sábado, 28 de agosto de 2010

Egito e Proselitismo Religioso: O Brasileiro irresponsável

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Leio no excelente Paulopes Weblog algo que, depois viria a ler exaustivamente nos diversos portais de internet: O caso do imbecil evangélico preso no Egito por fazer proselitismo.

Minha opinião? Deveria mofar na cadeia.

O Egito é, em média, mais aberto que os demais países árabes à discussão religiosa e possui uma significante população cristã (Copta), logo, para alguém ser preso por proselitismo é porque, sem dúvida, deve ter abusado. Existe população cristã? Sem dúvida, mas tudo tem limite.

A nação é francamente muçulmana e, se bem conhecemos "nossos" evangélicos, a figura deveria pregar aos berros em praça pública incomodando a todos e, não duvido, até sendo elogioso com os islamismo.

Todos conhecemos os neopentecostais, são francamente preconceituosos e não tem limites ou noção de respeito pelos demais, não me surpreenderia se, dentre os panfletos encontrados com a figura, constassem ofensas ao Islã. Pessoalmente, acredito que a pregação aos berros em praça pública, em um país não-cristão, já seja razão suficiente para um processo.

Liberdade religiosa é uma maravilha, quando você sabe usar e respeita o lugar onde se encontra. Quer juntar uns amigos e falar de religião? Problema seu, mas não vá em praça pública "evangelizar". Pena que os Trolls de Cristo não entendem o recado.

Obviamente estou fazendo conjecturas, mas não duvido que esteja certo.

O cara mora ha 6 anos no país, não virou evangélico semana passada e dificilmente começou a pregar no dia da prisão, aí tem coisa.

Eu sou totalmente favorável à liberdade religiosa, mas não tolero pregação no meio da rua ou tentativas de evangelizar, especialmente em um país cuja cultura destoa absolutamente da nossa.

Pois bem, ele está preso e será deportado, o Itamaraty tem total obrigação de ajudar neste processo, mas, uma vez no Brasil, a figura deveria arcar não só com as consequências pessoais, mas com as financeiras.

Não faz sentido que o contribuinte seja responsabilizado pelas atitudes - típicas - de um fanático religioso querendo causar confusão pelo mundo.

Art.2*:   Islam is the Religion of the State. Arabic is its official language, and the principal source of legislation is Islamic Jurisprudence (Sharia).

As leis egípcias são claras em proibir que evangélicos façam o que mais gostam: Encher o saco de qualquer um com uma pregação infinita e sem noção. Mas, bem, jesus deve tê-lo mandado se achar acima da lei e agir como um bom Trol de Cristo. Agora que aceite as consequências e pague por elas - não nós.

O Egito, neste ponto, acerta. O ouvido deles não é penico e lugar de crente é no templo, sem encher o saco de ninguém que não quer ouvir. Pena que o Brasil não copie esta idéia.
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