domingo, 14 de junho de 2009

Israel apóia Estado Palestino..... [Update 2]

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...Desmilitarizado!


Tem tudo para ser a piada da semana que começa!

Israel não se cansa de brincar com os Palestinos, de tirar um verdadeiro sarro com o povo Palestino ao mesmo tempo em que mata, persegue, tortura e acaba cm as esperanças deste povo sofrido.

Agora a palavra da vez é o Estado Palestino, quando todos acreditam que finalmente alguma coisa boa sairá de Israel - e não apenas bombas e terror - a verdade surge segundos depois: Estado pode, mas desmilitarizado. Ou seja, refém de Israel, como é hoje. Estado no nome mas não na prática.

Ainda esperamos que Obama se manifeste, ou melhor, "manifestar" é tudo que ele vem fazendo, esperamos AÇÕES, ações concretas e diretas em prol de um Estado Palestino, mas um Estado de verdade e não um arremedo para calar a boca da comunidade internacaional, não um Estado desmilitarizado, um Estado partido, de conto-de-fadas.

Israel simplesmente ri da Comunidade Internacional. Declara que o Irã é o capeta na terra, é perigoso mas o tratamento dado aos seus vizinhos e aos Palestinos demonstra que o maior - senão único - perigo ao Oriente Médio é Israel e suas armas nucleares, exército financiado pelos EUA e genocídio nas casotas.
"- A comunidade internacional terá que garantir a desmilitarização para que Israel aceite o princípio de um Estado - afirmou - Os palestinos, em algum acordo, precisam reconhecer a legitimidade de Israel como terra do povo judeu."
É o cúmulo do sinismo.

Além de obrigar os Palestinos a contuarem reféns, em um novo campo de concentração - como hoje é Gaza - sob o bonito nome de Estado Palestino, ainda condiciona a piada ao reconhecimento de Israel como Estado Judeu. Isso é o mesmo que considerar - como Israel de fato faz - os Árabes Israelenses, cidadãos de segunda classe, pois não são judeus e são o que restou dos Palestinos EXPULSOS por Israel de suas terras ancestrais.

Não bastou Israel ter expulsado, matado e torturado os Palestinos, agora querem legitimar o campo de concentração que fizeram e legitimar seu sionismo criminoso e assassino e proibir qualquer chance dos Árabes-Israelenses de se tornarem cidadãos de fato, em pé de igualdade com os demais Israelenses - judeus.

O cinismo Israelense parece não ter fim.
"Autoridade Palestina condena discurso de premiê israelense

colaboração para a Folha Online

A ANP (Autoridade Nacional Palestina) condenou o discurso que o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, fez neste domingo, e rejeitou todas as condições que ele colocou para solucionar o conflito do Oriente Médio.

'Não estamos surpresos com o que ele disse, mas ao mesmo tempo condenamos todas suas declarações', disse o negociador-chefe da ANP, Saeb Erekat.

Segundo ele, Netanyahu não reconheceu o problema dos refugiados, nem a solução de dois Estados para dois povos, e 'se limitou a pôr condições impossíveis aos palestinos'.

'Todas essas condições prévias são inaceitáveis para nós', assegurou Erekat, para quem o primeiro-ministro israelense 'não tratou com profundidade nenhuma das questões do estatuto final' que é preciso ser negociado.

Erekat respondeu a Netanyahu minutos depois de o premiê terminar um discurso em que condicionou qualquer solução ao conflito ao 'reconhecimento de Israel como lar nacional judeu' e à 'desmilitarização' do futuro Estado palestino.

Já Rafik al Husseini, chefe de gabinete do presidente da ANP, Mahmoud Abbas, assegurou que 'com o discurso, Netanyahu declarou guerra aos palestinos e ao mundo inteiro'.

'O que fez é negar todos os princípios que a comunidade internacional considera básicos para conseguir uma solução pacífica entre israelenses e palestinos', comentou.

Hamas

O movimento radical islâmico Hamas, que controla a faixa de Gaza, denunciou o caráter "racista e extremista" do discurso feito pelo primeiro-ministro israelense.

"O discurso reflete a ideologia racista e extremista de Netanyahu e ignora todos os direitos do povo palestino", disse à agência de notícias France Presse o porta-voz do Hamas, Fawzi Barhum."

