais - principalmente a ONU e UE -, aos governos centrais, autônomos e locais, aos paridos políticos, aos meios de comunicação de massa e sociais, às empresas, às ONG's e à cidadania em seu conjunto para que:
• O acesso à informação e conhecimento e às ferramentas tecnológicas seja um direito universal protegido pelas leis locais, estatais e supranacionais, e apoiado pela cidadania.
• Este direito não seja monopolizada por aqueles que criam, servem e gerem os recursos, ferramentas e as próprias obras, nem uma concessão para aqueles que reconhecem para si o privilégio prévio de pagamento por serviços e ferramentas de acesso ao conhecimento global.
• A Sociedade da Informação e do Conhecimento se construa tendo em mente os benefícios sociais, priorizando as questões-chave como a educação, a solidariedade, o pluralismo e a integração. Vai mal a Sociedade da Informação e do Conhecimento se só pensamos em como uns poucos podem assumir e gerir o poder e monetizá-lo, se apenas existem motivações econômicas, de faturamento, de mercado, de lazer e de entretenimento.
• Acabemos com a exclusão de milhões de pessoas no mundo real e na Rede de redes (Internet). Porque todos eles correm alto risco de absoluta invisibilidade. Podemos tornar visíveis na vida cotidiana e também aqui, na Rede de redes, aquele sofrem exclusão.
• Demos acesso, ferramentas e visibilidade para aqueles que fazem a mediação entre a sociedade afluente (ricos) e os necessitados.
• Paremos a perigosa endogamia na Internet e a dissociação crescente do ecossistema online do mundo real. Porque percebemos um desligamento rápido dos problemas que não se relacionam direta ou indiretamente com a rede e a seus membros.
• Os meios de comunicação de massa e tradicionais e a blogosfera assumam um compromisso comum com a responsabilidade social. Nos confundimos se pensamos em impor um único pensamento em vez de buscar o diálogo que aproxime ações para garantir o progresso no Estado de Bem Estar, a coesão e a sustentabilidade.
• Os jornalistas recuperem a responsabilidade social e ética que se pressupõe ao jornalismo. Difícilmente construiremos uma Sociedade da Informação e do Conhecimento com ruído, confusão e desinformação. Pedimos rigor e também mais e melhor informação social.
• Todos pensemos com perspectiva social. Pensar com perspectiva social é pensar no acesso universal à Internet e a todas as ferramentas tecnológicas, mas também é dar visibilidade e espaço para grupos e problemas do mundo real, pressionar no mundo físico e na internet para que paremos o suicídio coletivo das mudanças climáticas, para que todas as pessoas tenham acesso universal à saúde, à educação e à informações, para que a ninguém falte comida ou água, de modo que todas as pessoas tenham o direito à moradia e ao trabalho digno e à remuneração justa por seu trabalho, para que se respeitem os direitos trabalhistas, das mulheres, menores, idosos, imigrantes, refugiados e deslocados, dos doentes, das minorias, das comunidades locais, de todas as raças, línguas e culturas, e de nosso ambiente natural. Pensar com perspectiva social e atuar em conformidade no mundo físico e na Internet.
• Fechemos as lacunas econômicas, geracionais, culturais, de gênero, geográficas e tecnológicas.
Atuemos para construir uma verdadeira rede humana. Porque cada pessoa excluída no mundo real e no ecossistema online é um fracasso de todos nós.
Licença: Domínio Público
Porque na era da globalização quem têm acesso à rede é apenas 24% da população mundial, porque 5.1 bilhões de pessoas carecem de acesso à Internet, porque não somos a sociedade, mas apenas uma parte dela, porque não queremos ser uma elite, porque não queremos nos sentir privilegiados, porque nós não queremos gerar mais invisíveis e excluídos, nós, parte da cidadania [de] internauta[s], exigimos um compromisso firme e decidido para acabar com a exclusão social e digital. Pedimos um verdadeiro pacto de responsabilidade social aos organismos supranacionais - principalmente a ONU e UE -, aos governos centrais, autônomos e locais, aos paridos políticos, aos meios de comunicação de massa e sociais, às empresas, às ONG's e à cidadania em seu conjunto para que:
• O acesso à informação e conhecimento e às ferramentas tecnológicas seja um direito universal protegido pelas leis locais, estatais e supranacionais, e apoiado pela cidadania.
• Este direito não seja monopolizada por aqueles que criam, servem e gerem os recursos, ferramentas e as próprias obras, nem uma concessão para aqueles que reconhecem para si o privilégio prévio de pagamento por serviços e ferramentas de acesso ao conhecimento global.
• A Sociedade da Informação e do Conhecimento se construa tendo em mente os benefícios sociais, priorizando as questões-chave como a educação, a solidariedade, o pluralismo e a integração. Vai mal a Sociedade da Informação e do Conhecimento se só pensamos em como uns poucos podem assumir e gerir o poder e monetizá-lo, se apenas existem motivações econômicas, de faturamento, de mercado, de lazer e de entretenimento.
• Acabemos com a exclusão de milhões de pessoas no mundo real e na Rede de redes (Internet). Porque todos eles correm alto risco de absoluta invisibilidade. Podemos tornar visíveis na vida cotidiana e também aqui, na Rede de redes, aquele sofrem exclusão.
• Demos acesso, ferramentas e visibilidade para aqueles que fazem a mediação entre a sociedade afluente (ricos) e os necessitados.
• Paremos a perigosa endogamia na Internet e a dissociação crescente do ecossistema online do mundo real. Porque percebemos um desligamento rápido dos problemas que não se relacionam direta ou indiretamente com a rede e a seus membros.
• Os meios de comunicação de massa e tradicionais e a blogosfera assumam um compromisso comum com a responsabilidade social. Nos confundimos se pensamos em impor um único pensamento em vez de buscar o diálogo que aproxime ações para garantir o progresso no Estado de Bem Estar, a coesão e a sustentabilidade.
• Os jornalistas recuperem a responsabilidade social e ética que se pressupõe ao jornalismo. Difícilmente construiremos uma Sociedade da Informação e do Conhecimento com ruído, confusão e desinformação. Pedimos rigor e também mais e melhor informação social.
• Todos pensemos com perspectiva social. Pensar com perspectiva social é pensar no acesso universal à Internet e a todas as ferramentas tecnológicas, mas também é dar visibilidade e espaço para grupos e problemas do mundo real, pressionar no mundo físico e na internet para que paremos o suicídio coletivo das mudanças climáticas, para que todas as pessoas tenham acesso universal à saúde, à educação e à informações, para que a ninguém falte comida ou água, de modo que todas as pessoas tenham o direito à moradia e ao trabalho digno e à remuneração justa por seu trabalho, para que se respeitem os direitos trabalhistas, das mulheres, menores, idosos, imigrantes, refugiados e deslocados, dos doentes, das minorias, das comunidades locais, de todas as raças, línguas e culturas, e de nosso ambiente natural. Pensar com perspectiva social e atuar em conformidade no mundo físico e na Internet.
• Fechemos as lacunas econômicas, geracionais, culturais, de gênero, geográficas e tecnológicas.
Atuemos para construir uma verdadeira rede humana. Porque cada pessoa excluída no mundo real e no ecossistema online é um fracasso de todos nós.
Licença: Domínio Público