A Folha brir espaço para este tipo de escória não é incomum, muito pelo contrário, até Brilhantes Ustra já passaram por lá.
Mas, enfim, enviei uma carta à Folha e foi publicada:
HomofobiaMas, vale notar, com algumas edições inexplicáveis, como é possível comparar com o texto que enviei originalmente (em vermelho o que foi excluído pela Folha):
Em "Homofobia não é crime" ("Ilustrada", ontem), João Pereira Coutinho argumenta que "é perfeitamente legítimo que um heterossexual não goste de homossexuais. Como é perfeitamente legítimo o seu inverso". Não posso deixar de pensar que racistas pensem de forma semelhante. Ora, por que não posso odiar negros? Por que não posso odiar mulheres? Por que não posso odiar índios? Do ódio para a ação e para a violência.
Se pretender criminalizar a homofobia é errado, porque não gostar "deles" é aceitável, então vamos logo legalizar o Partido Nazista e importar a Ku Klux Klan, afinal, ter ódio é legítimo e somos todos "adultos" para entender a diferença entre odiar e agir baseados pelo ódio, não?
Raphael Tsavkko Garcia (São Paulo, SP)
João Pereira Coutinho raciocina (sic) que " é perfeitamente legítimo que um heterossexual não goste de homossexuais. Como é perfeitamente legítimo o seu inverso.". Não posso deixar de pensar que racistas pensem de forma semelhante. Oras, porque não posso odiar negros? Porque não posso odiar mulheres? Porque não posso odiar índios? Do ódio para a ação, para a violência e o assassinato não resta sequer um passo. Se pretender criminalizar a homofobia é errado, porque não gostar "deles" é aceitável, então vamos logo legalizar o Partido Nazista e importar a Klu Klux Klan, afinal, ter ódio é legítimo e somos todos "adultos" para entender a diferença entre odiar e agir baseados pelo ódio... Não?E, graças ao @senshosp, temos também um print jdo jornal impresso:
Não faço mais do que minha obrigação, aliás, é obrigação de tod@s, ao lerem absurdos como os do Coutinho, se manifestarem nas redes ou mesmo entupindo os jornais de cartas de repúdio.
Apenas unidos em prol de uma causa e abertamente repudiando aqueles que defendem o preconceito e o ódio em nome de uma tosca "liberdade" é que poderemos mudar alguma coisa.