segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Ônibus, trilhos e possíveis soluções para o trânsito de São Paulo

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Abismado com a falta de noção dos vários candidatos a prefeito de São Paulo com promessas mirabolantes de criar MAIS faixas exclusivas para ônibus de quilômetros e quilômetros para ligar extremos da cidade, não parei de pensar em soluções muito mais práticas e funcionais.

É fato que o metrô é lento para se construir e a cidade não pode esperar parada, mas há diversas outras alternativas sob trilhos que podem e merecem ser tentadas. Algumas até trazidas de volta à cidade.

Falo em bondes (VLTs), metrôs de superfície e semelhantes. E mesmo BRTs, sistemas de ônibus rápidos totalmnetne diferentes do feijão com arroz de "mais faixas exclusivas".

Hoje o metrô é o principal meio de transporte de longa e curta distância, ao passo que os ônibus acabam por vezes exercendo a mesma função. Ambos lotados. No caso dos ônibus, muitos são precários, lentos e se pode passar horas e horas parado nos intermináveis engarrafamentos.

Porque, então, não se pensar em diversificar os transportes da cidade?

Bondes (VLT) poderiam servir para o transporte dentro dos bairros, junto com ônibus e micro-ônibus, ao passo que ao invés de apenas criar mais faixas de ônibus - um transporte relativamente lento, passível de mais acidentes e etc - poderíamos pensar em VLTs e em metrôs de superfície concorrendo no espaço ou mesmo tirando espaço de carros e deixando vias exclusivas para o transporte público via trilho e asfalto.

Na Europa, bondes estão por todo lugar.

Desde os que param em sinais vermelhos e funcionam quase como ônibus - ainda que mais organizados, maiores, com horários mais corretos - até os mais rápidos, sempre com ligação ao sistema rodoviário e aos metrôs (quando existem) e se pensarmos que a população de cidades como Amsterdã ou Budapeste é infinitamente menor que a daqui, podemos chegar à conclusão de que em bairros e cercanias poderíamso ter satisfatoriamente sistemas de bondes concorrendo com os de ônibus, pois as populações seria semelhantes e haveria mais de uma modalidade para abarcar (e embarcar) estas populações.

Para grandes distâncias dependemos do metrô, mas ao invés de faixas exclusivas de ônibus e fura-filas, podemos ter metrô de superfície ou outras modalidades sob trilhos mais rápidas para se construir e mais rápidas para se locomover - e mais seguras e confortáveis. Monotrilhos são uma boa pedida, e mesmo BRT's, que não são a mesma coisa que simples ônibus em faixa exclusiva.

Esbarramos, claro, no preço - trilhos acabam sendo mais caros para produzir - e na máfia dos transportes, além do que sempre é mais demorada a troca/implantação de um modelo sob trilhos. Ficam muito melhor na fita dos políticos pavimentar uma rua e comprar 200 ônibus - para ficarem parados em fila nos engarrafamentos - que demorar um pouco mais e construir algo duradouro e melhor.

Apenas visualizem - para os que são de São Paulo - a parada da Faria Lima, no cruzamento com a Rebouças, às 18h. não importa que existma dois lados para "descarregar e carregar" passageiros, há sempre uma imensa fila de ônibus esperando sua vez. É fato que na faixa exclusiva se anda mais rápido - em relação aos carros ao lado - mas ainda assim este "rápido" é lento, trabalhoso, e poderia melhorar.

Imaginemos o centro da cidade. Em ruas com uma única pista, poderíamos restringir a passagem de carros e liberar para ônibus e bondes. Em duas pistas a mesma coisa, bonde e ônibus cada um em sua faixa e eventuais carros (moradores da região, por exemplo, taxis, ambulâncias...) e com três psitas teríamos uma para carros e uma para cada outra modalidade.

A questão é incentivar o uso do sistema de transporte público que teria mais opções, diferentes velocidades e com as diferentes distâncias a ser percorridas por cada modalidade, quem apenas quer atravessar o centro (via bonde) não precisaria competir com quem quer ir pra longe, seja de ônibus ou de metrô.


Claro que precisaríamos ter uma grande sincronização entre os diferentes meios de transporte, assim como convergências de pontos finais e de conexão, mas não é algo inimaginável. Mas seria necessário um prefeito e um governador interessados em encarar a empreitada que causaria transtornos no começo, mas compensaria no futuro.

Recomendo que leiam este ótimo artigo da Carta Capital sobre o assunto que acabeid escobrindo após escrever emu artigo. Nele, há uma análise sobre a necessidade de novos modelos - VLT, BRT, Monotrilhos, etc -e de diversificação.

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