terça-feira, 13 de novembro de 2012

Praça Roosevelt: "Abaixo a repressão ao meu sono"

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Hoje, às 19 horas, teremos na Praça Roosevelt uma reunião da Ação Local sobre os recentes transtornos com o barulho e falta de respeito desde a inauguração da praça, há coisa de um mês.

Mas os problemas recentes não são exatamente novos, mas tem causas antigas, estruturais. Na verdade, parte do problema se dá pela recusa do Parlapatões, espaço com teatro e bar, de respeitar a comunidade da Roosevelt. Mesmo os transtornos recentes como a confusão com skatistas e a GCM semana passada durante o Satyrianas tem raiz no Parlapatões, único teatro a ficar aberto a madrugada inteira, apesar de todos os demais fecharem para manter o silêncio na região. No dia da confusão o Parpalatões ficou aberto até as 11 da manhã, ou seja, durante TODA a madrugada, vendendo cerveja em copo de plástico e facilitando que centenas de pessoas ficassem toda a noite na Praça, gritando, cantando e tornando impossível dormir.

Devido ao fato de se recusar a respeitar a comunidade e sequer participar das reuniões sobre a Roosevelt, acredito ser necessário verificar meios para se viabilizar o FECHAMENTO do espaço conhecido como Parlapatões (Praça Roosevelt 158) caso o mesmo se recuse a cooperar e respeitar a comunidade da praça. Fatos como os que ocorreram na madrugada do dia 2 para o 3 de novembro demonstram como os responsáveis pelo espaço não se preocupam ou dão a mínima para o sono e a tranquilidade da comunidade.

Como podem ser vistas nas fotos anexas, uma confusão envolvendo a GCM, skatistas e frequentadores da praça presentes ao evento Satyrianas, mas alimentados pelo único bar que permaneceu aberto depois da meia noite/1 da manhã, estourou na referida madrugada, causando ainda mais transtorno aos moradores, impedidos de dormir e descansar.

Não é a primeira e nem será a última vez em que o Parlapatões será o responsável por perturbar a tranqulidade da região. Sabemos morar em uma área boêmia, de bares e movimento, mas TODOS os demais bares da rua respeitam a comunidade, impedindo que seus frequentadores fiquem na rua depois da meia noite com seus copos, conversando alto e atrapalhando o sono de quem não tem nada a ver com isso. Apenas o já citado Parlapatões se reucsa a cooperar, se mantém totalmente aberto e sem qualquer tipo de controle ou preocupação.

Os responsáveis pelo espaço se recusma a participar das reuniões da Ação Local e à sequer ouvir a reclamação dos moradores.

Na madrugada do dia 2 para 3 de novembro, como citado, a GCM foi chamada por moradores para acabar com uma briga dos skatistas na praça - há um espaço ao lado da igreja, na frente da Consolação em que não há nenhuma residência, onde os skatistas poderiam e deveriam se reunir, mas insistem em usar todo o espaço, a madrugada inteira, sem respeitar quem vive ali. Ao intervir, a GCM foi agredida por frequentadores que aparentemente estavam apreciando a confusão. Visivelmente embriagados, frequentadores arremessando copos, garrafas e outros objetos da GCM, que então usou spray de pimenta e cassetetes.

Sou a última pessoa a concordar com qualquer tipo de violência por parte da GCM ou de qualquer outra força policial, mas o que vi - e pode ser constatado pelas fotos e pode-se constatar que não é algo novo ou isolado, como se vê neste vídeo gravado por uma moradora - foram alguns guardas cercados pela turba que tentou espancá-los. A GCM, naquele momento, agia a pedido dos moradores que tem o DIREITO de dormir em suas casas. Frequentadores tomaram as dores dos skatistas e, aos gritos de "abaixo a repressão" e reclamando que a "ditadura" havia terminado, atacaram a GCM.

Não acompanhei o começo da confusão, apenas com a gritaria é que fui ver o que acontecia. Não descarto que a GCM tenha exagerado, provocado, mas o que se viu depois foi inaceitável.

Até onde eu seu, quem impõe uma espécie de ditadura são alguns frequentadores que impedem o descanso dos moradores, há de fato uma repressão sim, mas aos direitos de quem mora na praça.
Na Praça Roosevelt gritam abaixo a repressão pq a gcm está tirando os bebados barulhentos a força as 2h e tanta da madrugada. Não sei se tentaram de outro jeito e jamais defendo a repressão. Mas e a repressão ao meu sono? Acho que dormir é um direito humano não é não? Fico impressionada com a falta de civilidade e cuidado com o outro nessa terra, todo mundo quer saber do proprio umbigo, isso sim! Puta merda!
A ação da GCM contou com pelo menos 10 viaturas, 3 bases móveis e uma kombi, e a reação dos frequentadores (uma reação ridícula e típica de uma playboyzada que nunca teve de enfrentar de verdade a repressão de uma força policial) foi a de enfrentar, gritar, bater e, no fim, continuar madrugada adentro fazendo barulho.

