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terça-feira, 16 de junho de 2009

Israel apóia Estado Palestino..... [3]

...Desmilitarizado!

Dando prosseguimento à farsa israelense.

O Terra informa:
"Israel não oferece Estado clássico a Abbas, diz embaixador"
e mais
"O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu não está oferecendo aos palestinos um Estado "no sentido clássico" disse o novo embaixador do país em Washington nesta terça-feira, citando os limites de soberania exigidos por Israel."
Oras, oferece o que então?

O que seria um Estado "não-classico"?

""Quando o primeiro-ministro e o governo usam a palavra ''Estado'' agora, é preciso colocar uma série de ressalvas aí para que se entenda que o que nós estamos falando não é um Estado no sentido clássico, como é amplamente compreendido, mas um Estado que terá algumas ¿algumas¿ restrições substantivas em seus poderes", disse o enviado Michael Oren em entrevista à Reuters.

"É por essa razão que existiu uma relutância inicial para até mesmo usar a palavra ''Estado'', porque quando você diz ''Estado'', você carrega uma série de pressuposições aí", acrescentou Oren, historiador nascido nos Estados Unidos e especialista em assuntos do Oriente Médio que pretende assumir logo seu posto em Washington."

E a verdade aparece! Não é um "Estado", usaram o nome apenas de brincadeira! Na frente dos EUA usam palavras bonitas, pelas costas assassinam os Palestinos! Ao menos com Bush Israel era mais "honesta", matava e não negava.

"Um experiente diplomata europeu prevê resistência dentro da União Europeia, por que a definição de desmilitarização de Netanyahu significa que "o controle da segurança ainda ficará nas mãos de Israel" mesmo depois que um Estado for estabelecido na Cisjordânia, atualmente sob ocupação de Israel, e no enclave costeiro da Faixa de Gaza."

Resumindo: Tudo continua o mesmo. Os Palestinos fingem que tem governo e Estado e Israel continua mandando em tudo!

É realmente muito cinismo.

Apenas para relembrar as "condições" israelenses:

"Para ser um "estado", a Palestina precisa:

1. Precisa ser desmilitarizado
2. A questão dos refugiados deve ser negociada fora das fronteiras de Israel
3. Jerusalém deve ser a capital indivisível de Israel
4. Não será permitido pactos militares com o Hezbollah e o Irã
5. Israel precisa ser reconhecido como um Estado judaico"
Realmente, não é um Estado clássico, nem um Estado não-clássico, não é Estado, é uma piada de mal gosto.

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domingo, 14 de junho de 2009

Israel apóia Estado Palestino..... [Update 2]

...Desmilitarizado!


Tem tudo para ser a piada da semana que começa!

Israel não se cansa de brincar com os Palestinos, de tirar um verdadeiro sarro com o povo Palestino ao mesmo tempo em que mata, persegue, tortura e acaba cm as esperanças deste povo sofrido.

Agora a palavra da vez é o Estado Palestino, quando todos acreditam que finalmente alguma coisa boa sairá de Israel - e não apenas bombas e terror - a verdade surge segundos depois: Estado pode, mas desmilitarizado. Ou seja, refém de Israel, como é hoje. Estado no nome mas não na prática.

Ainda esperamos que Obama se manifeste, ou melhor, "manifestar" é tudo que ele vem fazendo, esperamos AÇÕES, ações concretas e diretas em prol de um Estado Palestino, mas um Estado de verdade e não um arremedo para calar a boca da comunidade internacaional, não um Estado desmilitarizado, um Estado partido, de conto-de-fadas.

Israel simplesmente ri da Comunidade Internacional. Declara que o Irã é o capeta na terra, é perigoso mas o tratamento dado aos seus vizinhos e aos Palestinos demonstra que o maior - senão único - perigo ao Oriente Médio é Israel e suas armas nucleares, exército financiado pelos EUA e genocídio nas casotas.
"- A comunidade internacional terá que garantir a desmilitarização para que Israel aceite o princípio de um Estado - afirmou - Os palestinos, em algum acordo, precisam reconhecer a legitimidade de Israel como terra do povo judeu."
É o cúmulo do sinismo.

Além de obrigar os Palestinos a contuarem reféns, em um novo campo de concentração - como hoje é Gaza - sob o bonito nome de Estado Palestino, ainda condiciona a piada ao reconhecimento de Israel como Estado Judeu. Isso é o mesmo que considerar - como Israel de fato faz - os Árabes Israelenses, cidadãos de segunda classe, pois não são judeus e são o que restou dos Palestinos EXPULSOS por Israel de suas terras ancestrais.

Não bastou Israel ter expulsado, matado e torturado os Palestinos, agora querem legitimar o campo de concentração que fizeram e legitimar seu sionismo criminoso e assassino e proibir qualquer chance dos Árabes-Israelenses de se tornarem cidadãos de fato, em pé de igualdade com os demais Israelenses - judeus.

O cinismo Israelense parece não ter fim.
"Autoridade Palestina condena discurso de premiê israelense

colaboração para a Folha Online

A ANP (Autoridade Nacional Palestina) condenou o discurso que o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, fez neste domingo, e rejeitou todas as condições que ele colocou para solucionar o conflito do Oriente Médio.

'Não estamos surpresos com o que ele disse, mas ao mesmo tempo condenamos todas suas declarações', disse o negociador-chefe da ANP, Saeb Erekat.

Segundo ele, Netanyahu não reconheceu o problema dos refugiados, nem a solução de dois Estados para dois povos, e 'se limitou a pôr condições impossíveis aos palestinos'.

