ETA: Libertação Nacional, Nacionalismo e Marxismo
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Válido notar o paradoxo dos Marxistas, nas palavras de François-Xavier Guerra (in Lessa e Suppo, 2003), considerarem "as questões nacionais como secundárias em relação aos problemas sociais e econômicos", mas serem estes mesmos Marxistas os responsáveis por travarem as mais encarniçadas lutas de Libertação Nacional e também de formarem os grupos chamados de terroristas de maior longevidade e relevância histórica (ETA, IRA, FPLP, etc).
Se por um lado boa parte dos teóricos Marxistas ou que vieram desta escola negligenciaram o estudo do fenômeno do nacionalismo por décadas, por outro lado diversos grupos de orientação marxistas mostravam, na prática, o amálgama ideológico produzido entre o internacionalismo e o nacionalismo militante.
Para estes marxistas, a luta contra o
capitalismo passava, antes, pela emancipação nacional e o
internacionalismo se baseava não na superação de fronteiras, mas na
solidariedade transfronteiriça, com amplo respeito pelas
particularidades de cada movimento em seu locus particular.
Coexistem duas teorias principais nas
escolas que estudam o nacionalismo, de um lado aqueles, como Hobsbawm
(2006), que defendem a teoria da invenção das tradições (e nações) de
acordo com interesses e de outro os que supõem as nações como "coletivos
definidos etnicamente, com existência objetiva, que precedem o
nacionalismo" (Seixas, 2004)
Aquí partimos conscientemente del supuesto teórico de que el nacionalismo como ideología política y como movimiento social precede y construye la nación, y adoptamos en consecuencia un enfoque modernista o constructivista, más o menos matizado, según el cual una nación es una comunidad imaginada, inherentemente soberana y definida territorialmente, integrada por un colectivo de individuos que se sienten vinculados entre sí en función de factores muy variables y dependientes de la coyuntura concreta (desde la voluntad a la territorialidad o la historia común y al conjunto de características étnico-culturales más o menos objetivables que podemos denominar etnicidad, es decir, que definen una consciencia social y prepolítica de la diferencia) y que, sobre todo, consideran que este colectivo es el sujeto de derechos políticos comunes y, en consecuencia, soberano. (Seixas, 2004)Com os processos de descolonização na África e Ásia, a idéia de Libertação Nacional tornou-se a agenda preferencial dos grupos de orientação marxista que viam as contradições de um modelo colonialista, de um meio de produção baseado na exploração de colônias para a sustentação das benesses dos capitalistas da metrópole, uma oportunidade para forçar mudanças e "praticar" a solidariedade internacionalista.
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