terça-feira, 4 de agosto de 2009

Sionismo e Nazismo: A legitimação do Genocídio [2] [Update]

Pin It

Eu deixei passar algo extremamente importante que me foi lembrado pelo comentário anônimo logo abaixo do post original sobre a aliança entre Nazistas e Sionistas, o Acordo Haavara e a consequênte criação da Empresa Haavara. Além disso, preferi não entrar na questão do apóio mais pesado dos Sionistas ao Nazismo, dos acordos firmados.

O Acordo Haavara (Havaara Agreement, do hebraico "Ha'avara", que significa "Transferência") foi um acordo firmado em 25 de agosto de 1933 entre o governo judeu na Palestina (Agência Judaica) e o regime Nazista para a transferência de Judeus da Alemanha Nazista para a então Palestina sob governo britânico e durou até 1939.

Cerca de 50-60 mil judeus foram transferidos durante o período de vigência do acordo que ainda criou uma empresa especificamente para cuidar das transferências, em 1935.
"Que a colaboração dos dirigentes sionistas com os nazistas está amplamente documentada e que o exemplo mais revelador foi o de Rudolf Kastner, vice-presidente da Organi-zação Sionista, que negociou com Eichmann. Que a Gestapo, em 1935, expediu uma circular à polícia alemã dizendo que os sionistas não deveriam ser tratados com o mesmo rigor que os demais judeus. Que dirigentes sionistas romperam o boicote antifascista mundial contra Hitler através das companhias Haavara e Paltreu, cujo empreendimento teve a participação de futuras autoridades de Israel como Ben Gurión, Moshé Sharret (ou Moshé Shertok), Golda Meir e Levi Eshkol."
No processo de transferência os judeus eram expropriados de todas (ou quase todas) as suas posses, que ficavam nas mãos dos Nazistas para, depois, serem revertidas em bens exportados da Alemanha para a Palestina. Foram trasnferidos cerca de 139.5 milhões de Marcos (Reichsmark) em bens de consumo , máquinas, fertilizante e etc até 1939 da Alemanha Nazista para a Palestina.

Goods worth a total of 139.5 million Reichsmark were transferred by 1939
Para facilitar e supervisionar as transferências de bens e aconselhar os Judeus Alemães em processo de transferência foi fundada também a Paltreu, descrita na circular 54/1933 do Ministério de Finanças do Reich.
The "Palestina-Treuhandstelle zur Beratung deutscher Juden GmbH" [Paltreu, Palestine Trust Office for Advice to German Jews] has been founded in Berlin, Friedrichstrasse 218, to advise German Jews in matters concerning this form of capital transfer to Palestine. I request that particular attention is to be drawn to this organization when authorization [for capital transfer to Palestine] is being granted.
É emblemática a colaboração entre Nazistas e Sionistas, inclusive de grandes personalidades do futuro estado de Israel, como Ben Gurion e Golda Meir e o incentivo até de organizações sionistas à utilização, por exemplo, da estrela amarela imsposta por Hitler aos judeus. Elogios à ascensão de Hitler eram comuns durante os anos 30, os Sionistas viam nele um líder capaz de ajudá-los na conquista da Palestina e de seu sonhado Estado. Vê-se, enfim, que os Sionistas - conscientes ou não - contribuíram para a manutenção de Hitler no poder e para o futuro Holocausto.
Algumas organizações sionistas viram a ascenção de Hitler e o Terceiro Reich na Alemanha com bons olhos, chegando-o a elogiá-la como uma forma de renascimento da vida nacional alemã que os judeus deveriam se espelhar. Na época entre a ascenção de Hitler ao poder e a Segunda Guerra Mundial a Alemanha nazista ainda não cogitava o extermínio físico dos judeus que viviam sob seu domínio, e tentou a tática da 'dessamilição' cultural, de forma a acentuar a identidade religiosa dos judeus que viviam na Alemanha. Robert Weltsch, editor-chefe do jornal sionista Jüdische Rundschau, uma publicação voltada para a comunidade judaica alemã, incentivava entusiasticamente seus leitores a utilizarem a Estrela Amarela imposta por Hitler: 'Use-a com orgulho, a Estrela Amarela!'. Nessa mesma época a circulação do jornal de Weltsch subiu de por volta de 5 a 7 mil exemplares para 40 mil.
Emblemática foi, em 1935, a chegada do navio Tel Aviv - com passageiros judeus - ao porto de Haifa vindos de Bremenhaven e capitaneados por um membro do Partido Nazista e tendo no mastro a bandeira do mesmo Partido Nazista.
Não surpreende, pois, que em 1941 Itzhak Shamir, do Likud, tenha firmado um novo acordo ao Terceiro Reich, um pacto militar cuja base era o apóio dos Sionistas à Alemanha Nazista e a fundação de um Estado sob o controle destes na Palestina. Shamir, aliás, que nunca foi boa figura, foi um reconhecido terrorista responsável inclusive pelo assassinato do Ministro Britânico para o Oriente Médio, Lord Moyne (1942) e do Conde Bernadotte, mediador sueco da ONU (1948).
The NMO ("National Military Organization" [Irgun Zvai Leumi]), which is very familiar with the good will of the German Reich government and its officials towards Zionist activities within Germany and the Zionist emigration program, takes that view that:
1. Common interests can exist between a European New Order based on the German concept and the true national aspirations of the Jewish people as embodied by the NMO.
2. Cooperation is possible between the New Germany and a renewed, folkish-national Jewry [Hebr_ertum].
3. The establishment of the historical Jewish state on a national and totalitarian basis, and bound by treaty with the German Reich, would be in the interest of maintaining and strengthening the future German position of power in the Near East.
Em 1944, outro acordo com o Reich, entre Ben Gurion e Adolf Eichmann no qual os Sionistas prometiam manter silêncio sobre a morte de 800 mil judeus húngaros em troca da libertação de 600 líderes sionistas presos que seriam posteriormente enviados à Palestina.

