ETA e o Processo de Discussão Interno – Parte 2
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Enquanto a ETA(m) buscará atentar cada vez mais contra alvos militares e mesmo civis, a ETA(pm) passará a se concentrar na ação política, ainda que não abandone totalmente a luta armada. Exemplo da atividade armada de ambos os grupos até pelo menos o fim do regime Franquista está no fato de que os dois últimos etarras mortos pelo regime foram Txiki e Otaegi, o primeiro do ramo político-militar e o segundo do ramo militar da ETA.
É
importante recordar que a diferença entre o ramo ou ramos "obreiristas"
que surgiam ao longo do tempo no seio da organização e o ramo
"terceiromundista" não estava necessariamente no posicionamento
ideológico Marxista-Leinistas (e mesmo Maoísta), mas na concepção
organizativa da luta. Enquanto o primeiro grupo defendia uma única
estrutura de comando tanto para a luta armada quanto para a luta
puramente política, o segundo defendia uma separação completa das
estruturas.
Em certo momento a
divisão entre os dois ramos da ETA se confunde, pois tanto os militares
quanto os político-militares acabam por formar braços políticos mais ou
menos infiltrados pelos membros clandestinos e também era comum a
migração de membros de uma para a outra ala da ETA: EHAS e
posteriormente HASI como braços dos militares e que posteriormente
formariam o Herri Batasuna e o EIA, depois Euskadiko Ezkerra (EE,
coalizão do EIA com o EMK, ex-ETA Berri e outros) como braço dos
polimilis, depois integrados no braço basco do PSOE (PSE-EE).
ETA(pm) - EIA (76) e EE (77 como coalizão
com frações do HASI, EMK e ANV e 81 como partido). EE enfim se funde com
o braço basco do PSOE.
ETA(m) - HASI
(77, numa união com o partido EHAS) e HB (78, com HASI, ANV, LAIA e
ESB, além de demais organizações que fazem parte da KAS)
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