sábado, 15 de janeiro de 2011

Mais brutalidade policial em São Paulo.... Relatos da repressão contra estudantes.

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Prestem atenção especial na sequência que começa por volta de 2:18, a absurda e injustificável brutalidade policial. PM atira à queima roupa em estudantes que nada faziam além de tentar acalmar os despreparados policiais... O vídeo foi gravado por Carlos Latuff e, acreditem, até o Estadão reproduziu o vídeo!

Diz a Rede Brasil Atual:
Uma passeata pacífica contra o aumento da tarifa do ônibus em São Paulo foi reprimida com violência pela Polícia Militar na quinta-feira (13). Os manifestantes percorriam as ruas do centro da capital entoando palavras de ordem contra o prefeito e o aumento da tarifa.
Os policiais da Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (ROCAM) já mostravam sinais de nervosismo quando os manifestantes passaram pelo cruzamento da Avenida São João com a Avenida Ipiranga. Na frente da Praça da República um pequeno tumulto se iniciou, gerando a reação da PM, que começou a disparar balas de borracha e atirar bombas de gás lacrimogênio.
Rapidamente a multidão se dispersou, e a polícia continuou a perseguição com carros e motos nas calçadas Praça Dom José Gaspar.
A Polícia de São Paulo, seja PM, Civil ou Guarda Civil é conhecida pela sua brutalidade ímpar no tratamento de manifestantes. Sejam eles desabrigados vítimas de descaso e crime estatal, professores ou, agora (melhor dizendo, novamente), estudantes. Até quando não fazem nada, cometem crimes contra o povo.

Este post é resultado de um destaque de post anterior, mas dada a quantidade de informações, resolvi ampliar em post separado.

Em São Paulo estamos passando pela mesma situação, aliás, com uma passagem de 3 reais e um custo vergonhoso e assustador mensal para o trabalhador. E o protesto último foi recebido por balas da polícia de São Paulo.




A criminalização do protesto acaba nisso: Violência policial sem qualquer resposta. Legitima a violência contra a população, não importa quais sejam as razões. Será que é ilegítimo o protesto, mas não há problema na repressão?
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Em São Paulo repressão, estudantes rendidos (aqui, aqui e aqui) e obrigados a apagar fotos e vídeos da repressão policial e em João Pessoa também violência policial contra manifestantes pelo Passe Livre e contra os aumentos das passagens.

Vejam o que me enviou o pessoal do Movimento Passe Livre:
A manifestação marcada para a tarde de hoje contra o aumento da tarifa de ônibus, organizada pelo Movimento Passe Livre de São Paulo, começou com clima de descontração. Muitos estudantes e militantes de diversas entidades cantavam e tocavam com muita animação. Após sair pacificamente em passeata, os cerca de mil manifestantes percorreram diversas ruas do centro da cidade divulgando a luta para a população.
Ao chegar à praça da República, no entanto, os presentes viram um pequeno tumulto com policiais transformar-se em desculpa para o início de agressiva repressão, majoritariamente pela Força Tática. A violência atingiu rapidamente maiores proporções, apesar das tentativas dos manifestantes de se reunir e retomar a caminhada pacífica. Bombas de gás lacrimôgenio e de efeito-moral foram lançadas indiscriminadamente contra o protesto, assim como atiradas balas de borracha, que atingiram até mesmo repórteres e fotógrafos. Sprays de pimenta e cassetetes também foram usados para agredir diversas pessoas. Apesar de apenas uma pessoa ter sido detida durante o ato, outras 30 foram presas um bom tempo após a dispersão, enquanto caminhavam pelo centro em grupos menores e procuravam conhecidos. As 31 encontram-se encarceradas no 3º DP. Até agora foram contabilizados cinco feridos.
O Movimento Passe Livre de São Paulo marcou para o próximo sábado (15) um debate com tema “Por que lutar por um transporte público?” às 15h no espaço Ay Carmela! (R. Das Carmelitas, 140 – Sé). A próxima manifestação foi convocada para o dia 20 de janeiro (quinta-feira), com concentração às 17h na esquina da R. da Consolação com a Av. Paulista.
E um relato do evento, reproduzido pelo Estadão:
"Era uma manifestação pacífica para chamar a atenção das autoridades da Prefeitura e dos vereadores da Câmara Municipal. E fomos recebidos com balas de borracha", criticou a estudante Juliana Esposito, de 27 anos, uma das organizadoras da manifestação. Houve correria dos estudantes pelas Ruas Barão de Itapetininga e 24 de Maio. Parte do grupo se refugiou na Galeria Metrópole. "Os PMs entraram dentro da galeria e fizeram todos os estudantes que estavam com filmadoras e máquinas fotográficas apagarem os arquivos. Foi um abuso total de autoridade. Nos encurralaram dentro da galeria, que sempre foi um território livre dos jovens", disse o estudante Pablo Franco, de 18 anos.
Ontem, após o protesto, uma amiga minha - que esteve por lá - veio até em casa e me contou o que viu: Absoluto despreparo da polícia que começou a atirar nos estudantes sem qualquer provocação. Aparentemente o MPL havia acordado um roteiro de caminhada com a Polícia, mas chegando perto do Edifício Itália, tomaram caminho diferente (segundo ela os estudantes se confundiram com o caminho) e, sem mais nem menos foram vítimas de disparos.

Sem nenhuma provocação, mais uma vez a polícia DemoTucana brutaliza a população em seu direito de protestar.

Dia 20 tem mais uma manifestação! Todos às ruas, sem medo, mostrar que não aceitaremos este aumento abusivo e absurdo das passagens de ônibus e nem seremos vítimas da polícia criminosa do estado!

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Mais vídeos e fotos, no link.

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