domingo, 20 de fevereiro de 2011

Comentários sobre o anúncio do novo partido da Esquerda Abertzale

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Vigésima-quarta coluna para o portal anticapitalista Diário Liberdade, "Defenderei a casa do meu pai".

Comentários sobre o anúncio do novo partido da Esquerda Abertzale
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Se podemos tirar algo da apresentação da nova formação política da Esquerda Nacionalista Basca é a de que o partido rechaça a violência. E de forma veemente. Tão veemente que chega a ser exagerado, repetitivo.

Sim, nada mais é que exigência - tosca - do Estado Espanhol, da famigerada Ley de Partidos e do Tribunal Supremo (espécie de STF espanhol, com direito até a seu Gilmar Mendes).
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Foi impressionante, durante a fala do advogado Iñigo Iruin, a quantidade de vezes que a palavra "Violência" e "Rechaço" apareceram. Ainda houve espaço para reconhecer as vítimas e rechaçar toda e qualquer violência, em especial a da ETA. Porém, senti enorme falta de uma condenação explícita ao governo Espanhol, que não me pareceu totalmente coberta pela declaração de que se exige a reparação para TODAS as vítimas.
La izquierda abertzale ha adoptado el "compromiso firme e indudable de apuesta por las vías exclusivamente políticas y democráticas, sin marcha atrás", según ha anunciado Rufi Etxeberria en la presentación de los estatutos de la nueva formación política que se registrará en los próximos días. Ha subrayado que "rechaza y se opone al uso de la violencia o la amenaza de su utilización para la consecución de ojetivos políticos, incluyendo la violencia de ETA si la hubiera en cualquiera de sus manifestaciones".
De certa maneira me impressiona que a ETA tenha talvez aceitado apoiar este estatuto partidário tão frontalmente agressivo ao grupo. Sim, o vejo como positivo, mas ainda assim exagerado e com um tom que está níveis acima daquele comumente adotado pelo Batasuna e seu entorno.

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Artigo COMPLETO no Diário Liberdade.

"Nire aitaren etxea
defendituko dut"
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"Defenderei
a casa de meu pai"
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