Uma série de péssimas notícias pela Europa.
Talvez a pior notícia venha da Grã Bretanha onde o Xenófobo, com viés neofascista, British National Party (BNP, extrema-direita) conseguiu uma e talvez consiga duas cadeiras no Parlamento Europeu.
O BNP deve conseguir uma votação próxima aos 10% e defende políticas extremamente restritivas à imigração além de sequer permitir não brancos de fazer parte das fileiras do partido.
É compreensível até certo ponto, que políticas anti-imigração estejam em voga e que partidos de direita - que adotam tais bandeiras - tenham um certo crescimento, especialmente em meio à crise global - que leva à um aumento incrível do desemprego e a culpa recai sobre os imigrantes - e à completa falta de proposta da Esquerda Tradicional - especialmente se levarmos em conta o completo abandono do que consideraríamos de Esquerda, como é o caso do PD Italiano, PS francês, Labor inglês e etc.
O caso britânico é ainda mais emblemático, não bastasse a completa falência da Terceira Via preconizada por Giddens e adotada irrestritamente pelos Trabalhistas, abandonando de vez qualquer bandeira Socialista ou tradicional do partido, ainda devemos levar em conta a crise atual do governo de Gordon Brown, a rebelião interna, a crise pelo apóio irrestrito aos EUA em suas guerras na época de Tony Blair e as taxas de desemprego que vem crescendo. Tudo isto acabou por tornar possível uma vitória larga dos Conservadores e, infelizmente, um crescimento da Extrema-Direita, o que é extremamente perigoso e preocupante.
"Andrew Brons será o representante da legenda, que defende uma legislação mais dura em matéria de imigração e que se viu beneficiada pela crise e pelo escândalo do uso abusivo de dinheiro público por parlamentares do Reino Unido.
Segundo pesquisas, o BNP pode conseguir mais um assento na câmara européia."
Mais informações do Estadão, Terra, Folha e mais abaixo uma matéria do Turkish Forum:
"EU elections: Nick Griffin prevented from reaching Manchester count by demonstrators as far-right party wins seat in Yorkshire and HumberMartin Wainwright and agencies
The British National party tonight won a seat on the European parliament for the first time in its history after receiving 120,139 votes in the Yorkshire and Humber region.
Andrew Brons took a seat from Labour with almost 10% of the vote in the region, up by 2% on the last election.
Andy Burnham, the health secretary, said the result was a “sad moment for British politics”.
William Hague, the shadow foreign secretary, who is from south Yorkshire, said the party had taken votes from Labour.
The BNP won one of six seats in the region while Labour lost one of the two seats it held at the last election.
The BNP achieved 16% of the vote in Barnsley, nearly 12% in Doncaster and 15% in Rotherham – all Labour strongholds.
Brons said after the count: “The onslaught against us has been more than against any other party in recent times, but somehow we’ve overcome it. Despite the lies, despite the money, despite the misrepresentation, we’ve been able to win through.”
His victory followed particularly dramatic rises in the BNP vote in old Labour heartlands such as Barnsley, where it went from 8% to 17%, while Labour’s fell from 45% to 25%.
Brons retired last year as a politics and government teacher at Harrogate College, and re-entered active politics. He stood five times for the National Front in the 1970s after a brief spell as its leader, which ended in internal quarrels. He joined the British National Socialist party as a teenager.
Welcoming Brons’ election, Nick Griffin, the BNP leader, said: “We’re here to look after our people because no one else is.” He added that feelings were particularly strong in Yorkshire. “This is ordinary decent people in Yorkshire kicking back against racism, because racism in this country is now directed overwhelmingly against people who look like me.”
He said that immigration had become harmful to Britain, particularly with the spread of radical Islam. “Take Bradford – it isn’t immigration that’s happening there, it’s colonialism,” he said.
In Manchester, protesters prevented Griffin from reaching the European elections count for the constituency where he is standing: the North West.
Griffin finally reached Manchester town hall in a police van after his vehicle and bodyguards were pelted with eggs by a noisy group who yelled: “Fascist scum.”
His party was struggling against a strong showing by the United Kingdom Independence party and the Greens in its attempt to secure the figure of around 8.5% that would win one of the region’s eight seats.
At 10.30pm, declarations from around one-fifth of the North West’s 39 counting district left Griffin, who tops the party’s list for the region, just over a percentage point short.
The tally gave the Conservatives 112,710 – 25% of the vote – putting them on course for three seats.
Labour were running second, with 99,555 votes and many traditional strongholds still to declare, and the likelihood of two seats.
Ukip was close behind, with 68,340, and the Liberal Democrats had 60,315, guaranteeing the parties a seat each.
The BNP were on 39,352 and the Greens 36,260, leaving the battle for the eighth seat between either of them and Ukip.
“It’s on a knife-edge here in the North West,” Griffin said.
“We are on tenterhooks, but we’ve done well in Liverpool and over in Yorkshire, especially in Barnsley.”
Turnout in the North West was 31.9%, with the biggest population centres of Manchester and Liverpool well down at 24% and 27% respectively.
More people voted in smaller areas targeted by the BNP, including Burnley – where the party won a Lancashire county council seat last week – but other parties benefited.
In both Burnley and its second target area, Pendle, in the Lancashire Pennines, the BNP was pushed into fifth place behind the Liberal Democrats, Labour, the Conservatives and Ukip.
But it pushed the Liberals into third place in Hyndburn and Blackpool and only dropped below 1,000 votes in a handful of the counting areas.
Earlier, Griffin had suggested that his party might pick up two North West seats, with its candidates polling an average of 13.1% in last week’s county council elections.
The Liberal Democrats’ lone MEP for the North West, Chris Davies, warned against counting the BNP out of the running.