Uns jovens de classe média alta que se acham no direito de incomodar toda a vizinhança com gritos, correria, violão e cantoria até, pelo menos as 7 da manhã! O Parlapatões, segundo fontes, ficou aberto até quase as 11 da manhça servindo bebida para quem estivesse afim! Todos os demais bares da rua, porém, estavam fechados desde cedo, respeitando a lei e a comunidade.
Pra contar o final da historia: o barulho foi diminuir umas 6h, so acabou mesmo umas 7h, eu fui conseguir dormir umas 8h. O grito abaixo a repressão foi uma roupagem 'libertária' para o velho você sabe com quem está falando? Afinal eu burguesinho hipster filho duma puta posso fazer o que quiser inclusive foder a vida dos outros e ninguem pode me impedir! Serio, não consigo dormir mais e to praticamente com um quadro de stress!
Não é a primeira vez, repito, e nem será a última. Desde a reabertura da praça que se tornou impossível ter uma única noite sequer de sono. Não importa o dia da semana, há sempre uma quantidade imensa de skatistas toda a madrugada na praça e nos dias em que os bares ficam abertos - leia-se Parlapatões - acumula-se uma quantidade imensa de pessoas a madrugada inteira nas escadarias da praça.

Fui, com minha esposa questionar a responsável pelo local na noite da confusão, de nome Marcia, que frente aos questionamentos disse vender cerveja em copos de plástico (provavelmente para não ser responsabilziada pelas garrafas de vidro jogadas na GCM), acrescentou que se tratava de uma "festa de rua" e que em Salvador ninguém reclama desse tipo de festa de rua.

Dito isto fingiu que não estávamos mais lá e voltou ao trabalho, achando que estava em salvador e que estava em seu direito ficar com o estabelecimento aberto toda a madrugada impedindo o sono dos moradores.
Pois é, a praça parece que encarna a dificuldade de convivencia e respeito com o outro na cidade de sp. Sou totalmente favoravel ao uso desse espaço privilegiado e tão escasso na cidade pra manifestações culturais, festas, enfim para a alegria nessa cidade cinza. Mas, a questão é que muitos usam sem o minimo de respeito. Só não fui na Satyrianas pq minha familia que mora longe esta por aqui, as barracas da festa quando cheguei em casa umas 11h já estavam todas fechadas. A atitude desses moradores de violência contra contra a festa as 19h é lamentavel e inaceitavel. Agora o bando que ficou de madrugada? Vai desculpar num país decente a policia deveria pedir com educação pra se retirarem, se não quisessem tinha que dar voz de prisão. E porque não acontece? Porque policia não mexe com a playboyzada. Bom, a organização da satyrianas podia ter um papel pedagogico que não sei se teve pra evitar isso... Enfim houveram ja festas que foram bons exemplos de cidadania, na Existe amor em sp, as 11h a galera foi vazando, e em baixo de uma chuva fez uma bela faxina nos copos, garrafas e outro lixos da festa. Enfim, é meuo dura a nossa situação mesmo, e isso porque os moradores são ate bem organizados com a ação local...
Tudo isso não significa que moradores também não cometam excessos. Há relatos de que moradores, às 19:30, joraga ovos e água nos frequentadores, numa hora em que há sim permissão para se fazer barulho e atividades na praça. Isto também é intolerável.

Por outro lado, questiono a necessidade, por exemplo, de se manter O DIA INTEIRO som alto na praça durante um evento eminentemente teatral (Satyrianas). Não se trata de banda ou algo imprescindível ao evento, mas tão somente caixas de som tocando musica alta todo o dia. Não resta dúvida que incomoda e irrita e não se busca uma convivência saudável ou preocupa-se com o que pensam ou sentem os moradores.

No dia seguinte à confusão o que mais se ouvia pelas ruas era reclamação e moradores que não conseguiam dormir, que foram acordados de madrugada pela confusão, pelos gritos... E tudo isso - gritos, burburinho altíssimo, violões, cantorias - acontece diariamente.
No dia seguinte, ainda, tivemos o último dia do Satyrianas em que vários moradores, cansados de já 3 dias sem dormir pelo barulho, reclamaram de um palco montado voltado para os prédios que, com som altíssimo, passava um filme às 11 da noite. Novamente fomos reclamar com os responsáveis que, porém, disseram que poderiam apenas debater sobre o evento do ano seguinte e que não era possível fazer nada sobre o que estava terminando.

Terminando também o filme, a desmontagem do palco e de toda a estrutura montada durou até as 3 da manhã, tornando, mais uma vez, o sono de todos impossível em pleno domingo.

Recomendo à Ação Local que inste os moradores incomodados a TODA NOITE realizar chamadas ao Psiu, a fim de tentar sensibilizar as autoridades dos transtornos que sofremos e que realize junto à prefeitura reclamações constantes, pois não é possível que o Parlapatões ou qualquer outro seja(m) mais forte(s) e mais importante(s) que o sossego e saúde de milhares de pessoas que vivem na Praça que é sim boêmia, mas não pode se tornar uma terra de ninguém onde um bar dita como e quando os moradores podem viver e dormir.

Sou absolutamente favorável a enventos na praça, a que se ocupe a praça e o entorno, mas é preciso respeitar quem mora e vive na praça. Não faz sentido passar o dia INTEIRO com som alto voltado aos prédios, não faz sentido varar a madrugada cm eventos, com bebedeira, cantorias ou confusão. Tenho a mais absoluta certeza de que quem vem até a Roosevelt impedir que os moradores durmam não aceitariam o mesmo em suas casas e ruas.

O que se pede é respeito e compreensão e que a convivência não se torne impossível, pois a praça é de todos e precisa ser ocupada.

Compartilho artigo escrito por mim e publicado no SPressoSP na semana passada que resume um pouco dos transtornos enfrentados pelos moradores com a nova Praça Roosevelt.

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O texto acima foi escrito em duas partes daí algumas repetições.
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