segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Internet gratuita é obrigação do governo

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Em respeito aos direitos básicos da população, Internet deveria ser gratuita.

1 MB, no mínimo, deveria ser provido pelo Estado a TODA a população brasileira AO MENOS (e inicialmente) via wi-fi, para garantir um acesso igualitário a TOD@s aos benefícios que a internet traz. É uma questão simples de cidadania que países como a Finlândia já inclusive tornaram lei.

E não é algo difícil e se fazer. Basta vontade. E isto o governo não tem, haja visto o Plano Neoliberal de Banda Lerda que o governo e Paulo Bernardo nos entregaram.

Sem peitar as teles, nada feito, não teremos nem inclusão e nem acesso decente - na verdade já não temos isso nem nas capitais!

O governo possui fibras óticas espalhadas pelo país e tem a capacidade de investir em mais, mas prefere colocar bilhões em algo tão útil (ironia) quanto um trem-bala caríssimo entre Rio e São Paulo ou em Belo Monte, condenada por ser um crime contra os direitos humanos.

Como se vê, respeitar os direitos humanos não é o mote deste governo. Dilma, presa pela Ditadura parece ter se apegado a seus costumes. Passa por cima de críticas como trator e impõe sua vontade - mas apenas ao povo, não toca nos interesses das elites.

Paulo Bernardo, recentemente, teve a coragem de afirmar que com o PNBLerda teremos uma das internets mais baratas do continente! Isso mesmo, 35 reais por uma conexão sem nenhuma garantia de qualidade - que durante 23 das 24h do dia pode não passar de 128kb, afinal nada obriga as teles a entregar a velocidade que vendem - que muitos brasileiros não terão condições de pagar (e por um preço até mais caro que o já ofertado pela mesma velocidade por várias operadoras, como a Vivo). E o pior, com limite grotesco de velocidade, que impossibilita uma navegação séria e durnte todo o mês, criando uma clara situação de exclusão digital patrocinada e referendada pelo governo!

É o governo investindo para o povo ter apenas inclusão virtual (no sentido de falsa) no mundo virtual.

Engana-se o pobre na cara dura, e apenas os que tiverem condições de pagar.

Novamente, internet deve ser um bem público. Hoje, dado nosso atraso tecnológico (pela falta de investimentos por parte das teles privatizadas e pelo desleixo do governo, via ANATEL, de fiscalizar, punir e obrigar), 1 MB garantidos pelo governo (seja por vias próprias ou seja agindo como deve, OBRIGANDO as empresas a prestar o serviço sob pena de perderem seus direitos) deve ser o mínimo.

E quando falo 1 MB eu digo 1 MB inteiro, sem "mínimo". Com qualidade e entregue em sua totalidade, pesando severas multas às empresas que descumprirem as regras. E a velocidade deve ir crescendo gradualmente, acompanhando a evolução tecnológica mundial.

Quem quiser mais de 1 MB deverá, aí sim, contratar planos com as teles e, mesmo assim, pagando preços justos e não o absurdo que pagamos hoje, uma das tarifas mais caras do mundo.

Hoje a internet é imprescindível para u mreal acesso por parte da população a todos os benefícios sociais e mesmo para cumprir as obrigações básicas da cidadania. Não se declara imposto de renda sem internet, mas se o serviço prestado é péssimo as teles não sofrem nada, apenas o indivíduo que teve problemas. Se o serviço sai do ar as teles pagam centavos a título de ressarcimento em nossas contas, descontos que nos fazem rir. Mas se atrasamos uma conta somos privados de acesso e pagamos multas que podem ser consideráveis.

Porque o cidadão deve ter todas as obrigações e as teles devem apenas se aproveitar?

A falta de interesse do governo em garantir acesso digno ao povo (logo, cidadania) é tão clara que Paulo Bernardo insiste que as 12 cidades-sede da Copa, em 2014, devem ter conexões rápidas (de 50-100 MB) para os jornalistas, ou seja, para não passar vergonha internacional.

Claro, a desculpa é que depois a rede ficará para o povo, como "herança", mas nem uma palavra sobre o preço que as teles cobrarão, com total liberdade para nos roubar. E o resto do país fica com PNBL de 10% de 1MB via conexão 3G!

Mas me pergunto, melhor um investimento para agradar gringos e garantir 50MB em 12 cidades ou um investimento para garantir ao menos 1 MB (de verdade, não 10%) para TOD@S de forma imediata?

Não, péssima idéia. Melhor agradar aos de fora e garantir os enormes lucros das teles. E os trabalhadores? Reclamem com o... PT? Opa!

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