Décima-nona coluna para o portal anticapitalista Diário Liberdade, "Defenderei a casa do meu pai".
ETA e o Processo de Discussão Interno – Parte 1
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Todo este processo de abandono de um conservadorismo e clericalismo
originários da juventude do PNV (onde se gestou a ETA), não veio sem
percalços.1
Já em 1964, na IV Assembléia do grupo, três correntes internas se formaram:
Em 1970 se celebra a VI Assembleia e, novamente, a ETA se divide, desta vez em ETA-V Askatasuna ala hil (Liberdade ou morte) e ETA-VI Iraultza ala hil (Revolução ou morte), novamente opondo os setores mais próximos da ideia de guerrilha e luta armada e os "obreiristas", mais próximos de uma aliança com os setores revolucionários bascos e espanhóis.
Os membros da ETA-V, partidários do ideário da V Assembleia e que recusavam diminuir ou acabar com a luta armada, como proposto pelos membros da ETA-VI, tomaram o poder da organização após a entrada de novos membros vindos, mais uma vez, das juventudes do PNV, enquanto que a ETA-VI se dividiu em dois ramos que se integraram na Liga Comunista Revolucionária (setor majoritário) e na Organização Revolucionária dos Trabalhadores (seção do PCE). Outros acabaram por retornar à ETA.
Em 1973-74 uma nova assembleia é organizada, novamente com o nome de VI Assembleia (os que mantiveram o nome de ETA não reconheciam a assembleia anterior) e nesta se produz o racha mais importante da organização, em que se forma a ETA(pm) e a ETA(m), respectivamente ETA Político-Militar e ETA Militar.
Já em 1964, na IV Assembléia do grupo, três correntes internas se formaram:
- Corrente "Culturalista" ou "Etnolinguista", liderada por Txillardegui e defensores de uma ETA mais ligada aos movimentos culturais bascos;
- Corrente "Obrerista", defensora de uma aproximação maior com os movimentos operários e até mesmo uma aliança com movimentos comunistas espanhóis na luta contra Franco;
- Corrente "Terceiromundista", defensora do estabelecimento de vínculos com as lutas de libertação nacional que aconteciam no terceiro mundo;
Em 1970 se celebra a VI Assembleia e, novamente, a ETA se divide, desta vez em ETA-V Askatasuna ala hil (Liberdade ou morte) e ETA-VI Iraultza ala hil (Revolução ou morte), novamente opondo os setores mais próximos da ideia de guerrilha e luta armada e os "obreiristas", mais próximos de uma aliança com os setores revolucionários bascos e espanhóis.
Os membros da ETA-V, partidários do ideário da V Assembleia e que recusavam diminuir ou acabar com a luta armada, como proposto pelos membros da ETA-VI, tomaram o poder da organização após a entrada de novos membros vindos, mais uma vez, das juventudes do PNV, enquanto que a ETA-VI se dividiu em dois ramos que se integraram na Liga Comunista Revolucionária (setor majoritário) e na Organização Revolucionária dos Trabalhadores (seção do PCE). Outros acabaram por retornar à ETA.
Em 1973-74 uma nova assembleia é organizada, novamente com o nome de VI Assembleia (os que mantiveram o nome de ETA não reconheciam a assembleia anterior) e nesta se produz o racha mais importante da organização, em que se forma a ETA(pm) e a ETA(m), respectivamente ETA Político-Militar e ETA Militar.
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"Nire aitaren etxea
defendituko dut"
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"Defenderei
a casa de meu pai"