quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Vídeos de ativistas, estudantes e especialistas CONTRA Belo Monte [ Update]

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Vejam no fim do post o vídeo "Pimenta nos olhos dos outros é refresco, com estudantes e professores de Altamira
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Uma seleção de vídeos necessários enquanto resposta aos vídeos dos alunos da Unicamp e da UnB em defesa de Belo Monstro Monte.

O primeiro é do ativista Gabriel de Barcelos (@blogsessao), que mostra em especial os efeitos nefastos sobre a população afetada por outras barragens no país e faz um apanhado de Belo Monte e seus possíveis efeitos, além de apontar diversas incoerências - e mesmo mentiras - de outros vídeos.

O segundo é do biólogo e professor @Pirulla25 que faz uma análise longa e profunda sorbe a história de Belo Monte, comparando com outras usinas e dando sua opinião sobre o assunto, além de dar destaque aos abusos e desrespeitos por parte do governo que não conseguiu ser honesto sequer no EIA-RIMA da obra, que o diga em sua propaganda menos técnica.

Índios não foram ouvidos, Presidente do IBAMA contrário à conceder licenças para a obra "se demitiu", população de Altamira não ouvida e promessas à cidade não cumpridas, condenação na CIDH/OEA...

Isso sem falar nos especialistas, como Celio Bermann e DEZENAS de outros que apresentarma documento contra a obra e são absolutamente ignorados.


E o terceiro vídeo é do vlogger Daniel Fraga que, apesar de não ser especialista, fez bons apontamentos pelo lado mais econômico da questão.

Como podemos ver, o assunto é muito mais profundo e possui reflexos humanos muito maiores do que os aluninhos de engenharia e economia de faculdades top tentaram fazer parecer. Discussões superficiais iniciadas pelos globais e perpetuadas por estudantes fanáticos por obras e faturamento são extramemente nocivas ao país e, em especial, às populações atingidas diretamente.

Toda obra humana causa impactos, a questão é: Estamos dispostos a pagar pelas consequências de Belo Monte? Eu não estou.
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Recomendo a leitura dos links que constam do excelent post do professor Idelber Avelar, na Fórum. E também estes outros, também na Fórum.

Recomendo ainda a visita a este link, onde encontrarão longa e importante entrevista com o professor Sevá Filho, engenheiro da Unicamp (que deve lamentar ser da mesma universidade que os mimadinhos pró Belo Monte), sobre a obra e seus absurdos.

Há ainda a série de vídeos postadas pelo ativista Robson Fernando, do blog Consciência, sobre o tema.
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Ainda há espaço para o vídeo da #PosTV, comandada pelo grande Lino Bocchini (Falha de São Paulo) com uma entrevista com especialistas, como o Felipe Milanez (@felipedjeguaka), sobre Belo Monte.

E, por fim, o mais importante de todos, o vídeo de estudantes do Pará, os que realmente serão afetados pela obra imposta pelo sudeste à Amazônia. Alguém se lembrou de perguntar a eles, aos que vivem na Amazônia, o que acham disso tudo?

Estudantes paraenses, universitários e de ensino médio, vinculados a movimentos ambientalistas resolveram entrar na guerra dos vídeos que circulam na internet sobre a polêmica obra de Belo Monte. Contrários à hidrelétrica, criticam a postura de outros estudantes, que teriam gravado um vídeo sob encomenda da NESA, empresa responsável pelo impactamento ambiental da região, também criticam a conivência no governo com grupos econômicos. "Para os burocratas do governo, os números e cifrões valem mais que a vida, quando não é a deles", afirmam.
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Atualização (10/12):

Vídeo "Pimenta nos olhos dos outros é refresco" , de professores e estudantes da universidade Federal e da Estadual do Pará (a maioria, engenheiros), na região de altamira (para quem reclama que ninguém de Altamira supostamente estava reclamando) comentando sobre os "estudos" encomendados pela Norte energia (sim, a empresa que quer fazer Belo Monte), sobre os problemas que já são vistos na cidade/região pelo crescimento da população e, especialmente, criticando um modelo de desenvolvimento que posa de moderno, mas que é o mesmo dos anos 70, que nos deu Tucuruí e a Transamazônica.

E os índios serão afetados sim. 3 terras indígenas ao sul da Volta Grande do rio Xingu sofrerão com a seca pela barragem do rio e outros povos indígenas serão afetados pelo desmatamento, falta de pesca e etc. TODA a região será afetada, não apenas a que será diretamente alagada - a porção em torno de Altamira.
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