The BNP polled 6.4% in the North West at the last European elections, in 2004, but the threshold has risen since then with the loss of one MEP.
European Union expansion has reduced the region’s tally of seats from nine – made up, for the last term, of four Conservatives, three Labour, one Liberal Democrat and one Ukip."
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Na Europa como um todo a Direita venceu. Os conservadores tem agora uma ampla maioria frente ao bloco Socialista.
sobre o avanço da direita, vale ler o Vieiros, sobre a Irlanda e a vitória do Fine Gael, Itália e a vitória de Berlusconi, Alemanha com o patido da Angela Merkel, França com Sarkozy e sua UMP, Portugal e o PSD. Exceções visíveis foram os países escandinavos, onde os Social-Democratas (Centro-Esquerda) conseguiram vencer, e na Grécia, onde o PASOK venceu os governistas de direita com uma pequena vantagem.
Aliás, uma boa notícia ao menos, o Partido Pirata conseguiu realmente uma cadeira no Parlamento Europeu.
"Os socialistas saen como forza máis votada en Suecia, colleitando 5 escanos, por 4 do centrodereita gobernante. Destaca ademais que os ecoloxistas dobran porcentaxe de voto e obteñen 2 escanos e que o Partido Pirata terá asento no Parlamento Europeo. "
Conservadores vencem nos principais países na Europa
Partidos conservadores se impuseram em países como Alemanha, França, Itália, Espanha e Polônia
- O grupo conservador Partido Popular Europeu-Democratas Europeus (PPE-DE) voltará a ser a principal força do Parlamento Europeu, após sua vitória neste domingo, 7, nos países mais populosos da União Europeia (UE) em eleições nas quais grupos minoritários registraram um importante crescimento.
Segundo os primeiros resultados oficiais, os partidos conservadores e de centro-direita se impuseram em países como Alemanha, França, Itália, Espanha e Polônia, e sua vitória também é esperada no Reino Unido.
Na Alemanha, a União Democrata-Cristã (CDU) junto com sua ala bávara, União Social-Cristã (CSU), alcançou 38,6% dos votos, à frente do Partido Social-Democrata (SPD), com 20,8%, repetindo a derrota das eleições europeias anteriores, cinco anos atrás.
Na França, a União por um Movimento Popular (UMP), partido do presidente francês, Nicolas Sarkozy, venceu com 27,4% dos votos, seguida do Partido Socialista (PS), com 16,96%, e do Europe Ecologie, com 15,02%, segundo dados oficiais provisórios.
Já na Itália, o partido Povo da Liberdade (PDL), liderado pelo primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, deve vencer com entre 39% e 43% dos votos, segundo pesquisa da empresa IPR Marketing para o jornal "La Repubblica".
De acordo com o levantamento, o Partido Democrata (PD), o principal da oposição, aparece em segundo lugar com entre 27% e 31% da preferência do eleitorado.
Na Espanha, o conservador Partido Popular (PP), o principal da oposição no país, venceu com 42,03% dos votos, contra o governamental Partido Socialista (PSOE), que obteve 38,66%, segundo dados oficiais. Após 88,49% das urnas apuradas na Espanha, o PP obtém 23 cadeiras na câmara europeia, enquanto que o PSOE fica com 21 deputados.
Por fim, na Polônia, o partido liberal Plataforma Cidadã (PO), liderado pelo primeiro-ministro do país, Donald Tusk, deve conquistar uma ampla vitória, de acordo com uma pesquisa divulgada pela rede pública de televisão "TVP".
O PO tem 54,4% dos votos, enquanto o Partido Camponês (PS), que forma coalizão de Governo com os liberais, aparece só na quarta posição, com 6%.
Sobre o Parlamento
Desde as primeiras eleições diretas similares, realizadas em 1979, os poderes do bloco europeu não pararam de crescer. Agora, mais de 375 milhões de pessoas dos 27 Estados-membros da UE poderão escolher, para mandato de cinco anos, seus 736 representantes. O Parlamento Europeu encarna a soberania popular em escala continental, embora seja ainda desconhecido para a grande maioria. Nos últimos anos, o poder e a influência dos eurodeputados cresceram constantemente, com sucessivos tratados e reformas apresentados.
O Parlamento Europeu tem sua sede oficial em Estrasburgo (França), cidade que durante séculos foi disputada de forma sangrenta por franceses e alemães. A Eurocâmara divide sua atividade também entre dois outros centros de trabalho, situados a várias centenas de quilômetros de Estrasburgo: Bruxelas e Luxemburgo.
Na cidade francesa é realizada a maior parte das sessões plenárias - pelo menos 12 ao ano. Em Bruxelas, se reúnem as comissões parlamentares e os chamados "miniplenários". E em Luxemburgo estão estabelecidos os serviços administrativos da instituição. O órgão trabalha nas 23 línguas oficiais da UE, com 800 a mil intérpretes sendo necessários para cada sessão plenária. Um terço das despesas totais do Parlamento tem relação direta com necessidades de tradução.
Na instituição, os deputados não se reúnem por nacionalidades, mas por afinidade ideológica. Atualmente existem sete grupos políticos no Parlamento Europeu, além dos deputados independentes. Os principais blocos são Partido Popular Europeu-Democratas Europeus (PPE-DE); Partido Socialista Europeu (PSE); Aliança Liberal-Democrata para a Europa (Alde); União para a Europa das Nações (UEN, de caráter soberanista); e Verdes-Aliança Livre Europeia (Verdes-ALE).
O Tratado de Lisboa ampliará ainda mais as áreas nas quais o Parlamento poderá legislar em pé de igualdade com o Conselho Europeu, instituição realmente decisória e composta por ministros e representantes dos 27 Governos que formam a UE. O novo tratado foi assinado em dezembro de 2007 mas ainda está pendente de ratificação.