'Todas essas condições prévias são inaceitáveis para nós', assegurou Erekat, para quem o primeiro-ministro israelense 'não tratou com profundidade nenhuma das questões do estatuto final' que é preciso ser negociado.

Erekat respondeu a Netanyahu minutos depois de o premiê terminar um discurso em que condicionou qualquer solução ao conflito ao 'reconhecimento de Israel como lar nacional judeu' e à 'desmilitarização' do futuro Estado palestino.

Já Rafik al Husseini, chefe de gabinete do presidente da ANP, Mahmoud Abbas, assegurou que 'com o discurso, Netanyahu declarou guerra aos palestinos e ao mundo inteiro'.

'O que fez é negar todos os princípios que a comunidade internacional considera básicos para conseguir uma solução pacífica entre israelenses e palestinos', comentou.

Hamas

O movimento radical islâmico Hamas, que controla a faixa de Gaza, denunciou o caráter "racista e extremista" do discurso feito pelo primeiro-ministro israelense.

"O discurso reflete a ideologia racista e extremista de Netanyahu e ignora todos os direitos do povo palestino", disse à agência de notícias France Presse o porta-voz do Hamas, Fawzi Barhum."

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Update:

A coisa é ainda pior, do Blog "Diário do oriente Médio", vem a lista completa de exigências de Israel. É simplesmente intolerável.

Para ser um "estado", a Palestina precisa:

1. Precisa ser desmilitarizado
2. A questão dos refugiados deve ser negociada fora das fronteiras de Israel
3. Jerusalém deve ser a capital indivisível de Israel
4. Não será permitido pactos militares com o Hezbollah e o Irã
5. Israel precisa ser reconhecido como um Estado judaico

1. Simplesmente um absurdo, um Estado sem exército, sem defesa? Para ser refém de Israel?

2. Esta questão é simples, o direito internacional reconhece o direito de retorno. Este não é passível de negociação, é um direito garantido, fundamental. Israel busca "escapar" ao apresentar esta proposição ridícula.

Parágrafo 11 da Resolução 194 das Nações Unidas :

“Nações Unidas – Assembléia Geral – Resolução 194, parágrafo 11

Resolve que os refugiados desejando retornar a suas casas e viverem em paz com seus vizinhos lhes devem ser permitido fazê-lo assim na data o mais cedo possível, e que compensação deve ser lhes paga pela propriedade desses que escolherem não retornar e por perdas e danos a propriedade que, sob princípios da lei internacional ou na equidade, deve ser bem feitas pelos Governos ou pelas autoridades responsáveis; Instrui a Comissão de Conciliação facilitar o repatriamento, restabelecimento e reabilitação econômica e social dos refugiados e o pagamento de compensação.”
3. Outro item inegociável. Jerusalém Oriental é Palestina e os Palestinos jamais abrirão mão de sua capital. Não importa o quanto Israel tente varrer a Palestina do mapa.

4. Um Estado que não poderá ter pactos com outro (Irã) nem conversar com quem quiser Hisbollah)? que espécie de Estado é proibido por outro de conversar ou pactar com quem quer que seja?

5. Como disse antes, impossível. Seria reconhecer que os Árabes que lá residem não são cidadãos e nem tem direitos. E também seria sepultar o direito de retorno.

Netanyahu disse aceitar incondicionalmente a paz, mas, ironicamente, impôs pelo menos cinco condições para a criação de um Estado palestino

1. Precisa ser desmilitarizado
2. A questão dos refugiados deve ser negociada fora das fronteiras de Israel
3. Jerusalém deve ser a capital indivisível de Israel
4. Não será permitido pactos militares com o Hezbollah e o Irã
5. Israel precisa ser reconhecido como um Estado judaico

Seu plano está na mesa. O da Liga Árabe, com o apoio da Autoridade Palestina, é o seguinte

1. Retirada israelense para as fronteiras pré-1967
2. Divisão de Jerusalém
3. Desmantelamento dos assentamentos
4. Uma solução para os refugiados

A do Hamas

1. Aceita uma trégua com Israel por apenas dez anos se os israelenses retornarem para as fronteiras pré-1967
2. Exige o retorno de todos os refugiados

A de Ahmedinejad

1. Os nativos do que hoje é Israel, Cisjordânia e Gaza devem, em uma votação, decidir qual o futuro do território. Ele não considera judeus que imigraram para a região durante o movimento sionista como nativos

Agora, falta o Obama ajudar todos a encontrar uma solução

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Update2:

Para quem espera pela opinião de Obama, esta foi dada ontem por seu porta-voz:
""O presidente está comprometido com dois Estados, um judeu de Israel e um palestino independente na terra histórica de ambos os povos", afirmou Gibbs.

O porta-voz oficial apontou que Obama acredita que essa solução "pode e deve assegurar tanto a segurança de Israel como a concretização das legítimas aspirações da Palestina a um Estado viável, e dá as boas-vindas ao apoio de Netanyahu a esse objetivo"."

Comentários simplesmente lastimáveis e uma verdadeira pá de cal nas esperanças de uma solução justa para os Palestinos. Apoiar Israel enquanto Estado Judeu, é um crime contra os Árabes de Israel, contra a diáspora e contra qualquer dignidade humana.

Obama mostra, enfim, a que veio.

"Estado viável" para Obama e os EUA é um Estado refém, fantoche, que ficará nas mãos de Israel, da mesma forma que está hoje, mas ganhará um status, que fica apenas no nome, sem qualquer efeito prático. Vergonhoso.

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