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Update:

A coisa é ainda pior, do Blog "Diário do oriente Médio", vem a lista completa de exigências de Israel. É simplesmente intolerável.

Para ser um "estado", a Palestina precisa:

1. Precisa ser desmilitarizado
2. A questão dos refugiados deve ser negociada fora das fronteiras de Israel
3. Jerusalém deve ser a capital indivisível de Israel
4. Não será permitido pactos militares com o Hezbollah e o Irã
5. Israel precisa ser reconhecido como um Estado judaico

1. Simplesmente um absurdo, um Estado sem exército, sem defesa? Para ser refém de Israel?

2. Esta questão é simples, o direito internacional reconhece o direito de retorno. Este não é passível de negociação, é um direito garantido, fundamental. Israel busca "escapar" ao apresentar esta proposição ridícula.

Parágrafo 11 da Resolução 194 das Nações Unidas :

“Nações Unidas – Assembléia Geral – Resolução 194, parágrafo 11

Resolve que os refugiados desejando retornar a suas casas e viverem em paz com seus vizinhos lhes devem ser permitido fazê-lo assim na data o mais cedo possível, e que compensação deve ser lhes paga pela propriedade desses que escolherem não retornar e por perdas e danos a propriedade que, sob princípios da lei internacional ou na equidade, deve ser bem feitas pelos Governos ou pelas autoridades responsáveis; Instrui a Comissão de Conciliação facilitar o repatriamento, restabelecimento e reabilitação econômica e social dos refugiados e o pagamento de compensação.”
3. Outro item inegociável. Jerusalém Oriental é Palestina e os Palestinos jamais abrirão mão de sua capital. Não importa o quanto Israel tente varrer a Palestina do mapa.

4. Um Estado que não poderá ter pactos com outro (Irã) nem conversar com quem quiser Hisbollah)? que espécie de Estado é proibido por outro de conversar ou pactar com quem quer que seja?

5. Como disse antes, impossível. Seria reconhecer que os Árabes que lá residem não são cidadãos e nem tem direitos. E também seria sepultar o direito de retorno.

Netanyahu disse aceitar incondicionalmente a paz, mas, ironicamente, impôs pelo menos cinco condições para a criação de um Estado palestino

1. Precisa ser desmilitarizado
2. A questão dos refugiados deve ser negociada fora das fronteiras de Israel
3. Jerusalém deve ser a capital indivisível de Israel
4. Não será permitido pactos militares com o Hezbollah e o Irã
5. Israel precisa ser reconhecido como um Estado judaico

Seu plano está na mesa. O da Liga Árabe, com o apoio da Autoridade Palestina, é o seguinte

1. Retirada israelense para as fronteiras pré-1967
2. Divisão de Jerusalém
3. Desmantelamento dos assentamentos
4. Uma solução para os refugiados

A do Hamas

1. Aceita uma trégua com Israel por apenas dez anos se os israelenses retornarem para as fronteiras pré-1967
2. Exige o retorno de todos os refugiados

A de Ahmedinejad

1. Os nativos do que hoje é Israel, Cisjordânia e Gaza devem, em uma votação, decidir qual o futuro do território. Ele não considera judeus que imigraram para a região durante o movimento sionista como nativos

Agora, falta o Obama ajudar todos a encontrar uma solução

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Update2:

Para quem espera pela opinião de Obama, esta foi dada ontem por seu porta-voz:
""O presidente está comprometido com dois Estados, um judeu de Israel e um palestino independente na terra histórica de ambos os povos", afirmou Gibbs.

O porta-voz oficial apontou que Obama acredita que essa solução "pode e deve assegurar tanto a segurança de Israel como a concretização das legítimas aspirações da Palestina a um Estado viável, e dá as boas-vindas ao apoio de Netanyahu a esse objetivo"."

Comentários simplesmente lastimáveis e uma verdadeira pá de cal nas esperanças de uma solução justa para os Palestinos. Apoiar Israel enquanto Estado Judeu, é um crime contra os Árabes de Israel, contra a diáspora e contra qualquer dignidade humana.

Obama mostra, enfim, a que veio.

"Estado viável" para Obama e os EUA é um Estado refém, fantoche, que ficará nas mãos de Israel, da mesma forma que está hoje, mas ganhará um status, que fica apenas no nome, sem qualquer efeito prático. Vergonhoso.

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