Mussolini, por sua vez, gostava bastante dos Sionistas, tendo inclusive organizado esquadrões de jovens Sionistas, o grupo Betar, sob a liderança do fascista Menachen Begin.

Mais informações sobre a colaboração entre os Sionistas e Hitler podem ser encontradas no livro de Ralph Schoemann, disponível neste link, "The Hidden History of Zionism".




Enfim, todo este périplo tem por objetivo desmascarar as lideranças Sionistas e demonstrar como o Estado de Israel não só se valeu de inúmeros atos e atentados terroristas para ser fundado e se tornar o que é hoje, mas também jamais teria sido bem sucedido em sua fundação sem os inúmeros acordos e alianças com Hitler.

Dentre as alianças a vista grossa no massacre de milhares de judeus na Europa e apoio à Hitler durante toda a sua "carreira". Enfim, o Holocausto não só foi fruto da mente perturbada de Hitler mas também fruto do apoio dado pelos Sionistas ao regime. A desculpa hoje usada para massacrar Palestinos, a carta branca cujo nome é Holocausto, nada mais é que uma farsa.

O Holocausto foi um dos episódios mais terríveis da história da humanidade, isto é indiscutível e a negação de tal fato intolerável, mas não podemos esquecer que os fundadores de Israel e importantes lideranças ate hoje do Estado de Israel, o Sionismo em si, a ideologia sob a qual está fundada o Estado, foram também importantes, senão imprescindíveis à política de Hitler, à preparação e execução do Holocausto.

O post anterior sobre as alianças de Hitler e dos Sionistas tocava na questão da aliança do Mufti de Jerusalém, Palestino, com Hitler, fato inegável, mas ainda mais profunda foram as alianças dos Nazistas com os Sionistas que tornaram possível o Estado de Israel e as transferências iniciais de judeus para a Palestina.

Os Sionistas, tanto quanto Hitler, são os responsáveis pelo Holocausto e pela morte de milhões de judeus inocentes.

Circular 54/1933 of the Reich Ministry of Finance, August 28, 1933

To further the cause of Jewish emigration to Palestine through allocation of the necessary sums of money, without putting too much strain on the currency reserves of the Reich and simultaneously increasing German exports to Palestine, an agreement has been reached with the appropriate Jewish authorities. It is based on the following conditons:
Emigrants on whose behalf the Emigration Advisory Office confirms that further sums of money are necessary and adequate for the purpose of starting a new life in Palestine, and that the minimum amount of 1000 PP [Pal. Pounds] required for immigration into Palestine is insufficient, may be granted an additonal sum in excess of the 15,000 RM on condition that it is paid at the Reichsbank into the Special Account I of the Bank of the Temple Corporation [German colonists bank in Palestine] and credited to a trust company in Palestine specially set up for this purpose (or to the Anglo-Palestine Bank unti the Jewish trust company has been set up). A total sum of 3 million RM has been designated initally for this Special Account I and for a Special Accout II mentioned below; it is to be operated by the Temple Bank as a trust account for the above mentioned Jewish Trust Company. This account is to be used to pay for German goods delivered to Palestine. Emigrants will be paid the equivalent of their deposits by the Palestine trust company according to the funds available from the sale of German goods to Palestine. This will occur in the order and proportion of the payments made into the Special Account I and paid out in Palestine Pounds. The "Palästina-Treuhandstelle zur Beratung deutscher Juden GmbH" [Paltreu, Palestine Trust Office for Advice to German Jews] has been founded in Berlin, Friedrichstraß 218, to advise German Jews in matters concerning this form of capital transfer to Palestine. I request that particular attention is to be drawn to this organization when authorization [for capital trnasfer to Palestine] is being granted. Furthermore, a Special Account II has been opened at the Reichsbank on behalf of the bank of the Temple Organization. On application the exchange regulation authorities may grant permission to German Jewish nationals, who have not yet emigrated but who are already planning a new existence in Palestine, to deposit up to 50,000 RM per person into this account (and similarly credit it to a German-Jewish trust company to be founded in Palestine or to the Anglo-Palestine Bank Ltd. until this has been founded).

 ---

Atualização em Outubro de 2023:

Reli o texto e, mais maduro, notei que usei algumas expressões que não contribuem com o debate, como "Nazi-Sionistas" e as editei - ficando apenas "sionistas", que é mais que suficiente. Assim como apaguei uma bandeira de Israel com a suástica por entender que pese as políticas de extermínio de Israel, nem todos os cidadãos apoiam tais políticas.

------